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Leilões BTP: taxas voam, mas bolsa segura

O Tesouro colocou o valor máximo previsto nos leilões de BTPs de 10 e 5 anos, mas as taxas subiram para os maiores patamares desde outubro (4,83 e 3,59%) - Piazza Affari registra o resultado com alívio - A confiança das empresas italianas – Moody's ameaça rebaixar – Bancos voltam a comprar títulos do governo – Mediobanca quebra em Milão, TI Media voa.

Leilões BTP: taxas voam, mas bolsa segura

Na colocação desta manhã, o Tesouro vendeu toda a oferta máxima de quatro bilhões do novo BTP de dez anos, mas a taxa paga aos investidores subiu para 4,83%, ante 4,17% em janeiro (+65 pontos-base), atingindo a maior desde outubro. A relação entre a demanda do investidor e a oferta atingiu 1,65. Também colocou toda a oferta máxima de 2,5 bilhões no BTP de cinco anos. A taxa paga aos investidores subiu neste caso para 3,59%, face a 2,94% em janeiro, atingindo novamente o nível mais elevado desde outubro. 

No mercado secundário, o título de 4,89 anos está sendo negociado a um rendimento de 344%, com um spread sobre o Bund alemão de XNUMX pontos base, um a mais do que ontem à noite.  

A Piazza Affari registrou o resultado com alívio: os operadores evidentemente temiam o pior. O índice Ftse Mib, já em baixa de 0,5%, recuperou +0,12%, para 15563 0,16. As outras bolsas europeias também travaram a subida: Londres +0,33%, Paris +0,07%, Frankfurt +XNUMX%. 

QUEDA DA CONFIANÇA DO INVESTIDOR

Mas não é só o leilão de BTPs que afeta as tabelas de preços: em fevereiro o índice composto do clima de confiança das empresas italianas voltou a cair, caindo para 77,4 pontos contra 80,0 em janeiro. Isso foi notado pelo Istat, acrescentando que o declínio é determinado pelas quedas registradas nas empresas de serviços de mercado e comércio varejista. 

MOODY'S AMEAÇA DE BAIXO

O resultado das eleições políticas em Itália, que tem traçado um quadro de incerteza sobre o governo do país, coloca em risco a notação da dívida italiana com vista a um rebaixamento por parte da Moody's. Segundo a agência, a situação de incerteza em Itália, terceira maior economia europeia e primeiro mercado obrigacionista, pode contagiar outras economias débeis da zona como Espanha e Portugal, “reacendendo potencialmente a crise da dívida da zona euro”.

BANCOS ESTÃO COMPRANDO TÍTULOS DO GOVERNO EM MASSA NOVAMENTE

Os bancos italianos, assim como os espanhóis, voltaram a fazer compras substanciais de títulos do governo em fevereiro, depois de terem reduzido os títulos do governo na maior parte dos três meses anteriores, realizando ganhos de capital. É o que revelam as estatísticas publicadas hoje pelo Banco Central Europeu: as compras líquidas de títulos públicos em janeiro ascenderam a 18,5 mil milhões de euros para as instituições italianas (vendas líquidas de 13,4 mil milhões em dezembro) e 5,3 mil milhões para as espanholas (vendas de 4,1 bilhões em dezembro).

OS PRINCIPAIS ESTOQUES DA PIAZZA AFFARI

Tentativa tímida de recuperação dos bancos: Unicredit +0,05%, Intesa +0,24%%, Ubi +0,12% Banco Popolare -0,63%. Em vez disso, Mediobanca, -4,42%, que ontem anunciou resultados semestrais abaixo do esperado, e MontePaschi, -3,24%, caíram. Generali +1,17%, Mediolanum +1,21%, Unipol -3,4%. Entre as ações industriais, Fiat marca queda de 0,5%, Finmeccanica +0,59T%, StM +0,85%

A Ti Media corre na Piazza Affari, onde a ação ganha 3,71%, no dia em que o Conselho de Administração se reúne para fazer o balanço da venda da La7 à Cairo Communication (+1,81% para 2,69 euros). Telecom Itália -0,91%. Enel – 0,89% após os resultados de 2012 da subsidiária espanhola Endesa, ligeiramente abaixo do esperado, e a saída da lista de ações favoritas do Citigroup. 

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