comparatilhe

Cattolica está preparando um aumento de 500 milhões

A seguradora veneziana, a pedido do Consob, atualiza as informações sobre capitalização, solvência e liquidez e confirma que na reunião de 27 de junho solicitará a procuração para aumento de capital compatível com os pedidos do IVASS

Cattolica está preparando um aumento de 500 milhões

O Conselho de Administração da Católica Seguros mandatou a administração do grupo para preparar um plano para um aumento de capital de 500 milhões de euros. O primeiro passo nessa direção será assembleia geral do próximo sábado, que deverá aprovar a delegação à própria Diretoria em vista da operação. É o que lemos numa nota da seguradora, que assim responde solicitações chegaram recentemente do IVASS.

Conforme prescrito pela Autoridade Supervisora, a Cattolica não utilizará os recursos adquiridos com o aumento para financiar a expansão do grupo, mas sim para fortalecer a posição de capital, enfraquecido pela crise do coronavírus.

Em detalhe, em resposta a alguns pedidos de esclarecimento recebidos de Consob, diz a empresa que o grupo tem um rácio de solvabilidade de 133%, enquanto a controladora atinge 141%. Os dados referem-se a 12 de junho e estão ambos acima do limite regulamentar de 100%.

O aumento de 500 milhões “traria o rácio de solvabilidade do Grupo Cattolica para aprox. 172% – continua a nota – bem acima dos limiares do Risk Appetite System e dentro do intervalo dos valores-alvo esperados aquando da apresentação do Plano de Negócios 2018-2020 (160%-180%)”.

Por outro lado - como observou o próprio Ivass - as situações mais preocupantes são as de duas empresas controladas pela Cattolica, ou seja, Bcc vida e Vida verdadeira, cujo rácio de solvabilidade situa-se um pouco acima do limite, em 111 e 110% respetivamente.

Em contraste, a posição de capital das outras duas principais subsidiárias do grupo era muito melhor, Lombarda Vida (rácio de solvabilidade em 259%) e seu seguro (157%).

Ainda no que diz respeito às participadas, o aumento de capital "vai restabelecer os patamares de apetência pelo risco, revistos em alta de forma a proteger as empresas de eventuais novos movimentos adversos nos mercados financeiros - conclui a nota - Estão previstas acções no sentido de trazer o rácio de solvabilidade estimado na mesma data no valor mínimo de 150% para todas as empresas do grupo".

Comente