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BCE, duplo movimento anticrise: LTTER e adiamento de aumentos de juros

Draghi fala em "notável moderação da economia, que se estenderá ao longo do ano" e revisa em baixa as estimativas de crescimento para 2019 e 2020 queda de julho para o final do ano – Bolsas em baixa

BCE, duplo movimento anticrise: LTTER e adiamento de aumentos de juros

A reação do BCE há muito esperada pelos mercados finalmente chegou. Para responder ao abrandamento da economia, o Banco Central Europeu decidiu agir em duas vertentes: adiar a subida das taxas e, sobretudo, uma nova vaga de empréstimos Tltro a bancos da Zona Euro. As decisões de hoje foram tomadas pelo Conselho Deliberativo "por unanimidade - informou o presidente Mario Draghi no final da reunião - e isso é notável, dada a complexidade do pacote".

PARA A TERCEIRA EDIÇÃO DO TLTRO LOANS

A medida mais desejada pelos investidores foi esta última, porque vai garantir às instituições de crédito uma nova injecção de liquidez a baixo custo, obrigando-as a recorrer a novos recursos para apoiar a economia real. A primeira ronda de empréstimos terá lugar em setembro de 2019 e a última em março de 2021. Esta terceira ronda de TLTRO incidirá sobre refinanciamento com uma maturidade de 2 anos.

Os novos empréstimos aos bancos “vão ajudar a preservar as condições de crédito favoráveis ​​e a transmissão ordenada da política monetária”, explicou o BCE. No entanto, existe um limite máximo ao desembolso de fundos: "As contrapartes poderão obter empréstimos de valor até 30% do stock de empréstimos elegíveis à data de 28 de Fevereiro de 2019, com taxa indexada à taxa de juro do as operações principais de refinanciamento durante o prazo de cada operação".

TAXAS DE JUROS: SUBIDA DE TRENÓ

No que diz respeito às taxas de juro, o BCE não só as confirmou em mínimos históricos (zero nas operações principais de refinanciamento, 0,25% no refinanciamento marginal e -0,40% nos depósitos), como antecipou a data do primeiro aperto monetário possível a partir de julho 2019 até o final do ano.

QE: TÍTULOS RENOVADOS POR MUITO TEMPO NOVAMENTE

Por último, o BCE confirmou que vai continuar a renovar “completamente” os títulos adquiridos ao abrigo do Quantitative Easing (encerrado no final de 2018) que vão gradualmente atingindo a maturidade. A operação vai continuar “por um período de tempo alargado” mesmo após a data em que as taxas de juro comecem a subir e em todo o caso “enquanto for necessário – explica a Eurotower – manter um elevado grau de acomodação monetária”.

DRAGÕES: MODERAÇÃO CONSIDERÁVEL DE CRESCIMENTO QUE SE ARRASTARÁ PARA O ANO

Os sinais mais recentes apontam para “uma notável moderação da economia, que se estenderá ao longo do ano”, disse Draghi na conferência de imprensa após a reunião do Conselho do BCE. "A incerteza persistente sobre as políticas, as pressões do protecionismo comercial e as vulnerabilidades nos países emergentes prejudicaram o clima de confiança - acrescentou - A zona do euro atravessa um período de fraqueza contínua e incerteza generalizada".

CORTE ESTIMATIVAS SOBRE PIB E INFLAÇÃO NA ZONA DO EURO

Como prova de tudo isto, o BCE cortou fortemente as suas previsões de crescimento económico na zona euro: estima agora +2019% para 1,1, +2020% para 1,6 e +2021% para 1,5%. Em dezembro passado as estimativas eram, respectivamente, +1,7%, +1,7% e +1,5%.

DRAGÕES PARA A ITÁLIA: ATENÇÃO AO ORÇAMENTO

Com referência implícita a Itália, mas não só, Draghi disse que os países da zona euro “com dívidas elevadas devem continuar a restabelecer as margens orçamentais”, enquanto todos os Estados devem ambicionar “uma composição dos orçamentos mais favorável ao crescimento”.

 

Os índices europeus – e em particular do setor bancário – fecharam em baixa após a intervenção do BCE, evidentemente considerando as novas medidas de liquidez menos vantajosas do que as anteriores em termos de taxa e duração. O euro também está em baixa.

Atualizado às 16,30h7 de quinta-feira, 2019 de março de XNUMX

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