comparatilhe

CAMPEONATO DE MILÃO – Milan x Inter, clássico ruim: sem gols, mas cartão amarelo

Três gols anulados não bastam para reviver um dérbi decepcionante – O cartão amarelo permanece pelo pênalti não concedido ao Inter por handebol do jogador do AC Milan Antonelli – Mancini reclama: “Foi um pênalti limpo” – Inzaghi: “Toque involuntário” – Nerazzurri um pouco melhor que os rossoneri, mas pela primeira vez em 61 anos os dois times do Milan estão fora da Europa

CAMPEONATO DE MILÃO – Milan x Inter, clássico ruim: sem gols, mas cartão amarelo

Um ponto cada um que não serve a ninguém. O Derby de Milão acabou com apenas o resultado mais inútil, um 0-0 que não relança nem Milan nem Inter em chave europeia. Lá crise de resultados, enfim, continua para os dois e isso, a 7 dias do fim, é quase uma sentença nas metas sazonais. Porém, é preciso dizer que o empate está mais próximo do Inter do que do Milan, mesmo considerando algumas decisões do árbitro Banti. Sobre tudo um pênalti não dado aos Nerazzurri devido a uma mão de Antonelli: toque óbvio, porém considerado involuntário pelo árbitro. “Foi uma falta limpa, não temos tido sorte ultimamente – comentário irônico de Mancini. - Quando eles têm que ver bem, eles veem mal para nós, e vice-versa. Eu aceito, mas algo precisa mudar." “Acho que foi um toque involuntário – respondeu Inzaghi. – E de qualquer forma, nunca comento os episódios de arbitragem”.

Polêmicas à parte, o Inter no geral fez algo melhor. Com exceção dos vinte minutos finais do primeiro tempo, em que o Milan parecia ter condições de vencer o jogo, os nerazzurri tiveram o controle do jogo e, consequentemente, as melhores chances. Pronto e o brasileiro Hernanes, posicionado no trocarte atrás da dupla Palacio-Icardi, enfrenta Diego Lopez com um belo chute de longe. Pouco depois de Kovacic, meio-campista do Medel e do jovem Gnoukouri, tenta a mesma jogada, mas desta vez o pé direito sai largo, nem que seja um pouco. O Milan, até então espectador não pagante, acordou por volta dos 20'. Suso, titular no tridente de ataque com Menez e Bonaventura, chuta duas vezes de fora da área: a primeira é central, a segunda cria mais alguns problemas para Handanovic. É o melhor momento dos rossoneri, que entram em campo sobretudo pela direita no eixo Abate-Suso. O domínio parece concretizar-se na meia-hora quando Alex, na sequência de um livre, insufla as redes mas Banti anula por fora-de-jogo de De Jong. Decisão limítrofe, mas acertada, pois o holandês, embora não toque na bola, participa da ação atrapalhando a saída de D'Ambrosio. Vamos para o intervalo com 0-0, mas as coisas mudam quando regressamos. O Inter, modificado por Mancini (4-2-3-1 com Hernanes e Palacio na lateral), jogou bem melhor e chegou perto da vantagem várias vezes. Aos 50 minutos, Palacio marca, mas Banti cancela por impedimento (claro) de Icardi, logo após o mesmo argentino ultrapassar Diego Lopez, mas seu chute é contra-atacado por Mexes. Aos 63 minutos o episódio mais discutido: Hernanes chuta de excelente posição, Antonelli desvia com a mão. A curta distância é o único elemento que joga a favor do árbitro, é certo que o braço está muito largo e o remate teria acabado à baliza. Em vez disso, não houve discussão aos 72 minutos, quando Banti anulou o terceiro gol da noite. Antes mesmo de Mexes chutar sensacionalmente para o gol, falta de Palacio sobre Antonelli: o San Siro dos nerazzurri pega fogo, mas as imagens dão razão ao árbitro. O Inter esteve perto de marcar mais duas vezes, a primeira com Palacio (chute certeiro que acabou em cima de Diego Lopez), a segunda com Juan Jesus (pé esquerdo da lateral desviado pelo goleiro espanhol), o Milan só se vê com Destro, que entrou pouco antes no lugar de Suso. Apenas um chute em todo o segundo tempo, e aqui está o elenco nada invejável dos rossoneri.

"Devíamos ter marcado no primeiro tempo, no segundo esticamos e o Inter aproveitou - a análise de Inzaghi. – De qualquer forma, acredito que o empate é o resultado mais justo, em jogos como este ganha quem marcar primeiro”. O pensamento de Mancini, porém aplaudido pela torcida e pelo presidente Thohir. “Estou satisfeito com o desempenho, criamos muito mas infelizmente não conseguimos vencer – explicou. – Porém, os meninos jogaram bem, o fato de o melhor do Milan ter sido Diego Lopez diz muito...”. Em todo o caso terminou 0-0, resultado que pouco (se é que serve) na corrida à Liga Europa. Rossoneri e nerazzurri permanecem em nono e décimo lugares, respectivamente, 6 e 7 pontos atrás da sexta colocada Fiorentina (que, no entanto, jogará contra o Verona esta noite). Lá futebol de Milão começar a pensar seriamente sobre próxima temporada sem copas, algo que não ocorre há uns bons 61 anos (temporada 1953/54). Ponto baixo, aliás muito baixo para os times da cidade, como de fato mostrou este feio e triste dérbi.

Comente