Na próxima primavera, o diretor do Corriere della Sera, Ferruccio de Bortoli, deixará a guia do jornal milanês na via Solferino. É o que adianta um comunicado da RCS, editora do jornal, que manifesta o seu apreço pelo diretor e confirma o acordo alcançado sobre a mudança da guarda, pedindo-lhe simultaneamente que se mantenha no cargo até à primavera de 2015 e que ajude escolher seu sucessor.
A decisão põe fim, assim, a um longo período de atrito entre o próprio De Bortoli e o CEO da RCS, Scott Jovane, procurado e apoiado pelo presidente da Fiat, John Elkann.
De Bortoli, depois de ter sido afastado pela primeira vez da direção do Corriere por vontade de Silvio Berlusconi, voltou à direção do jornal graças ao presidente do Intesa Giovanni Bazoli, seu patrocinador vitalício, e ao ex-presidente do Mediobanca, Cesare Geronzi .
Agora o diretor do Corriere terá que ajudar a indicar seu sucessor. Na pole position está o editorialista do Corriere, Antonio Polito, mas a hipótese de uma transferência para a via Solferino do diretor do La Stamap, Mario Calabresi, não desapareceu completamente. Ainda faltando muitos meses para a nomeação, no entanto, surpresas não podem ser descartadas, mas será fundamental que o novo diretor receba o consentimento da Fiat, que é a primeira acionista da RCS.
