Entre 2021 e 2023, tanto na União Europeia como na Zona Euro, o relação dívida/PIB espera-se que diminua em média 1,8% ao ano. Se estreitarmos o focoItália, porém, a queda esperada é bem mais consistente do que as duas médias e atinge 2,8% ao ano. Os números estão contidos em um novo foco do Escritório Parlamentar de Orçamento intitulado "Uma visão geral das estratégias orçamentais nos Programas de Estabilidade e Convergência de 2022 dos países da UE".
Dívida/PIB da Itália continua 50 pontos acima da média da Zona do Euro
Por outro lado, a Itália é também o país europeu com a maior relação dívida/PIB depois da Grécia. Os dados esperados para o nosso país são 147% em 2022 e 145,4% em 2023, níveis significativamente superiores à média dos países do UE (87,4% em 2022 e 86,1% em 2023) e os países daárea do euro (95% em 2022 e 93,6% em 2023) em 2023.
em 2021, por outro lado, a dívida italiana/PIB situou-se em 150,8%, contra 89,6% em média para os países da UE e 97,3% para os países da área do euro.
Desde 2014, a dívida dos bancos centrais multiplicou por 9
A análise do PBO também mostra que, "após o início dos programas de compra de títulos do governo do Eurosistema, a parcela da dívida detida pelos bancos centrais da área do euro aumentou significativamente”, passando de 2,9% no final de 2014 para 25,6% no final de 2021.
No ano passado, a parcela da dívida italiana detida por Banco da Itália era igual a 25,3%, ligeiramente abaixo da média da zona euro, inferior à da Alemanha (28,9%) e superior à da França (21,8%).
O défice italiano vai manter-se acima da média
Quanto ao déficit público, a regra dos 3% está suspensa durante todo o ano de 2023 e este ano, em média, tanto os países da UE como os da Zona Euro esperam um défice nominal ainda acima do limiar de Maastricht (4 e 4,2% respetivamente), mas os dados médios deverão regressar dentro dos parâmetros em 2023 (em 2,9 e 3%).
No entanto, a situação doItália, cuja meta se mantém acima de 3% do PIB em ambos os anos: 5,6% em 2022 e 3,9% em 2023.
Em 2021, os países da UE registaram um rácio médio do défice nominal em relação ao PIB de 4,7%, subindo para 5,1% nos países da área do euro. Em ambos os casos, estes são consideravelmente inferiores ao défice notificado pela Itália, que foi igual a 7,2% do PIB.