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Brexit, sos Premier League: Chelsea treme

A saída da Grã-Bretanha da UE corre o risco de impor novos limites à utilização de jogadores europeus em equipas inglesas – A equipa que mais sofreria seria precisamente a comandada por Antonio Conte.

Brexit, sos Premier League: Chelsea treme

O Brexit ameaça (também) a Premier League. Com a saída do Reino Unido da UE mudará o status dos cidadãos europeus que vivem e trabalham na Grã-Bretanha. Incluindo jogadores. Um grande problema para a primeira divisão britânica, já que cerca de 65 por cento de seus jogadores são de origem estrangeira.

Qual será o destino de campeões como o belga Eden Hazard (Chelsea), espanhol David Silva (Manchester City) ou francês Paul Pogba (Manchester United)? De acordo com o que La Gazzetta dello Sport noticiou hoje, existem três hipóteses.

1) A solução mais indolor seria manter o status quo, mas parece o caminho mais improvável. O governo britânico deveria pedir à Europa para manter o primeiro-ministro na área econômica da UE: uma perspectiva difícil, dada a determinação com que a primeira-ministra Theresa May está trilhando o caminho de "Brexit duro".

2) A segunda opção seria devastadora: equiparar jogadores europeus a jogadores não pertencentes à UE, o que significaria conceder autorizações de residência apenas a jogadores que tivessem jogado pelo menos 30% das partidas de sua seleção (a porcentagem exigida depende do ranking da FIFA) nos últimos dois anos. Atualmente, apenas 50 dos 161 jogadores teriam os números necessários para serem registrados. Para deixar claro, uma coluna do meio-campo do Chelsea também ficaria de fora como N'golo Kanté, decisivo no ano passado para o fabuloso título do Leicester.

3) O cenário mais recente é o que prevê o lançamento de uma nova lei à medida dos futebolistas europeus que atuam na Premier League. No momento parece o caminho mais provável, mas ainda é uma legislação ainda a ser escrita.

Se os dirigentes do futebol e da política inglesa não encontrassem uma solução indolor, o time que mais sofreria seria o Chelsea. Com os dados em mãos, o plantel de Antonio Conte é o que tem mais jogadores nascidos no território da União Europeia (74%, três em quatro). Eles seguem neste ranking particular Manchester City (% 59), west Ham (% 57), Arsenal (% 54), Middlesbrough (% 53), Manchester United (51%) e Liverpool (50%). O lado oposto do ranking é ocupado pelos muito mais modestos Bournemouth (10%), Burnley (5%) e Hull City (5%).

Para todas as seleções inglesas, o único aspecto positivo da história pode ser o renascimento das categorias de base, que graças às novas barreiras aos estrangeiros devem voltar a fornecer jogadores nativos também para os grandes clubes, acostumados há anos à pesca exclusivamente no exterior. Além disso, os defensores do Brexit basearam grande parte de sua propaganda na demonização de trabalhadores estrangeiros, acusados ​​de roubar empregos dos britânicos. “Be-Leave in Britain”, diziam seus cartazes. Quem sabe se essa mesma lógica, aplicada ao seu time de futebol, fará com que eles se arrependam desse trocadilho.

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