A pandemia do coronavírus também afeta o consumo. Segundo os dados publicados pelo Istat em 9 de junho, no primeiro trimestre, os gastos das famílias italianas caíram 4% em relação ao mesmo período do ano passado. E os dados estão destinados a ser ainda mais graves no segundo trimestre do ano, muito mais afetados pelas medidas restritivas anticontágio do que no período de janeiro a março.
Por outro lado, se excluirmos os gastos com a casa e com a compra de comidas e bebidas, a quebra no primeiro trimestre é três vezes mais grave. “A redução acentuada da oferta e da procura do comércio retalhista – lê-se no relatório do Istat – levou a uma quebra das despesas não alimentares e de habitação em mais de 12% face ao primeiro trimestre de 2019”.
em relação a progressão histórica, em 2019 a despesa média mensal das famílias fixou-se em 2.560 euros, “bastante inalterada” face a 2018 (-0,4%), mas “ainda longe dos níveis de 2011 (2.640 euros por mês), a que se seguiram dois anos de forte contração não recuperada nos anos seguintes”.
Istat também especifica que 19,7% das famílias que residem em casas próprias pagam uma hipoteca (ao todo, cerca de 3,7 milhões de domicílios). “Do ponto de vista económico e contabilístico – continua o relatório – esta rubrica orçamental é um investimento e por isso não faz parte do cálculo das despesas de consumo. No entanto, para as famílias que o apoiam representa - escreve o Instituto - um desembolso substancial e igual, em média, a 545 euros por mês".
Finalmente, 18,4% das famílias pagam um aluguel pela casa onde vive e neste caso “a despesa média é de 412 euros por mês a nível nacional - conclui o Istat - superior no Centro (469 euros) e no Norte (457 euros no Noroeste e 435 euros euros no Nordeste) face ao Sul (310 euros) e Ilhas (293 euros)”.
