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Bancos, da supervisão única de hoje ao BCE: veja como

A partir de hoje, 4 de novembro, o Banco Central Europeu assume a supervisão de 120 grupos bancários europeus, dos quais 15 são italianos - A nova tarefa será realizada pelo Mecanismo Único de Supervisão (MUS): 5 membros no conselho, aqui estão seus poderes - A divisão entre bancos significativos e não significativos é fundamental, mas o olho de Frankfurt alcançará todos os lugares.

Bancos, da supervisão única de hoje ao BCE: veja como

O dia da revolução chegou. A partir de hoje, o Banco Central Europeu assume a supervisão de 120 grupos bancários europeus, 15 dos quais são italianos. Ao todo, pouco menos de 5 bancos estão envolvidos. Assim, fica operacional o Mecanismo Único de Supervisão, um dos três pilares da União Bancária a par do Mecanismo Único de Resolução de Crises, em vigor em 2016, e do Fundo Único para crises bancárias, que terá início em 2025. 

QUEM COMEÇA O NOVO PODER?

A nova missão do BCE - que se soma ao exercício de funções de política monetária para a protecção da estabilidade de preços - será desempenhada pelo Mecanismo Único de Supervisão (SSM), o novo órgão da Eurotower que tem por objectivo prevenir e evitar choques. É liderado pelo francês Daniele Nouy, ​​ex-secretário-geral da Autoridade de Supervisão do Banco Central de Paris, que se reportará diretamente a Mario Draghi.

A número dois do SSM é a alemã Sabine Lautenschlager, ex-vice-presidente do Bundesbank e ex-diretora-geral do BaFin, órgão de supervisão bancária alemão. Outros três membros completam a diretoria do novo órgão fiscalizador: o italiano Ignazio Angeloni, a canadense Julie Dickson e a finlandesa Sirkka Hamalainen. 

COMO FUNCIONA O SSM?

O princípio fundamental é a divisão das instituições em duas grandes classes: as significativas (cerca de 1.200), sobre as quais o BCE exercerá supervisão direta com verificações diárias, e os menos significativos (cerca de 3.700), que a Eurotower supervisionará em colaboração com os respectivos bancos centrais. Na Itália, a pessoa de contato em Frankfurt é Fabio Panetta, vice-gerente geral do Bankitalia. 

Na realidade, se necessário, o MUS terá o poder de adquirir supervisão também sobre as instituições supervisionadas pelos bancos centrais nacionais dentro de alguns dias ou algumas horas, dependendo do nível de emergência.

QUAIS SÃO OS NOVOS PODERES DO BCE?

O BCE poderá realizar inspeções diretas ao banco, impor reforço adicional de capital, dar ou negar o sinal verde para aquisições, autorizar ou retirar a licença bancária. Em caso de irregularidade, as sanções administrativas podem atingir até o dobro dos lucros obtidos ou dos prejuízos evitados com a infração. No caso de lucros não calculáveis, a multa máxima será de 10% do total do volume de negócios anual realizado no exercício anterior. Multas também serão possíveis em caso de incumprimento de uma decisão ou regulamento de supervisão.

QUE GRUPOS ITALIANOS ESTÃO SOB A SUPERVISÃO DIRETA DO BCE?

A lista é a seguinte: Carige e Monte dei Paschi (os únicos bancos italianos rejeitados nos testes de estresse: terão que preencher uma lacuna de capital de 814 milhões e 21 bilhões de euros, respectivamente), os gigantes Intesa Sanpaolo e Unicredit, Mediobanca - Banca crédito financeiro, Ubi Banca, Popolare dell'Emilia Romagna, Popolare di Milano, Popolare di Sondrio, Popolare di Vicenza, Banco Popolare, Credito Emiliano, Credito Valtellinese, Iccrea Holding e Veneto Banca. 

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