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Brexit e Apple assustam os mercados

O Banco da Inglaterra pinta um cenário sombrio para a Grã-Bretanha em caso de vitória do anti-UE - Mas o que preocupa os mercados é sobretudo Wall Street: Apple perdeu 32% em um ano - Hoje as contas da Telecom Italia - Banco Popolare e Unicredit levantam a cabeça – Corretoras afundam Tod's – Safilo em desordem – O Tesouro está quase lotado de BTPs

Brexit e Apple assustam os mercados

As taxas reais estão caindo, a situação econômica está estagnada. Mesmo nos EUA, já uma ilha feliz na economia global. Agora há muitos sinais nessa direção, incluindo a frente do emprego. Novos pedidos de auxílio-desemprego subiram para 294 contra uma previsão de 270, a maior em mais de um ano.

Já na Europa, a produção industrial caiu pelo segundo mês consecutivo: -0,8% em março na zona do euro, -0,5% na comunidade a 28. Mas mesmo aqui os sinais, graças à ameaça do Brexit, não são são boas: o Banco da Inglaterra ontem não apenas cortou suas estimativas de crescimento, mas também pintou o cenário com cores sombrias em caso de vitória dos anti-UE: "Uma taxa de crescimento muito menor", ou seja, um aumento do desemprego e a inflação, uma nova depreciação da libra que corre o risco de ser "grande" e uma queda nos preços das ações.

ÁSIA FECHA MAIS BAIXA, COREIA NÃO BAIXA TAXAS

As bolsas asiáticas também começam a fechar em baixa, sob a pressão do iene forte, "porto seguro" nos ciclos econômicos mais fracos, e da tendência flutuante do petróleo: primeiro subindo para as máximas dos últimos seis meses, depois negociado a 47 dólares o barril (-1,2%) na versão Brent, Wti a 46,1 dólares (-0,9%).

Em Tóquio, o índice Nikkei cai um ponto percentual. Fracos Hong Kong (-0,5%) e Sidney (-0,5%), ligeiramente em alta Xangai (+0,3%) e Shenzhen (+0,6%). A bolsa coreana também caiu (-0,5%) após a decisão do Banco Central de manter as taxas inalteradas, apesar das pressões do governo para um corte.

A MAÇÃ (-32% EM UM ANO) RISCA ACIMA DO ALFABETO

Em suma, notícias preocupantes, mas que distanciam a perspetiva de subida das taxas de juro americanas, uma vez que Janet Yellen tem repetidamente declarado que está a olhar em particular para a dinâmica do emprego. Uma espécie de política anti-baixa para os mercados acionários, severamente testados pelo risco de recessão.

Assim detém o índice Standard & Poor's (-0,02%), assim como o Dow Jones (+0,05%). A queda desencadeia suas energias na Nasdaq (-0,49%), travada pela queda de uma das ações mais populares: Apple -2,35% para US$ 90,32 (-32% em um ano) no menor nível desde junho de 2014, em risco , como aconteceu em fevereiro, de ultrapassagem pela Alphabet: o ex-Google, praticamente inalterado, capitaliza de fato 492,4 bilhões, apenas 300 milhões a menos que os 492,2 bilhões da Apple, afetada pela queda nas vendas do i Phone.

Mas neste contexto de depressão está a amadurecer uma das mais importantes fusões de sempre: a gigante alemã Bayer (-4%) prepara-se para lançar uma oferta sobre a Monsanto (+9%), cortejada por outra grande alemã, a Basf (-2,4 40%). A Bayer está disposta a gastar XNUMX bilhões de dólares, mais ou menos metade de seu valor de mercado, pelo grupo agroquímico norte-americano, que no ano passado não conseguiu comprar a suíça Syngenta.

MERCADOS EUROPEUS FRACOS. CONTAS DE TELECOM HOJE

Mais uma vez esta manhã, a julgar pelo desempenho dos futuros, as cotações europeias estão destinadas a uma abertura fraca, depois das quedas de ontem nas Bolsas da Alemanha (-1,13%), Paris (-0%) e Londres, congeladas pelo Banco de Inglaterra relatório (-54%).

Uma lufada de ar fresco na Piazza Affari para os bancos. Mas o índice Ftse Mib ainda fechou no vermelho (-0,26%), condicionado à tarde pela queda do mercado norte-americano. Forte volatilidade: de uma alta intradiária em 17.962 para uma baixa em 17,555 antes de fechar em 17.651 pontos.

Em destaque hoje as contas da Telecom Italia (ontem -1%), o primeiro ato oficial da gestão Cattaneo.

O TESOURO ESTÁ (QUASE) CHEIO DE BTP NO LEILÃO

O protagonista do mercado obrigacionista foi o Tesouro italiano, que ontem colocou pouco menos de 7,5 mil milhões em obrigações de médio-longo prazo, com yields crescentes para as maturidades de 7 e 15 anos. A taxa italiana de 1,503 anos subiu para 1,464% de 136% no fechamento anterior, enquanto o spread com o mesmo vencimento do Bund subiu para 135 pontos base, pouco acima dos XNUMX pontos base no fechamento de ontem.

A realização de lucros no Bund alemão empurrou o rendimento de 0,15 anos para 0,12% de 7,20%. Novo mínimo do ano para a yield da dívida pública grega em XNUMX% na expectativa de um acordo com os credores.

LUCROS ABAIXO DO ESPERADO, FALHAÇOS GERAIS

Eles pesaram na Piazza Affari os dados decepcionantes da Generali: -4% para 12,59 euros em volumes acima do dobro da média. A empresa anunciou um lucro líquido de 588 milhões de euros no primeiro trimestre, uma queda de 13,8% em relação ao ano anterior e abaixo do consenso dos analistas (600 milhões). A ação do Leão também sofreu a vergonha da suspensão devido a reduções excessivas a meio da manhã para um mínimo de 12,46 euros, em baixa de mais de 5%.

A confirmação das metas do plano industrial e a promessa de melhoria na remuneração dos acionistas não foram suficientes para sustentar a ação. O desempenho negativo dos mercados financeiros e a menor realização de mais-valias em investimentos foram mais eficazes.

CORRETORA APAGA TOD'S DEPOIS DE CONTAS. SAFILO EM DISRUPÇÃO

Também para o luxo toca o alarme devido às contas de Tod, muito piores do que as estimativas já conservadoras (-8,5% para 55,9 euros, nos mínimos dos últimos seis anos). Imediatamente após a publicação dos dados das receitas do primeiro trimestre (-3,1% q 249,6 milhões) choveram as falências dos corretores.

Bryan Garnier cortou a classificação para vender de neutro, meta de 60 euros para 78 euros. O JP Morgan reduziu o preço-alvo do grupo para 64 euros, dos 68 euros anteriores. O Credit Suisse cortou o rating para Underperform. Alvo em 55 euros de 65 euros.
– Forte corte também de Raymond James que elevou o preço-alvo para 55 euros dos anteriores 63 euros com rating Underperform. O grupo de luxo alertou que o consenso dos analistas de um crescimento de 4% nas receitas hoje parece "um pouco desafiador".

Ynap +029% antes das contas anunciadas ontem à noite sinalizam uma expansão de vendas de 14%. "a uma taxa de crescimento das vendas de bolsas Gucci e sapatos Jimmy Choo caíram pela metade em comparação com um ano atrás", observa o Financial Times. Vendas também na Luxottica (-0,7%) e Ferragamo (-1,2%).

Ontem a Safilo esteve mais uma vez entre as ações mais fracas com uma queda de 4,3% que derrubou o preço para o nível mais baixo dos últimos três anos e meio em 6,405 euros. Ele havia deixado 9% no chão na quarta-feira. Banca Aletti reduziu o preço-alvo de 6 euros para 7 euros, confirmando a recomendação Underperform. A Kepler-Cheuvreux cortou o preço-alvo de 7 euros para 7,50 euros. Reduza o julgamento confirmado.

BANCO POPOLARE E UNICREDIT LEVANTAM A CABEÇA

Dia de recuperação, finalmente, para as ações dos bancos. O Banco Popolare fecha em alta de 1,6% (-9% na quarta-feira). Pop. Milão +0,7%. Giuseppe Castagna, diretor administrativo da popular empresa milanesa, confirmou que as taxas de câmbio pré-estabelecidas serão respeitadas independentemente da turbulência do mercado de ações.

Baixo Pop. Emília (-1,5%).”A Unipol é um importante parceiro estratégico do Bper. Também temos a Arca Vita onde a Unipol tem 70% e nós temos 20%, então é um relacionamento estratégico para nós e achamos que a Unipol pode ser um importante investidor âncora em nossa base acionária', disse Alessandro Vandelli durante a teleconferência. O relatório, porém, não passará pela Unipol Banca.

O Unicrédito também se recupera, subindo 2,7%, quase todo em alta na fase final. Monte Paschi -2,2%, Intesa -1%. UBI inalterado que fechou o primeiro trimestre de 2016 com um lucro consolidado abaixo das estimativas dos analistas em 42,1 milhões de euros, uma diminuição de 44,6% face ao mesmo período do ano anterior.

SALTO À FRENTE DE AUTOGRILL, ASTALDI E FINCANTIERI

A Eni fechou a sessão em alta de 0,9%, Tenaris +1%, Saipem +3,8%. Autogrill +3,6% após anunciar resultados melhores do que o esperado. Prysmian ainda em alta (+1,35%): o Credit Suisse elevou seu preço-alvo para 23 de 21 euros, confirmando o rating outperform à luz da forte geração de fluxo de caixa e crescimento.

Fincantieri +10%, após o retorno ao lucro. Astaldi +9% após adjudicação de obras no valor de mil milhões, em consórcio com a construtora Ghella, para o troço italiano do túnel ferroviário do Brenner. A Moody's rebaixou seu rating de 'B1' para 'B2', com perspectiva negativa.

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