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Bolsa de Valores, Milão sob ataque: -2,17%

Bancos mais uma vez na mira - Gestão de ativos em dificuldade - Novo recorde para o spread Btp-Bund em 245,3 pontos base - Os últimos dados macro sobre produção italiana e exportações alemãs também pesam no diferencial - Expectativa tingida de otimismo para dados do Departamento de Mão de obra – Estoques não vendidos no Brasil pesam sobre a Fiat

Bolsa de Valores, Milão sob ataque: -2,17%

É um ataque à Bolsa de Milão que cai 2,17%, enquanto os outros mercados europeus após um início positivo contêm as quedas: o Cac cai 0,19%, o Ftse 1000 viaja ligeiramente em torno da paridade e o Dax sobe ligeiramente 0,20 %. Depois de Grécia, Portugal e Irlanda, a especulação voltou-se para a Itália. O spread entre o BTP italiano e o Bund continua a subir e esta manhã estabeleceu um novo recorde desde a introdução da moeda única. De fato, o diferencial atingiu 245,3 pontos-base com base nos dados macro desta manhã: a produção industrial em queda na Itália e as exportações em alta na Alemanha.

Ontem o presidente do BCE se posicionou contra as agências de rating e criticou seu papel oligárquico. O Banco Central também elevou as taxas de 0,25% para 1,5%, a segunda alta no custo do dinheiro desde o início do ano. No início, as listas beneficiaram do desempenho positivo de Tóquio e Wall Street, esta última em alta pelo sétimo dia consecutivo. O otimismo das tabelas de preços foi motivado pelos brilhantes dados macroeconômicos publicados sobre o mundo do trabalho: a estimativa do ADP no setor privado destacou a criação de 157 novos empregos no setor privado, enquanto as estimativas dos analistas foram de 68. A espera agora é pelos dados do Bureau of Labor Statistics do Departamento do Trabalho dos EUA, que divulgará dados sobre novas folhas de pagamento não agrícolas e a taxa de desemprego.

VENDAS NO UNICREDIT E BANCOS
Após o início da sessão pouco acima da paridade, na Piazza Affari os bancos sobretudo voltam à mira, sob temores de contágio da crise da dívida nos países periféricos. Entre as ações que mais sofrem está a Unicredit que perde 4,26% após uma parada devido a uma queda de mais de 6,5%. Entre os piores também o Intesa Sanpaolo, que perdeu 4,27%, e o Banco Popolare, que caiu 4%.

A gestão de ativos também está ruim depois de ter registrado saldo negativo de 3,1 bilhões em junho, segundo as previsões da Assogestioni (meio bilhão só para fundos de ações). Azimute perde 5%. Mediolanum (-2,11%) e Banca Generali (queda de 1,73%) também caíram, mas estão entre os cinco grupos que registraram depósitos positivos em junho. Na montanha-russa da Fondiaria Sai após o aval do Antitruste e no último dia de negociações dos direitos: após atingir a máxima de 2,3140 euros (+3%), a ação despencou e foi suspensa em queda de 3,41% teórico. Em seguida, voltou a negociar e caiu 2,5%.

A Fiat (-1,13%) sofre com os temores sobre a desaceleração do mercado brasileiro. Uma semana para a fábrica na Argentina. O gerente para a América do Sul, Cledorvino Belini, revelou que, devido à desaceleração dos emplacamentos no Brasil, os estoques de carros estão aumentando assustadoramente. A Fiat decidiu, portanto, fechar a fábrica de Córdoba, na Argentina, por uma semana e também pode fechar a fábrica de Betim, no Brasil.

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