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ACONTECEU HOJE – Einstein publica a Relatividade (Especial) em 1905

Em 21 de novembro de 1905, com apenas 25 anos, Einstein publicou uma das teorias científicas mais revolucionárias da história, ensinando ao mundo a ligação secreta entre espaço e tempo.

ACONTECEU HOJE – Einstein publica a Relatividade (Especial) em 1905

Aos 25 anos, Albert Einstein enviou três artigos para a revista Anais de Física. “Cada um dos três merecia o Nobel, e mais”, escreve Carlo Rovelli em A realidade não é o que nos parece (Editora Raffaello Cortina, 2014), volume do qual extraímos as noções científicas contidas nesta edição do "Accade oggi".

Mas vamos ao aniversário: no dia 21 de novembro de 1905, há exatos 114 anos, foi publicado o mais famoso dos três artigos, aquele que apresenta a teoria da relatividade especial o relatividade especial (não confundir com o relatividade geral, sobre a qual já falamos e que viu a luz apenas alguns anos depois).

A relatividade especial é um dos pilares conceituais sobre os quais se baseia nosso conhecimento atual do cosmos, mas infelizmente também é muito complexo e requer um aprendizado paciente, por isso dizemos claramente: não pretendemos fornecer explicações exaustivas.

Vamos, portanto, limitar-nos a falar em termos gerais do conceito de "presente estendido”, introduzido justamente pela teoria de Einstein. Rovelli assim o explica: "Entre o passado e o futuro de cada acontecimento (...) há uma zona intermediária, um presente estendido desse acontecimento, uma área que não é passado nem futuro”. A duração do presente estendido depende do espaço: quanto mais aumenta a distância do evento, mais se alonga a duração do presente estendido.

Se tomarmos nós mesmos como referência, a alguns metros de distância a duração do presente estendido é de alguns nanossegundos, mas na Lua dura alguns segundos e em Marte um quarto de hora. Isso significa que no planeta vermelho "existem eventos que já aconteceram neste preciso momento - continua Rovelli - eventos que ainda não aconteceram, mas também um quarto de hora de eventos durante os quais fatos que para nós não são passados ​​nem futuros".

Tudo limpo? Se a resposta for não, não há muito com o que se preocupar: para ter uma percepção clara do que é o presente estendido deveríamos ter a capacidade de distinguir intervalos de tempo muito curtos como nanossegundos (para ser claro: há tantos nanossegundos em um segundo quanto segundos em 30 anos).

No entanto, podemos tirar uma conclusão: se o tempo varia em função do espaço, significa que não existe simultaneidade absoluta, ou seja, não existe um “agora” válido ao mesmo tempo para todo o universo. Nosso "agora" só se aplica aqui. E é assim que tempo e espaço se fundem pela primeira vez em um único conceito: espaço-tempo.  

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