Autonomia financeira do Estado; aumento dos investimentos de 1,7 para três mil milhões de euros em três anos; mil novas contratações; aumento da manutenção da rede rodoviária existente de 500 milhões para 1,3 mil milhões até 2019. Estes são os objetivos mais ambiciosos do Plano de Negócios Anas 2016-2020, apresentado hoje pelo presidente Gianni Vittorio Armani aos membros da comunidade empresarial.
Estes são os objectivos estratégicos da estatal (100% do Tesouro) para os próximos anos, independentemente da fusão por incorporação com a FS (projecto em estudo pelo Governo, cuja decisão final caberá ao final do verão). "Os investimentos totais, como o financiamento estatal, são de 20 bilhões", disse o presidente Armani. Nos cinco anos, acrescentou, "14 bilhões serão usados na estrada. Acresce que, no mesmo período, estão previstos 30 mil milhões de euros em projectos” que vão além do período do plano. Os investimentos da Anas em novas obras e manutenção extraordinária da malha viária (despesa real) atingiram em 2015 o mínimo por dez anos: apenas 1,7 mil milhões de euros contra 2,1 mil milhões em 2014 e uma média de dois mil milhões nos três anos anteriores (1,9 em 2012, 2,0 em 2013, 2,1 em 2014) e cerca de 2,5 mil milhões por ano no quinquénio 2007-2011.
som quatro iniciativas principais previstas no Plano de Negócios Anas 2016-2020: gestão direta da manutenção; reorganização dos compartimentos com a criação de 'áreas supracompartimentais'; reinício do investimento; reorganização de participações com criação de uma Newco que agrupa as concessões de portagens em que a Anas está presente (Cav, ou seja, Passante di Mestre; Sitaf Torino-Frejus; Asti-Cuneo; Traforo Monte Bianco, Aie, ou seja, Anas International Enterprise).
Anas também espera um volume total de maiores receitas e poupanças económicas de 570 milhões de euros, dos quais 520 de poupança económica e 50 de receitas superiores. Adicionalmente, as iniciativas do Plano de Negócios vão permitir uma redução dos custos de manutenção das estradas pertencentes a Anas em cerca de 3,2%, passando de 21.700 euros/km para 21 euros/km.
O Plano fornece nos próximos quatro anos a possível contratação de mil novos funcionários: 900 como pessoal operacional para manutenção ordinária, operação e supervisão da rede rodoviária nacional e 100 como pessoal técnico (principalmente engenheiros) para planejamento e supervisão de construção. Os pressupostos não são, no entanto, certos: são o requisito apontado pela Anas para poder atingir os seus objetivos de eficiência e aumento dos investimentos. A contratação será possível apenas se a independência financeira chegar (a estudar durante um ano, sem ter entrado na Lei da Estabilidade de 2016) e ainda a saída de Anas da AP, que libertaria a empresa rodoviária das obrigações de recrutamento de pessoal redundante da AP (constrangimento hoje existente), podendo assim, acessar livremente o mercado, com concorrências.
Foi assim que o presidente Armani explicou as quatro iniciativas principais:
1) “Um novo modelo de exercício que proporciona internalização das atividades de manutenção, bem como uma otimização da qualidade da presença na estrada com 900 recursos adicionais em pessoal operacional. A redefinição do modelo operacional visa consolidar o papel da Anas como a melhor gestora da rede rodoviária nacional e otimizar os recursos financeiros comprometidos com as atividades de manutenção e operação”;
2) “Um novo equilíbrio das atividades territoriais através da criação de áreas supra-compartimentais que possam alcançar uma sinergia de processo, deixando a responsabilidade pelas estradas para o compartimento. Em particular, todo o território nacional será dividido em 8 Macroáreas Territoriais caracteriza-se por uma distribuição homogénea de recursos humanos, km geridos e superfícies, com o objetivo de assegurar: maior fiscalização das atividades operacionais; centralização dos processos administrativos e de apoio bem como da gestão de novas obras; alocação de recursos de acordo com indicadores de eficiência/eficácia; relações hierárquico-funcionais adequadas com as estruturas relacionadas da Direção-Geral”;
3) “A reorganização das participações sociais. A Anas, com o objetivo de desenvolver sinergias, eficiências, competências especializadas e reduzir os custos do housekeeper, lançou um projeto de racionalização dos investimentos de capital, que prevê também a estabelecimento de uma Newco para a racionalização de participações societárias detidas em empresas que atuam no setor de concessões de pedágio e no mercado externo”;
4) "O reinício dos investimentos com o objetivo de liberar o potencial da Companhia. No Plano de Negócios foram identificadas um conjunto de iniciativas que visam agilizar e potenciar o planeamento, projeto, aprovisionamento e construção de obras novas/manutenções extraordinárias. São investimentos relacionados ao planejamento de intervenções no valor de até 32 bilhões; de intervenções a licitar até 22 mil milhões e de 14 mil milhões de intervenções a realizar. Além das iniciativas voltadas para agilizar e fortalecer a cadeia de investimentos, estão previstos 100 recursos adicionais para o corpo técnico a ser dedicado à gestão de projetos e obras”.