Protestos e renúncias. Augusto Fantozzi, comissário extraordinário da parte da Alitalia na administração controlada, decidiu deixar o cargo em polêmica aberta com o governo. A despedida foi motivada pelas regras contidas na manobra referente aos procedimentos de administração extraordinária das empresas. Todos os membros do gabinete do comissário também tomaram a mesma decisão.
Entre as medidas contestadas, destaca-se o facto de o Executivo poder integrar com dois comissários adicionais os órgãos monocráticos de comissários de sociedades em administração extraordinária que se encontrem em fase de liquidação e em que tenham sido alienados os compêndios societários.
Por estas razões, Fantozzi "considerou que a confiança do governo nele tinha perdido - lê-se numa nota - e entregou a sua demissão ao primeiro-ministro e ao ministro do Desenvolvimento Económico". O agora ex-Comissário "dará conta no relatório semestral e através do relatório de entregas aos novos comissários do enorme trabalho realizado até agora, das medidas adoptadas, dos resultados alcançados, da liquidez disponível até à data, dos próximos prazos, as inúmeras pendências e, de forma mais geral, o andamento do processo".
Também colaborará com os novos comissários para evitar "qualquer solução de continuidade, especialmente em relação ao pagamento do adiantamento aos funcionários da Alitalia Express, Alitalia Airport e Volare, preparado há algum tempo e previsto para o próximo dia 26 de julho, e ao siga para os funcionários da Alitalia Servizi e Alitalia Spa”.