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Preços agrícolas disparam e alta da Cnh

O medo de um aumento nas taxas de juros após as palavras de Janet Yellen se dissolveu em poucas horas e os preços das ações estão em alta. Rali das commodities é uma excelente notícia para a subsidiária da Exor

Preços agrícolas disparam e alta da Cnh

O medo de um aumento iminente das taxas, levantado pelas palavras de Janet Yellen, se dissipou na noite de terça-feira, sem deixar impacto nas ações que já correm para recuperar o terreno perdido. E pouco importa que sinais de cautela surjam aqui e ali, para temperar os excessos da euforia. Por exemplo, o Canadá, primeiro entre os países do G7, cortou parte das compras de títulos no mercado, dando lugar ao chamado tapering. 

Para alimentar o sentimento de que a recuperação já decolou embora a pandemia continue a morder, no entanto, é acima de tudo o salto em matérias-primas, não apenas petróleo e materiais ferrosos, mas também commodities agrícolas leves, das quais alguém já está falando um superciclo. O milho ultrapassou esta manhã a barreira dos 7 dólares o alqueire que resistia há oito anos, a soja também estava em grande forma (+20% desde o início do ano), juntamente com o açúcar, os lácteos e outras matérias-primas materiais de origem agrícola.

O rali das commodities é uma ótima notícia para uma das principais ações do dia: CNH Industrial, a multinacional que, entre outras coisas, ocupa posições de liderança em muitos mercados do agronegócio, mercado que já sofre com as guerras alfandegárias travadas por Trump. A CNH Industrial avançou 5,4% a meio da tarde impulsionada pela divulgação das contas do primeiro trimestre, que fechou com receitas consolidadas em alta de 37% para 7,473 mil milhões de dólares (+41% para 7,043 mil milhões das atividades industriais) e um lucro líquido de US$ 425 milhões, US$ 0,32 por ação ajustada, contra um prejuízo de US$ 54 milhões no mesmo período do ano passado (o lucro líquido atribuível à CNH Industrial foi de US$ 408 milhões, contra um prejuízo anterior de US$ 65 milhões). A empresa revisou para cima suas estimativas para 2021: a receita líquida de vendas deve crescer entre 14% e 18% ano a ano, o fluxo de caixa livre deve ser positivo entre US$ 0,6 bilhão e US$ 1 bilhão, e P&D e gastos de capital totalizarão aproximadamente US$ 2 bilhões.

As operadoras aguardavam esclarecimentos da direção sobre a Iveco e sobre a inclusão dos negócios de defesa e veículos especial entre os objetos da cisão. Os esclarecimentos surgiram durante a teleconferência após a publicação das contas, o CEO da CNH, Scott Wine falou também da Iveco, anunciando que a empresa "chegou à conclusão de que focar apenas na execução do spin-off representa o caminho mais certo e mais rápido para uma separação”. O spin-off era esperado para 2020 e foi adiado devido ao surto da pandemia de Covid. Enquanto isso, começaram as negociações para uma possível transferência para Faw Jiefang, que foram ignoradas no mês passado. Wine enfatizou que “agora todos os recursos necessários estão dedicados à nossa estratégia original de desmembrar o negócio On-highway, ou NewCo, da CNH Industrial até o início de 2022”. Os negócios de Defesa, Combate a Incêndio e Fpt serão incluídos neste spin-off, acrescentou Wine, explicando que eles "estão intimamente alinhados com os tipos de produtos projetados e fabricados por nosso negócio de veículos comerciais".

Além disso, o FinCo (serviços financeiros) será dividido em duas partes para que tanto a CNH Industrial como a NewCo "possam conceder o melhor financiamento aos nossos concessionários e clientes", disse o CEO, sublinhando que os investidores e todas as partes envolvidas estarão mantido informado dos desenvolvimentos. Em particular, espera-se um roadshow para investidores no quarto trimestre deste ano, seguido de uma assembleia geral extraordinária. Depois terão de chegar as autorizações das entidades reguladoras, com o objetivo precisamente de chegar ao spin-off no primeiro trimestre de 2022.

O gerente não falou em vez do aposta em Nikola, a start-up do Arizona (com alta volatilidade) que quer bater a estrada já marcada pela Tesla em caminhões, bem como lançar um caminhão a hidrogênio posteriormente. Não é a única joia hi-tech: ela existe o AgDna australiano, adquirida em 2019 que atua em sistemas de informação de gestão agrícola – uma plataforma aberta que funciona sem barreiras entre segmentos de dados e marcas – mas também, mais recentemente, o desembarque com uma participação minoritária na Augmenta, empresa especializada em tecnologias agrícolas, em especial sistemas para automação de operações agrícolas baseadas em visão computacional (Computer Vision) e inteligência artificial.

Ambas as empresas serão listadas, com sede em Amsterdã e tributação na Grã-Bretanha e atribuídas igualmente aos acionistas. E para ambos, a Exor continuará sendo o acionista de referência.

(Última atualização: 17.01h5 de XNUMX de maio).

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