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Ajuda da UE, Micossi: "Use-a para investir, não para cortar impostos"

Segundo o director-geral da Assonime, os fundos que chegam da Europa devem ser utilizados "integralmente", incluindo portanto os 36 mil milhões do Mes, e sem desperdiçar recursos em mil vertentes como tantas vezes aconteceu no passado - A bússola do Plano Nacional é reforma fundamental

Ajuda da UE, Micossi: "Use-a para investir, não para cortar impostos"

A Itália não deve usar o rio de dinheiro vindo da Europa reduzir os impostos, mas para reacender o investimento público e privado. Esta é a opinião de Stephen Micossi, gerente geral de assônimo, que falou ontem na Câmara em audiência sobre a ajuda comunitária que nosso país receberá nos próximos meses.

Estes fundos, “pela sua natureza One-off, deve ser destinado a intervenções de apoio a investimentos públicos e privados – explica Micossi – enquanto não podem garantir medidas permanentes de redução das receitas fiscais ou de aumento das despesas correntes".

Além disso, Micossi aponta que "Os recursos europeus devem ser todos utilizados”, incluindo a nova linha de crédito da 36 bilhões do mês, que “pode ser imediatamente utilizado para financiar despesas direta e indiretamente relacionadas com a crise sanitária, incluindo assim as despesas de adaptação das unidades de produção às novas necessidades de segurança sanitária".

Sobre este ponto, ele também se expressou em termos semelhantes o secretário-geral da OCDE: “A Itália deveria usar o dinheiro do Mes porque precisa – disse Angel Gurria na semana passada, comentando as novas estimativas da Organização sobre o PIB italiano – As condições são absolutamente adequadas: é uma ferramenta disponível, que faz parte da solidariedade europeia”.

Voltando à estratégia geral a adoptar na utilização da ajuda europeia, Mycossis também destaca a necessidade de “superar as más práticas do passado, que têm visto a utilização de fundos europeus, sobretudo a nível regional, desperdiçados em mil correntes na defesa do existente em vez de serem utilizados para reforçar as infraestruturas tangíveis e imateriais do país”. 

Por último, uma vez que o acesso aos fundos europeus “estará condicionado à conformidade com as recomendações específicas do país aprovado pelo Conselho no âmbito do procedimento do Semestre Europeu – conclui Micossi – é de fundamental importância que o Plano Nacional de Reformas torna-se o instrumento estratégico a que se referem as leis orçamentais anuais, de forma a coordenar eficazmente os objectivos e as intervenções públicas, enquadrando as intervenções no âmbito de um plano de estabilização e redução progressiva da dívida pública”.

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