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Apple ainda sob pressão, mas alta tecnologia se recuperando

Ontem a Apple viveu a sessão mais dramática do mercado de ações dos últimos 14 meses, deixando 2,4% no chão: iPhone 8 e ETFs as causas do crack - Mas na noite as ações de tecnologia se recuperaram nas listas asiáticas - Faamg e chips no tempestade - Btpe Oat comemora a vingança da zona do euro

Apple ainda sob pressão, mas alta tecnologia se recuperando

"Nenhum presidente fez mais coisas do que eu no início do mandato desde Franklyn Delano Roosevelt." Palavras de Donald Trump pronunciadas ontem em conselho de ministros convocado para dar o comando à equipe em um momento crucial. De fato, Jeff Sessions, o leal promotor federal que em 10 de janeiro jurou diante dos parlamentares que "nunca teve contato com os russos", comparecerá hoje ao Senado. Mas evidências de três encontros com o embaixador de Moscou surgiram desde então. Não é o único torpedo que chega à Casa Branca, sob o fogo das contestações do judiciário às leis de imigração e processado pelo Estado de Maryland por conflito de interesses. Em suma, a incerteza reina suprema. Mas isso não vai deter o Fed, determinado a continuar a marcha de aumento dos juros para não ser pego desprevenido diante do aumento dos gastos militares e de infraestrutura.

Mas Theresa May também não tem motivos para sorrir, obrigada a adiar a apresentação do novo governo no Parlamento: apresse-se ou corre o risco de não fechar nenhum acordo, insinuou Michel Barnier, nomeado pela UE para negociar o Brexit. Em suma, a música mudou: a União Europeia, já sitiada, saiu fortalecida pelas vitórias deslumbrantes de Emmanuel Macron e pelas boas notícias que chegaram até da Itália. Ainda não é o ponto de virada, mas a recuperação do BTP e a aceleração da aveia francesa realmente são um bom presságio para o futuro do euro.

ÁSIA LEVANTA A CABEÇA, WALL STREET ESPERANDO O FED

Os investidores voltaram a comprar empresas de tecnologia da noite para o dia. Samsung (+0,5%) e LG (+1,3%) estão de volta a Seul após o crash de segunda-feira. O índice Kospi marca +0,9%. Queda modesta em Tóquio em vez do Nikkei (-0,1%). Taiwan +0,2% graças à recuperação do setor de chips. Abaixou apenas a Hon Hai (-0,5%), controladora da Foxconn, fábrica de produtos da Apple. Hong Kong +0,5%, queda de Shenzhen (-1,1%), lista tecnológica por excelência. O melhor de tudo em Sydney (+1,1%).

Wall Street reagiu apenas no final da queda das ações de alta tecnologia: o Dow Jones perdeu 0,17%, o S&P 500 0,10%. A queda do Nasadq foi mais forte (-0,52%) mas limitou os estragos.

A expectativa das decisões do Fed, que se reuniu a partir de hoje para decidir sobre o aumento dos juros, também estava travando a lista. Estão também em discussão as formas de redução do balanço do banco, que ascendeu a 4,200 mil milhões de dólares devido às compras de títulos efectuadas durante os anos de recessão.

RELÉ NA GE: IMMELT SAI APÓS 16 ANOS

Por outro lado, um dos pilares históricos do capitalismo estadunidense, a General Electric, apoiou a Bolsa, com alta de 3,6% após o anúncio da renúncia de Jeff Immelt ao cargo de CEO após 16 anos. Seu lugar será ocupado por John Flannery, outro veterano da empresa, até então à frente da área de saúde. A renúncia de Immelt ocorre após meses de pressão do investidor ativo Trian Fund Management, que criticou as ações subvalorizadas que caíram 11% no acumulado do ano até sexta-feira. É o segundo pior Dow Jones blue chip depois da Verizon (-12%).

A MAÇÃ E A PRESA NA TEMPESTADE, DEPOIS O RESGATE

No entanto, como aconteceu na sexta-feira, a sessão foi dominada pelo colapso das ações de tecnologia. Pela manhã, as perdas do Nasdaq ultrapassaram 1,6%, apenas para se recuperar parcialmente durante a sessão. Em destaque durante toda a sessão da Apple, que viveu a sessão mais dramática dos últimos 14 meses. No final a Apple, que perdia 4,3% pela manhã, reduziu a perda para 2,46%, a 145,32 dólares. As demais Bigs também melhoraram: Netflix cai 4,17% (mínima do dia - 6,1%). O alfabeto limita o dano: -0,86% (contra -3,4%); Facebook -0,78% (-3,4% pela manhã), Amazon -1,38% (de -3,4%) e Microsoft -0,77% (de -3,1%)

ETF E IPHONE 8 ENTRE AS CAUSAS DO CRACK

Mas a que está relacionada a tempestade? E quanto tempo vai durar? Duas coisas desencadearam a liquidação massiva dos gigantes da tecnologia:

1) Um relatório do Goldman Sachs sobre as ações da FAAMG (Facebook, Amazon, Apple, Microsoft e Alphabet), principais players no rali da Nasdaq desde janeiro. Juntas, essas ações renderam US$ 660 bilhões em capitalização. Um boom caracterizado por baixa volatilidade que é, sublinham os analistas, um dramático calcanhar de Aquiles: "Acreditamos - lê o relatório - que a baixa volatilidade poderia levar as pessoas a subestimar os riscos inerentes a esses grupos, incluindo exposição cíclica, regulamentos de atividades online ou antitruste preocupações causadas pela constante invasão de novos espaços e setores”. A baixa volatilidade por enquanto atrai investidores passivos que negociam via ETFs. Mas o que acontecerá, pergunta-se Goldman, quando os mesmos investidores venderem todos juntos?

2) Não menos importantes são as dificuldades, reais ou presumidas, que os técnicos atribuem ao lançamento do iPhone 8. A Apple, não querendo depender de um único fornecedor, confiou a construção do modem para ligação a duas empresas distintas , Qualcomm e Intel. Mas, de acordo com a Bloomberg, existem diferenças significativas de desempenho entre os dois provedores. Daí a decisão de apostar tudo na Qualcomm, com fortes atrasos para o projeto. Diante dessas indicações, a Mizuho Securities baixou seu julgamento de "comprar" para "neutro": segundo a corretora, a ação já incorporou os benefícios dos novos produtos que estão por vir.

CHIPS NA TEMPESTADE: STM VAI TILT (-9,1%)

Naturalmente, os chips também foram atingidos pelas vendas, assim como nos EUA, Ásia e Europa. O índice setorial Euro Stoxx perdeu 3,7%. Entre as de pior desempenho estava a Stm, com queda de 9,1%, que pagou por seu papel como fornecedora da Apple. A alemã Infineon perdeu 4,8%, a holandesa Asml, principal fabricante europeia de máquinas para fabricação de chips, caiu 4%. 

A crise tecnológica coincidiu com a recuperação do índice de Energia, até então o mais sacrificado. O Brent se recuperou 1,5% para $ 48,76 (WTI a $ 46,39) no dia em que o Catar confirmou seu compromisso de reduzir os estoques globais de petróleo bruto até março de 2018. A Exxon disse que fechou com um aumento de 0,97%. Divisas +1,64%.

Na Piazza Affari, boa subida para Eni (+0,4%) e Tenaris (+0,3%). Foi o dia da Saipem (+5,2%), melhor blue chip na sequência da entrevista ao presidente Andrea Colombo em que o gestor confirma a vontade da empresa de apostar, na expectativa da recuperação do mercado dos equipamentos petrolíferos, noutros sectores: a construção de parques eólicos offshore e o desmantelamento de plataformas de petróleo fora de uso. Desde o início do ano, o estoque perdeu 33%.

FMI: PIB ITALIANO VAI AUMENTAR 1,3%. MILÃO -1%

“A queda do risco político ajuda os títulos italianos e franceses”. Para o Financial Times esta foi a nota mais importante do dia financeiro europeu. Mas se se esperava o triunfo de Emmanuel Macron, a (bem-vinda) surpresa foi o fiasco do 5 Estrelas, considerado uma formação anti-euro. A resposta dos mercados de ações foi bem diferente: mesmo na Europa, porém, o efeito Tech ofuscou as notícias positivas da situação política.

Os futuros nas bolsas europeias antecipam uma subida moderada esta manhã. Em Milão, o índice FtseMib caiu 1%, para 20.910 pontos. Quedas semelhantes em Paris (-1,2%) e em Frankfurt (-0,98%). As perdas em Madrid foram mais pesadas (-1,24%). Londres limita o vermelho a -0,21%, aguardando as decisões do Banco da Inglaterra esperadas para a próxima quinta-feira. 

O Fundo Monetário Internacional vê o PIB italiano crescendo 1,3% este ano, de +0,8% estimado em abril, e "desacelerando para cerca de 1%" em 2018-2020. No documento final da missão a Itália, o FMI alerta, no entanto, para "riscos negativos significativos" ligados à fragilidade financeira, incertezas políticas e possíveis retrocessos no processo de reforma, bem como ao Brexit e às políticas dos EUA. Os economistas de Washington reiteram que a Itália deve reduzir os impostos sobre o trabalho e a renda comercial e reintroduzir o imposto sobre residências principais. Os dados da produção industrial italiana de abril decepcionaram as expectativas do mercado: desaceleração de 0,4% em relação a março, ante previsão de +0,2%.

O SPREAD CAI, O LEILÃO DE MÉDIO-LONGO HOJE

Os BTP registaram uma forte subida, com queda simultânea das yields e estreitamento do spread, na sequência dos resultados das eleições administrativas e da inação da Moody's sobre o rating italiano (rating Baa2 mantém-se inalterado com outlook negativo ).

Ontem, o spread caiu para 175 pontos base, o nível mais baixo desde o final de maio. Na semana passada, ultrapassou os 200 pontos base. A taxa de referência a 2,017 anos registou o nível mais baixo desde finais de janeiro em 12%. Após o bom leilão BOT de 6,5 meses de ontem (€ 0,351 bilhões colocados a uma taxa de -4,5% novo recorde histórico), a rodada de alocações do meio do mês continua hoje com lances entre 5,5 e 3 bilhões em 7 e XNUMX -ano BTP.

A queda da obrigação francesa a 0,0 anos, para 30%, foi ainda mais significativa, com um spread de XNUMX pontos base no bund: menos de metade dos máximos atingidos no início de abril.

BANCOS: UBI AUMENTA O PASSO, OS BANCOS VENEZIANOS PARAM

Os bancos em Milão caíram: as cotações refletem o cabo de guerra que está ocorrendo entre as grandes instituições e o governo, que gostaria de se envolver no resgate dos dois bancos do Veneto, enquanto a gestão da Unicredit (-0,15%) e Entente (-0,62%) resistem. Banco Bpm caiu 2,03%, Bper Banca -2%. O Banca Carige ainda caiu significativamente (-3,34%) depois que o Conselho na sexta-feira desanimou o CEO Guido Bastianini. A Equita sim reduziu o preço-alvo da ação de 0,25 para 0,20 euro, confirmando a classificação de espera.

Na contramão da tendência Ubi Banca (+3,8%) no primeiro dia do aumento de capital: Banca Imi, Banco de Santander e Mediobanca atuarão como outros fiadores e cobookrunners da operação (400 milhões). Seguro positivo: Generali subiu 1%, Unipol +1%, Poste Italiane +1,7%. 

FREIOS ENEL, BAQUE DE FERRARI

A Enel caiu (-1,1%) apesar das opiniões do Barclays, que aumentou o preço-alvo da ação de 5 para 5,3 euros, confirmando a recomendação de sobreponderação, e do Exane Bnp Paribas, que confirmou a recomendação de outperform (preço-alvo 4,9 euros). Terna -1,4%.

Queda da Ferrari (-3,86%) após a decepção parcial do GP do Canadá. A Cnh Industrial também foi fraca (-2,9%). Fiat Chrysler (+0,4%). Entre os industriais, Leonardo também sofre (-2,9%), vítima da onda de vendas das ações de Tech. Mas chegaram boas notícias para a Companhia de Defesa: o ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, e seu homólogo do Catar, Ali S. Al Emadi, confirmaram a cooperação econômica e financeira entre os dois países. Dia ruim para o luxo: pesadas Moncler (-2,6%), Ferragamo (-0,4%) e Tod's (-1,3%) em baixa.

Entre as small caps, a Caltagirone Editore sobe para +21,1% e posiciona-se acima do preço da OPA, fixado em 1 euro, proposto pelo accionista maioritário. Gefran decola em +7% com a notícia de um contrato de fornecimento de 23 milhões. A Pininfarina também está super: +24,63% no início do aumento de capital.

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