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ABìCinema: H como Hollywood, mas também Hitchcock

ABìCinema: H como Hollywood, mas também Hitchcock

H: Cinema de terror
Dentre os diversos “gêneros” do cinema, o terror merece lugar de destaque. Em primeiro lugar porque o seu nascimento coincide bastante com o advento do cinema entre o final do século XIX e o início do século XX e depois porque sempre manteve posições relevantes em relação a outros gêneros. O seu nascimento é datado com uma curta-metragem de 800 minutos assinada por George Méliès de 900 onde ainda não estavam bem definidas as personagens específicas deste género: o monstro, o medo do desconhecido, o sobrenatural, os ambientes fechados e claustrofóbicos. Em breve, essas características se misturarão aos gêneros de ficção científica e suspense.

Os pilares cinematográficos do terror são retirados de importantes obras da literatura anglo-saxônica que vão desde Frankenstein de Mary Shelley (do qual o primeiro filme com Boris Karloff foi inspirado em 1931) até Drácula de Bram Stoker passando por O estranho caso do Doutor Jekill e o Sr. Esconda-se de Robert Louis Stevenson sem esquecer os contos de Edgar Allan Poe. O auge do terror foi por volta dos anos 60 e início dos anos 70, quando títulos como Invasão dos Ladrões de Corpos em 1956 com a assinatura de Don Siegel e a obra-prima de Alfred Hitchcock, Psico de 1960. Para ser lembrado como uma pedra angular do gênero de terror moderno em 1968 Noite dos Mortos-Vivos de George A. Romero e O bebê de Rosemary de Roman Polanski. Na Itália começa a era de Dario Argento com Profondo rosso de 1975. As grandes produções chegam ao cenário internacional com Alien de Ridley Scott de 1980 e no mesmo ano Brilhando, assinado por Stanley Kubrick.
Chegamos nos últimos anos onde o gênero terror se junta à onda dos videogames com os quais se entrelaça um caminho de inspiração mútua: Resident Evil e Destino final entre os mais conhecidos.

Werner Herzog: realizador de grandes, sugestivas e emocionantes visões, sempre com referência às paisagens, aos desafios da natureza, sempre situado entre o cinema e o documentário. O filme que o destaca internacionalmente é Aguirre, a Ira de Deus, de 1972, com o ator que muitas vezes será o protagonista de suas outras obras: Klaus Kinski. Isso será seguido por Nosferatu, o príncipe da noite de 1979, um remake da obra-prima de Mornau e sua obra-prima: Fitzcarraldo de 1982, vencedor do Prêmio Cannes de Melhor Direção, uma história épica onde um homem quer construir um teatro na selva amazônica. "Quem sonha move montanhas" foi o manifesto na produção de suas obras que nos anos seguintes passaram não só pelo cinema, mas também pelo teatro e pela televisão.

Alfred Hitchcock: já desde a sua estreia, em 1926, põe de imediato à vista a sua figura estilística que o acompanhará em todas as suas produções. Ele é um dos inventores do gênero thriller, onde os elementos característicos são a tensão crescente, o medo do desconhecido e o pathos. Até a década de 50 ele não perde o ritmo com uma longa linha de títulos interessantes até o clímax de Notório, de 1946, com Cary Grant e Ingrid Bergman, talvez uma de suas obras-primas mais conhecidas. Outros títulos importantes virão como O crime perfeito e A janela do pátio de 1954. Desde então "o mestre da emoção" aperfeiçoa e desenvolve sua arte em crescendo ao contar a intriga, o turvo, o mistério e títulos como intriga internacional, A mulher que viveu duas vezes até outra de suas obras-primas: Psycho de 1960. A síntese de sua infinita produção chega em 1963 com Aves, que serão seguidos por outros trabalhos que não terão o mesmo sucesso.

Hollywood: marco do cinema mundial. Nasceu por volta do final do século 800 em Los Angeles e encontrou sua fortuna no clima ameno da Califórnia, que permite filmar durante todo o ano e graças às diferentes legislações estaduais que permitem escapar da censura. Logo chegam os grandes diretores americanos como CB De Mille e europeus como Chaplin. Depois seguirão quase todos os grandes diretores do século para chegar às grandes produções assinadas pelos vários Coppola, Lucas, Spielberg.

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