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Bancos e refletores em destaque. O dólar voa, ouro e petróleo em seu ponto mais baixo

As negociações preliminares dos bancos italianos com o BCE começam hoje em vista do resultado final dos testes de estresse - Moretti apresenta a reorganização da Finmeccanica em cinco divisões - Piazza Affari não é mais a melhor em sua classe: em 2014 a bolsa de valores líder é o de Madri – Dólar voa, ouro e petróleo estão cada vez mais baixos – Temores pelo Brasil

Bancos e refletores em destaque. O dólar voa, ouro e petróleo em seu ponto mais baixo

Início rápido da semana em Tóquio (+1,3%) após os dados de emprego nos EUA anunciados na noite de sexta-feira. As tensões permanecem altas em Hong Kong +0,3%, onde a bolsa de valores e os prédios do governo reabriram após o ultimato do governador Leung, a quem Pequim reafirmou seu total apoio. Ainda fechado para feriados Xangai. Enquanto isso, o Banco Mundial reduziu o crescimento do PIB chinês para 7.4%. 

Destaque também para o Brasil. Dilma Rousseff lidera as eleições presidenciais com 44% dos votos, mas terá de disputar no segundo turno de 26 de outubro a adversária pró-empresarial Aécio Neves, que obteve cerca de 33% dos votos à frente de Marina Silva (21%). . A Bolsa de Valores de São Paulo, hostil à recondução de Dilma Rousseff, perdeu 4,7% na semana passada. O real é negociado a 2,5070, a um passo do limite de intervenção do banco central (2,50). 

O eco destes acontecimentos marcará também as reuniões do Banco Mundial e do Fundo Monetário em Washington onde, mais uma vez, a comparação entre a austeridade da Europa, em recessão, e os sinais cada vez mais robustos da recuperação dos EUA estarão no centro das atenções. Um tema já tradicional mas com uma novidade: a valorização do dólar face ao euro, que caiu para 1,2501 (-1,3%) para o seu nível mais baixo desde 2012 enquanto o iene (-0,4%) está no seu nível mais baixo desde 'Agosto 2008. "Muito pouco - escreve Wolgang Munchau esta manhã no Financial Times - para oferecer um benefício efetivo para as exportações italianas: a alavanca cambial não pode resolver os problemas da zona do euro". 

Os mercados voltam a apostar numa possível subida das taxas de juro americanas. Antecipando a reunião do Fed da próxima semana, o sinal mais esperado para decifrar os ânimos do banco central será a publicação quarta-feira do Livro Bege, o “termômetro” mais preciso do estado de saúde da economia americana.  

Para a Itália, o encontro mais esperado (e temido) está marcado para sexta-feira: a Moody's anunciará o rating da Itália, ao mesmo tempo que o da França. No mesmo dia, os dois países divulgarão os dados da produção industrial. Também por efeito da alta do dólar, o preço do petróleo caiu abaixo de 90 dólares. O ouro atingiu seus níveis mais baixos do ano esta manhã, a 1.183 dólares a onça.

SACOS, MADRID SUPERA MILÃO 

Os mercados reabrem após um final estrondoso, possibilitado pelos brilhantes dados de emprego nos EUA. Graças ao exploit final, os índices de Wall Street continham a queda da semana: S&P 500 -0,8%, Dow Jones -0,6%, Nasdaq +0,7%. A HP será dividida em duas, escreve o The Wall Street Journal: pc e impressora serão conferidos a uma empresa ad hoc. 

A Europa foi pior: o Stoxx 600 apresentou queda de 2,1%, resultado da decepção com o não lançamento do QE europeu pelo BCE. Apesar da recuperação de +1% na sexta-feira, o índice registrou seu pior desempenho semanal desde 8 de agosto. 

O saldo final do Milan é de queda de 2,86%, o que reduz o desempenho desde o início do ano para +6,4%. A Piazza Affari já não é a melhor bolsa da Europa desde o início do ano, mas está atrás de Madrid, que subiu 6,6% desde XNUMX de janeiro. 

BOT EM LEILÃO, MAS JÁ DE OLHO NA BTP ITALIA

O mercado de dívida soberana resistiu muito melhor do que o mercado de ações. O spread entre o BTP e o Bund caiu abaixo de 140 pontos após a alta de quinta-feira (144 pb). O rendimento é de 2,31%. 

Entretanto, já começaram os trabalhos do Tesouro para reforçar o Fundo Central de Garantias ou outros instrumentos de apoio às empresas para o reconhecimento de uma garantia pública sobre as emissões mezzanine de ABS, para que possam ser adquiridas pelo BCE no âmbito do programa detalhado ontem pelo presidente Mario Draghi. Em reunião no ministério "as possíveis formas técnicas" já foram analisadas e sublinhado "como o governo e as autoridades de supervisão querem aproveitar ao máximo a oportunidade em ABS que vem com o programa do BCE".

Na frente de emissões, o Tesouro anunciará amanhã as quantidades de BOTs de 3 e 12 meses ofertadas no leilão de sexta-feira. Mas as atenções já estão voltadas para a BTP Itália: no dia 17 de outubro será fixada a taxa mínima garantida da sétima emissão ofertada ao público entre 20 e 23 de outubro. Com o novo BTP, que durou seis anos (cupom semestral indexado à Foi), o ministério conseguiu atingir uma meta histórica: passar dos quase 87 bilhões arrecadados de março de 2012 em diante para além do teto de 100 bilhões. 

BANCOS, HOJE OS PRIMEIROS RESULTADOS DOS TESTES DO BCE 

As negociações preliminares entre bancos italianos e o BCE começam esta manhã tendo em vista os resultados finais dos testes de estresse. Os primeiros a enfrentar a prova serão o Banco Popolare e o Veneto Banca, seguidos, até sexta-feira, pelos outros 12 institutos envolvidos no exame. O diálogo de supervisão reunirá os inspetores da Eurotower (apoiados pelo Banco da Itália) e os gerentes do banco em uma série de reuniões individuais nas quais os representantes de Frankfurt ilustrarão brevemente o resultado do longo monitoramento desses meses em vista do lançamento da Supervisão Única (4 de novembro). Será uma espécie de primeiro sinal, algo enigmático para evitar fugas de informação, a que se seguirá, a 24 de Outubro, a comunicação explícita de eventuais necessidades de capital. 

No topo dos bancos italianos reina um certo otimismo quanto ao desfecho da operação. Após a violenta queda na tarde de quinta-feira, coincidindo com a coletiva de imprensa de Mario Draghi, o índice bancário recuperou 1,7% na sexta-feira. 

A Unicredit obteve uma valorização positiva de 2,4%. Caiu 1% na semana. Após a venda, por meio da subsidiária Bank Austria, de 16% dos imóveis austríacos Ca Immo (295 milhões), o leilão da Uccmb está em fase de conclusão: o consórcio Prelioss/Fortress foi favorecido. 

Intesa subiu 2,9% (na semana -3,9%), Monte Paschi +2,5%, Ubi Banca +3,4%, Banca Popolare di Milano +2,4%. 

FIAT, VAI COLOCAR NOS EUA TÍTULOS DE "MAIS DE MEIO BILHÃO"

“Não temos nada a ver com os problemas da Ford”, respondeu Sergio Marchionne no desfile de Paris a quem apontou a difícil situação bolsista da empresa de Detroit, que caiu 11% na pior semana dos últimos três anos. Um número que não afeta o otimismo do número um da FCA exatamente uma semana após o desembarque da Fiat/Chrysler em Wall Street. 

“Nossa referência – disse – é atingir um volume de negócios em Nova York superior ao de Milão”. Resultado que, na verdade, nem foi tocado pela CNH Industrial no primeiro ano de presença na bolsa de Wall Street. Mas FCA deve ser outra história.

Marchionne estimou em "mais de meio bilhão de euros" o valor das ações que serão colocadas no mercado norte-americano, incluindo as ações próprias em carteira.

Sobre o tema da situação econômica, Alfredo Altavilla, responsável pela área EMEA, foi cauteloso sobre a força da recuperação após anos de queda nas vendas: não mais que 2-2,5% na Itália, 3,5% na Europa. Fiat subiu 1,7% na sexta-feira.

FINMECCANICA, HOJE A FÓRMULA MORETTI 

Destaque para a reunião de hoje da holding de capital aberto. Mauro Moretti apresentará à diretoria a nova estrutura corporativa dividida em cinco divisões: Helicópteros, Sistemas de Defesa, Aeronáutica, Eletrônica e Serviços Centralizados. O próprio Moretti está verificando a viabilidade de uma possível venda da subsidiária DRS que os analistas estimam em cerca de 1,3 bilhão de euros. Qualquer venda ajudaria a reduzir drasticamente a dívida do grupo. 

TELECOM ITALIA PREPARA A OFERTA PARA METROWEB

O tabuleiro de telecomunicações está em grande movimento, também na esteira das isenções fiscais sobre fibra óptica contidas no decreto Sblocca Italia. Em destaque a Telecom Italia, em movimento na Península na frente do Metroweb enquanto aguarda o fim da maratona eleitoral brasileira: só depois disso tomarão (talvez) as negociações para a fusão entre Tim Brasil e Oì de onde a operadora líder poderia nascer tanto em fixo quanto em móvel no terceiro mercado do planeta. Carregado de dívidas, no entanto.

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