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Champions: Juve furiosa, eliminada aos 93 minutos por um pênalti duvidoso

Os campeões italianos estiveram perto de uma sensacional remuntada no Santiago Bernabéu ao marcar três golos e colocar o Real Madrid nas cordas mas aos 93 minutos, quando as duas equipas se preparavam para o prolongamento, o árbitro concedeu um penálti duvidoso aos espanhóis e expulso Buffon acaba com o sonho da Juve na Liga dos Campeões mais uma vez

Champions: Juve furiosa, eliminada aos 93 minutos por um pênalti duvidoso

Do êxtase à raiva. A Juventus se despede da Liga dos Campeões depois de chegar perto de um feito lendário, até superior ao da Roma na terça-feira. Os torcedores Giallorossi não querem isso, mas derrubar o Real Madrid no Santiago Bernabéu depois do empate em 0 a 3 no jogo de ida teria sido único e os bianconeri, até o minuto 93, realmente acreditaram que poderiam fazer isso. Veio então um episódio destinado a despertar jogadores em câmera lenta de toda a Europa, o clássico pênalti "fiscal" que não dá certezas mesmo depois de dez replays.

Em algumas parece que Benatia toca na bola e não Lucas Vazquez, em outras que a veemência da intervenção impede o espanhol de chutar apenas na frente de Buffon, em todo caso o que mais importa é que o árbitro Oliver indicou a marca e permitiu Ronaldo para marcar o gol da qualificação. A partir daí, toda a fúria da Juve foi desencadeada, sem dúvida agravada por uma enorme dose de frustração pela zombaria de deixar a Copa bem no momento mais bonito.

“É claro que a introdução do Var na Europa deve ser acelerada e tentarei de todas as maneiras possíveis – comentou Andrea Agnelli – Algumas reflexões sobre o designador (Collina, ed) e sobre sua evidente vaidade devem ser feitas, tal figura deve ser trocado com mais frequência. Vejo os episódios das seleções italianas na Europa, penso em Milan, Roma, Lazio, foram muitos casos penalizadores”.

Palavras duras as do presidente da Juventus, perdendo apenas para as de Buffon. O capitão, expulso por protesto logo após o pênalti, corre o risco de ter encerrado a carreira na Liga dos Campeões com um cartão vermelho, fato que obviamente não caiu bem.

“O árbitro não teve personalidade diante de um episódio duvidoso – atacou – Se você não consegue ficar de pé nesses níveis então vá para a arquibancada comer as fichas, e aí com que bravura ele me expulsou? Ela não sabia que era meu último jogo? Em vez de um coração, ele tem uma lata de lixo”.

Em suma, o mundo da Juve está em polvorosa desde que Oliver apontou para a marca de pênalti e Ronaldo, frio e implacável como sempre, levou o Real às semifinais pela oitava vez consecutiva. Uma pena que acabamos falando só disso porque já havia sido escrita uma grande página de futebol, que chegou tão perto de se tornar uma lenda.

Uma grande Juve, quiçá impulsionada pelo feito da Roma, tinha atacado os blancos desde o início, encontrando de imediato o golo do empate com Mandzukic (2’) e bisando com o próprio croata pouco depois da meia hora (37’). O Santiago Bernabéu começou a tremer e depois calou-se completamente (Juventini à parte, obviamente) aos 60 minutos, quando Matuidi, aproveitando um pato de Navas, fez o 3-0 que colocou tudo de novo em perfeita igualdade.

Sensacional em Madrid, na verdade não. Porque justamente quando o prolongamento parecia inevitável (e Allegri dispunha de duas substituições), eis o contacto ofensivo entre Benatia e Lucas Vazquez, a grande penalidade de CR7 e o consequente alvoroço final.

“Não me apetece julgar a escolha do árbitro mas é claro que lamento muito – análise do treinador – Os rapazes fizeram um grande jogo, lamento sair assim mas agora vamos ter de ser bons a ultrapassar isto episódio e olhando para frente, coisas assim te fortalecem.”

Ficam algumas reflexões a serem feitas e nos próximos dias, com a cabeça fria, haverá tempo de sobra. Porém, é certo que o tão criticado futebol italiano, no espaço de dois dias, eliminou o Barcelona e colocou o Real Madrid nas cordas, bem como que, na dúvida, os árbitros europeus apitam sempre contra. E que o tão criticado Var, afinal, não é tão ruim assim.

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