O governo estuda a possibilidade de introduzir, a partir de setembro, uma série de sanções econômicas para comerciantes que não aceitarem pagamentos eletrônicos. Na verdade, a lei já existe – é de 2015 – mas até agora as multas nunca entraram em vigor. Para torná-los operacionais, bastará uma portaria ministerial conjunta entre a Fazenda e o Desenvolvimento Econômico.
O objetivo do dispositivo é incentivar os pagamentos com cartão de crédito e débito, ferramentas rastreáveis e, portanto, aliados fundamentais no combate à sonegação fiscal. A Itália sempre esteve nos últimos lugares do ranking europeu dos pagamentos digitais, por uma questão cultural mas também pelos custos associados à utilização do POS.As novas sanções visam precisamente inverter esta tendência.
A regulamentação que a União Europeia tornou obrigatória desde novembro passado vai na mesma direção. A nova regulamentação da UE impôs um teto para as taxas interbancárias nas transações eletrônicas, reduzindo os custos dos circuitos de pagamento como Visa, Mastercard, American Express, Diners (para cartões de crédito) e Pagobancomat e Maestro (para cartões de débito).
Até à data, por cada 100 euros gastos com cartão de crédito, paga-se uma comissão de pouco mais de um euro, enquanto nas transações via cartão de débito o custo cai para cerca de 80 cêntimos.
