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O futebol é jogado, mas à porta fechada. Juve-Inter no domingo

Jogos sem espectadores até 3 de abril: o Governo decidiu enfrentar a emergência do Coronavírus e acabar com o teatro indigno entre os clubes da Série A - A rendição de Marotta e a rebelião de De Laurentiis - As novas regras para os treinos

O futebol é jogado, mas à porta fechada. Juve-Inter no domingo

Jogar. Ainda falta o comunicado oficial da Lega Calcio, mas não restam mais dúvidas: este fim-de-semana a Serie A retoma o seu percurso, ainda que à porta fechada, compensando os jogos da 26. Juventus-Inter (Domingo às 20.45hXNUMX) em todos. O Governo pôs fim ao teatro dos últimos dias diretamente no decreto do Coronavírus: “Também estão suspensos os eventos e competições desportivas de todos os tipos e disciplinas, realizados em todos os locais, tanto públicos como privados – lê-se num trecho – O referido eventos e competições, bem como as sessões de treinamento de atletas competitivos, ainda são permitidas dentro de instalações esportivas de uso fechado, ou ao ar livre sem a presença do público".

Uma postura que não dava margem a qualquer tipo de interpretação, que já havia sido antecipada algumas horas antes pelo ministro do Esporte, Vincent Spadafora: "Será possível realizar eventos e competições desportivas exclusivamente à porta fechada - declarou pela manhã - Daremos também indicações muito específicas para a prevenção da saúde das equipas, staff e todo o pessoal envolvido".

Em suma, depois de dias de incerteza e vários empurrões e empurrões, o Governo decidiu abrir caminho e a altamente controversa Série A só poderia tomar nota disso, sob pena de correr o risco de danos econômicos muito maiores do que as receitas perdidas.

O último ato de rebelião, por assim dizer, foi cometido por De Laurentiis na manhã de ontem, impedindo a realização do Semifinal da Copa da Itália entre Napoli e Inter: o prefeito havia de fato dado sinal verde para portas fechadas, mas o presidente azul, com base nos 40 ingressos vendidos e no novo Juventus-Milan anterior, se opôs, preferindo recuperá-lo mais tarde. Quando, francamente, é difícil dizer, na verdade até impossível. Com o calendário atual não há mais espaço, a menos que Inter e Napoli sejam ambos eliminados de suas respectivas copas europeias.

Um problema que também afeta o Juventus, cujo calendário só está menos saturado que o dos nerazzurri: aliás, até faltam um terceiro jogo (contra a Sampdoria), atualmente sem data. Um belo caos, filho de uma gestão no mínimo questionável que cancelou parcialmente dois dias sem ter as alternativas certas, para depois se encontrar de volta ao ponto de partida.

O decreto do coronavírus prevê o fechamento de todos os estádios na Itália até sexta-feira, 3 de abrilincorporando assim os próximos três dias do campeonato (de 28 a 29 de março haverá pausa para as seleções). Enquanto aguardamos o programa completo, podemos dar o do próximo fim-de-semana, que terá um turno reduzido a metade para compensar a 26ª jornada e repor alguma ordem na classificação.

Partiremos no sábado com Sampdoria-Verona (20.45hXNUMX), enquanto domingo será a vez de Milão-Gênova (12.30) Parma-Spal (15) Sassuolo-Bréscia (15) Udinese-Fiorentina (18) e Juventus-Inter (20.45). Marotta também teve, portanto, de se render, deixando assim de lado o orgulho e o regulamento: este último, aliás, deu-lhe razão porque os jogos, em caso de adiamento, devem ser recuperados por ordem cronológica. A menos que, como aconteceu ontem, a maioria dos clubes concorde em derrubar o calendário, colocando assim o Inter em posição de ficar encostado na parede.

O governo então se encarregou do resto, tanto que Marotta, já ao entrar na sede do CONI, havia insinuado cargos bem mais brandos. Então recomeçamos do dia da discórdia e de um Derby d'Italia que promete faíscas: no campo, mas porque já falamos demais...

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