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Bancos à vista: novos aumentos à vista, cuidado com MPs e Carige

Depois do Santander, segundo o Financial Times há pelo menos outros seis grandes bancos europeus à beira da recapitalização após o aperto da supervisão europeia - Carige está sob pressão do Consob - Hoje o Tesouro busca recorde com o leilão Bot - FCA , Marchionne mostra em Detroit – Enel: fora do Oriente dentro de um ano – Generali conclui a compra da Ppf

Bancos à vista: novos aumentos à vista, cuidado com MPs e Carige

Início lento da semana financeira. A Bolsa de Valores de Tóquio está fechada para férias, será necessário esperar até amanhã para saber as reações ao novo plano de estímulo desenvolvido por Shinzo Abe. As notas mais relevantes são a relativa debilidade do dólar (1,1865), em resposta ao abrandamento dos aumentos salariais, que emergiram na sexta-feira das estatísticas de emprego norte-americanas, e a nova quebra do petróleo.

Esta manhã, o Brent está sendo negociado a 49,3 dólares, o Wti a 47,5 dólares. O Goldman Sachs reviu em baixa as suas estimativas para 2015: na primeira metade do ano o petróleo bruto oscilará em torno dos 40 dólares. 

A atenção dos mercados está concentrada na Europa. Faltam dez para o Board do BCE na quinta-feira, 22 de janeiro, de onde se espera o sinal verde para o Quantitative Easing: 500 bilhões de euros em títulos com ratings entre triple A e BBB- conforme antecipado pela Bloomberg. 

Entretanto, na quarta-feira, dia 14, deverá ser divulgado o parecer do Procurador-Geral do Tribunal de Justiça Europeu sobre a legitimidade do plano OMT aprovado em 2012 pelo BCE. Será um teste relevante para Mario Draghi enquanto espera pelo Qe. 

Esta manhã, porém, será necessário observar a reação das Bolsas após a Black Friday dos bancos: o índice Eurostoxx Banks perdeu 5,7% numa única sessão. Na semana, a perda foi de 3,2%, pior resultado desde setembro de 2013. 

DEPOIS DO SANTANDER ESTÃO NO AR NOVOS AUMENTOS PARA AS GRANDES 

A queda foi provocada pela reação do mercado às cartas enviadas pela Autoridade Europeia de Supervisão às 130 instituições europeias sujeitas ao Mecanismo Europeu de Supervisão desde janeiro: os grupos têm até sexta-feira para se manifestarem sobre os novos níveis de capital exigidos , geralmente bem superior ao previsto por Basileia 3. Segundo os analistas de Berenberg, aliás, o sistema de bancos europeus carece de pelo menos 230 bilhões.

Os novos parâmetros são, segundo os observadores, o principal motivo do aumento de capital do Banco de Santander para 7,5 mil milhões, já realizado com colocação acelerada: o gigante espanhol deixou 14% no terreno na sexta-feira. As operadoras, de acordo com o Financial Times, agora esperam operações semelhantes de outras grandes empresas. Os alvos são Unicredit, Banca Raffeisen, Bnp Paribas e Société Générale, Deutsche Bank e Commerzbank. Na sexta-feira, a reação da Piazza Affari foi pesada: Unicredit -5,6%, Intesa -4%, Banco Popolare -7,7%, Ubi Banca -5,3% e Mediobanca -4,9%. 

O caso mais delicado diz respeito ao Banca Monte Paschi (-8% na última sessão da semana). A carta do BCE refere a necessidade de atingir um coreTier1 de 14,3% contra os atuais 12,5% caso os trabalhos de limpeza não sejam concluídos. Um dia difícil também se anuncia para o Carige: na sexta-feira, o Consob anunciou que contestou as demonstrações financeiras de 2012 e 2013, fechadas pelo ex-presidente Giovanni Berneschi.

BOT, HOJE O TESOURO APOIA NOVOS RECORDES

Os leilões do Tesouro recomeçam hoje. Serão ofertados 8 bilhões de BOTs de 12 meses: no mercado cinza, na tarde de sexta-feira, o novo título foi negociado a 0,245% em uma nova mínima. Amanhã será a vez dos títulos de médio e longo prazo: serão ofertados BTPs de três anos entre 2,5 e 3 bilhões, sete anos entre 2 e 2,5 bilhões e quinze anos entre 1 e 1,5 bilhão; O título de 1,88 anos rendeu 139% na sexta-feira; o spread aumentou para XNUMX pontos base.

CONTAS DA ALCOA ESTA NOITE, DEPOIS JP MORGAN E GOLDMAN

Hoje à noite, como é tradição, o relatório trimestral da Alcoa dará início à temporada de contabilidade para a América Corporativa. Será a ocasião para um teste há muito aguardado, após o impacto da alta do dólar nos balanços das multinacionais norte-americanas. Durante a semana, serão divulgados os dados dos grandes nomes das finanças, do JP Morgan ao Goldman Sachs. Enquanto isso, Wall Street fechou a semana passada em baixa: S&P -0,7%, Dow Jones -0,5%. Oito dos dez setores mais importantes estão em baixa, começando com energia -3,6% (Chevron -3,9%). O JP Morgan também caiu acentuadamente -5,5% entre os setores financeiro e industrial da Caterpillar. Ao contrário, a Merck se destaca +9,4% entre as farmacêuticas. 

No plano macro, o forte aumento do emprego (252 mil novos postos de trabalho em dezembro) foi contrabalançado pela tendência de estabilização dos salários: a próxima reunião do Fed (28/29 de janeiro) não deve reservar surpresas na frente de juros. 

MADRID PERDEU 6%, MILAN 3,3%

As bolsas europeias fecharam na semana passada marcadas pela volatilidade, pontuadas por tensões sobre a campanha eleitoral grega, rumores sobre o Qe e as altas e baixas do petróleo. A capitalização de mercado caiu 155 bilhões na sexta-feira. Durante a semana, o índice Eurostoxx 600 perdeu 1,3%. Para a Bolsa espanhola, a semana fechou com perdas superiores a 6%. Logo atrás está a Piazza Affari, com queda de 3,3%. Paris, sob o choque do massacre do Charlie Hebdo, recua 1,2%. Frankfurt fechou a semana em +0,23%.

ENEL: EM 2015 FORA DO ORIENTE

O declínio do petróleo bruto sugere um começo difícil para os estoques de energia. A Eni (-3,7%) fechou a semana com nova descida para 13,62 euros. Saipem -3,5%. Enel sob pressão (-5,5%) na última sessão da semana após o rebaixamento de Exane para Underperform de Neutral. O Financial Times noticia uma entrevista com o CEO do grupo elétrico, Francesco Starace, na qual o gestor reitera que durante o ano de 2015 as filiais na Roménia e Eslováquia serão vendidas com receitas de cerca de 4 mil milhões. Desta forma, a dívida, atualmente em 39 bilhões, ficará abaixo do esperado (37,5 bilhões no final de 2014). A atualização do plano de negócios está prevista para março. 

FCA, MARCHIONNE SHOW HOJE EM DETROIT

Sergio Marchionne será a estrela do dia de abertura do show de Detroit hoje. O CEO da FCA apresenta-se depois de ter atingido a meta de 4,7 milhões de viaturas vendidas em 2014 (contra 4,4 milhões). Nos EUA, a Fiat Chrysler vendeu 300 veículos a mais do que no ano anterior. Crescimento bem mais modesto nos principais mercados europeus (pouco menos de 30 peças), inca lo (-100) no Brasil. 

Para 2015 as previsões são muito cautelosas: 4,8-4,9 milhões, aguardando a aceleração de 2016, para a qual contribuirão os primeiros modelos do novo Alfa. O foco em Detroit, por sua vez, serão os Jeeps e Hummers, além da Maserati. 

GERAL COMPRA COMPLETA DE PPF 

A conclusão da compra pela Generali de 100% da PPF Holding, empresa criada pelo financista tcheco Pete Kellner, está prevista para esta semana. A operação envolverá um desembolso de 1,3 bilhão que se somará ao valor (1,28 bilhão) já investido anteriormente. A partir de agora, a Il Leone poderá arrecadar 100% dos benefícios que serão gerados no Leste Europeu, já o quarto mercado da empresa com mais de 11 milhões de clientes e receita total de prêmios de cerca de 3 bilhões e alta lucratividade: o ramo não vida setor registra índice não combinado de 88,8%.

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