Um projeto italiano, iniciado há apenas cinco anos, já caiu no radar de um importante fundo de investimentos como o Parceiros Mandarim Capital III. A história é a da Daroma Caffè, uma iniciativa lançada com o objetivo de criar a torrefação de café mais importante da Itália: agora o resultado parece ainda mais realista, depois que o private equity chinês
adquiriu participação majoritária no capital da Daroma SpA
Graças a esta operação, a Daroma estreia-se no mercado com faturamento consolidado de aprox. 60 milhões e aspira a novas e futuras aquisições no setor, comprometendo-se a concentrar a torrefação e embalagem de café na fábrica de Castel Maggiore (BO) e a produção de porções individuais na fábrica de Thiene (VI).
Daroma está presente hoje principalmente em Lazio, Emilia-Romagna e Sardenha. “O restante da Itália será incluído em um projeto de cinco anos”, acrescenta o CEO Giulio Santin, explicando a escolha de crescer por meio de aquisições. “É o processo mais natural e que causa menos sobressaltos no processo de crescimento. Você compra e a empresa adquirida torna-se parte integrante de um processo natural onde os vendedores acompanham e monitoram cada fase, garantindo a continuidade do produto e do atendimento aos clientes”.
O compromisso do grupo é, portanto, consolidar e aumentar, além dos setores líderes, o mercado externo, divulgando as marcas em escala internacional. E é justamente a internacionalização que está no DNA da Mandarin: “Apoiaremos a Daroma na penetração em mercados externos, alavancando a crescente atratividade do café italiano no exterior e a presença internacional de nosso fundo na Alemanha, Ásia e Estados Unidos”. Sócio MCP Alberto Camaggi.
O setor cafeeiro tem muitas das características apreciadas por Mandarin, como destacou Camaggi: “A demanda estável, não influenciada pelos ciclos econômicos, o grande potencial de crescimento para quem consegue propor modelos de negócios dinâmicos e inovadores e a forte tradição do made in Italy, com o café expresso "estilo italiano" é cada vez mais apreciado até globalmente, levou-nos a escolher este setor e em particular a Daroma, grupo onde encontramos marcas e qualidade condizentes com o nosso projeto”.
O projeto Daroma nasceu da aspiração do Eng. Giulio Santin, proprietária do grupo Encon, holding que detém, entre outras empresas, a Soimar Group SpA, uma empresa de engenharia multidisciplinar especializada em plantas chave na mão, que vão desde o setor farmacêutico até a robótica. Em 2015 Santin resolveu plantar a primeira semente deste ambicioso e importante projeto: a aquisição da Torrefazione Parenti em Bolonha, uma pequena realidade industrial que opera a nível local com um produto de alta qualidade e com as marcas México e Giovannini (marca histórica da região de Romagna desde 1926).
O projeto do grupo Encon é reunir marcas já enraizadas nas diversas zonas do território nacional, de forma a poderem rapidamente tornar-se “DAROMA coffee, the coffee of Italy”. Nos anos posteriores a 2016 o crescimento continua através da aquisição da empresa que detém outras marcas como Nori, Camilloni, Van Doren e os mais famosos nacionalmente, a marca Palombini, o primeiro café da capital, com mais de 1400 bares no perímetro do anel viário, reconhecido como “o café de Roma”. Este é o principal trampolim para o desenvolvimento futuro, o que permite que Daroma se desenvolva progressivamente, aprimorando os setores Ho.Re.Ca e GDO.
Esse importante avanço despertou, portanto, a atenção de investidores institucionais que enxergaram a oportunidade de investir para acelerar esse processo de expansão. A escolha de Daroma hoje recaiu sobre o fundo MCP (Mandarin Capital Investment) que, dentre todos os contatos que teve, representou a melhor oferta em termos de perspetivas de investimento, corroborado pela aquisição imediata, após o fechamento, de outras duas empresas que farão parte do grupo Coffee Holding: a Nero Nobile, líder na produção de café e solúveis em cápsulas e uma empresa que atua na venda online de café em grãos e porção individual.
