A Pirelli falará chinês, mas sua sede, gerenciamento e pesquisa permanecerão italianos. O anúncio oficial da entrada da gigante chinesa ChemChina na Pirelli é esperado a cada hora, mesmo que os detalhes sejam divulgados amanhã, pouco antes da reabertura da Piazza Affari. Ao final da quarta reorganização da Pirelli em poucos anos, o grupo de Marco Tronchetti Provera, que se confirmará no topo até 2012, terá mais chineses e menos russos, mas com presença italiana.
Segundo os acordos, os chineses assumirão os 26% da Pirelli nas mãos da Camfin pagando aos acionistas 15 euros por ação e ao mesmo preço lançarão a OPA com um novo veículo para o qual já estão 7 bilhões de euros. preparar.
Se a adesão à OPA, que será lançada pelos chineses em conjunto com os sócios italiano e russo, for totalitária, a ChemChina ficará imediatamente com 65%, as italianas 22,6% e as russas da Rosneft, deslocadas pela queda dos preços do petróleo e do rublo, 12,4%. O próximo objetivo é retirar temporariamente as ações da Pirelli da Bolsa e iniciar a reestruturação industrial. Sem a deslistagem, os chineses teriam 51% da newco e o eixo ítalo-russo 49%.
Se a Pirelli deixar a Piazza Affari para a nova reorganização, seu retorno à Bolsa ocorrerá apenas para sua parte mais nobre, ou seja, pneus premium.
Nos acordos de última hora, surgiu uma regra que deixa a sede, a direção e a pesquisa da Pirelli na Itália e que prevê que somente com 90% do capital a identidade italiana do grupo pode ser totalmente eliminada. Mas com esta reorganização fica claro que começa uma nova temporada para a Pirelli e sobretudo para o capitalismo italiano: mais capital estrangeiro, mais internacionalização e menos Itália