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Trimestralmente na Bolsa: é dia de Brembo, Recordati e Italgas

Embora as contas dos primeiros três meses sejam positivas para as três empresas, as ações andam no vermelho na Piazza Affari, pressionadas pelo desempenho negativo do Ftse Mib – Bolsa no topo da Recordati: saída de Marco Vitale, Machaela Castelli novo presidente .

Trimestralmente na Bolsa: é dia de Brembo, Recordati e Italgas

Continua a publicação do trimestral na Piazza Affari. Em um dia particularmente difícil para a Bolsa de Valores de Milão, com o Ftse Mib que cai mais de 2% devido à incerteza política, cabe hoje a Brembo, Recordati e Italgas submeterem suas contas ao julgamento do mercado.

O TRIMESTRAL DA BREMBO

No que respeita à empresa de desenvolvimento e produção de sistemas de travagem para viaturas, os meses de janeiro a março encerraram com um Resultado líquido +0,8% para 68,2 milhões de euros, receitas igual a 657,9 milhões de euros, +4% (+8,7% a câmbio constante) e uma Ebitda de 126,6 milhões (+0,9% e igual a 19,2% das receitas).

Conforme explica a empresa em nota, quase todos os segmentos contribuíram para o crescimento do volume de negócios, com exceção do automobilismo que perdeu 8,2%: +3,7% para aplicações automóveis, +6,8% para motociclos, +10,9% para veículos comerciais.

o investimentos líquidos fixou-se em 45,9 milhões, enquanto odívida financeira líquida cresceu 21,5% para 257,7 milhões. Abaixo o margem operacional líquida, caiu 1,3% para 91,6 milhões (13,9% das receitas), enquanto o encargos financeiros líquidos somaram 1,5 milhão, contra 1,4 milhão no mesmo período do ano passado.

Falando em futuro próximo, a projeção dos pedidos em carteira mostra receitas crescentes para o restante de 2018, ainda que as oscilações cambiais possam afetar a melhora. A Brembo “continua monitorando atentamente a evolução do cenário macroeconômico internacional”, lê-se. “Os dados do primeiro trimestre refletem o quão dinâmica a empresa está entrando no novo ano, apoiada por uma forte carteira de pedidos”, disse ele. Alberto Bombassei, presidente da empresa, sinalizando o bom desempenho em áreas estratégicas como Estados Unidos, México, Europa e Índia.

OS RESULTADOS DO RECORDATI

Resultado líquido subiu 10,3% para 86,6 milhões de euros para a Recordati nos primeiros três meses de 2018, arquivados com receitas contas consolidadas cresceram 7,2% para 366,5 milhões e um Ebitda igual a 134,4 milhões (+14,2%). Conforme consta na nota da empresa, a uladrilho operacional do grupo farmacêutico foi igual a 120,5 milhões, um aumento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, com uma incidência no faturamento de 32,9%.

O dívida passou de 381,8 para 484,6 milhões, enquanto o ativos líquidos ascende a 933,1 milhões. As acções próprias foram adquiridas durante o período num total de 169,8 milhões. “Os resultados económicos obtidos no primeiro trimestre confirmam a continuidade do crescimento do grupo, com um novo aumento da rentabilidade”, afirma o director-geral Andrea Recordati. Grande parte do faturamento foi registrado no exterior: na Itália as receitas foram de 78,926 milhões (+2,9%), enquanto internacionalmente foram de 287,574 milhões (+8,4%).

A empresa também divulgou que Marco Vitale renunciou à presidência e membro do Comitê de Controle, Risco e Sustentabilidade e permanecerá no cargo de conselheiro. Em seu lugar foi indicada Michaela Castelli, ex-integrante da comissão.

CONTAS ITALGAS

Os resultados da Italgas foram positivos, fechando o primeiro trimestre com receitas alta de 1,1% em relação aos primeiros três meses de 2017, mas que se mostraram abaixo das expectativas dos analistas. Em forte ascensão oebit, que cresceu 8,1% ano-a-ano (como esperado), e oResultado líquido, que subiu 4,5% face ao primeiro trimestre do ano anterior, ligeiramente abaixo do consenso.

Aumenta 2,7% para 198,4 milhões ao anoebitdaenquanto eu investimentos somam 106 milhões (-13,7% a/a). EU'endividamento líquido sobe para 3,66 (+5,3%), em linha com as expectativas.

“Os resultados do primeiro trimestre de 2018 registam uma melhoria em todos os principais indicadores económicos face ao período homólogo de 2017 e em continuidade com os resultados do ano transacto, sinal da grande vitalidade do Grupo que, na pendência dos concursos na área, continua trabalhando para melhorar sua competitividade e qualidade de serviço e ao mesmo tempo persegue objetivos de crescimento por meio de aquisições”, comenta o CEO da Italgas, Paulo Galo.

“Os investimentos efetuados – explica o gestor –, em linha com o plano industrial, foram quase metade direcionados para a instalação de contadores inteligentes que atingiram 44% de toda a frota de contadores geridos e que representam o primeiro passo no processo de digitalização das redes lançado em 2017. Neste cenário, a adoção do Cloud Azure, fruto do acordo de parceria com a Microsoft, representa o fator potenciador da digitalização dos processos de negócio e coloca o Grupo Italgas na vanguarda do panorama europeu de distribuidores de gás e modelo de referência também no campo da inovação”.

AÇÕES NA BOLSA DE VALORES

Apesar dos resultados positivos alcançados pelas três empresas no primeiro trimestre deste ano, as ações seguem no vermelho na Piazza Affari, pressionadas por um desempenho negativo geral do Ftse Mib (-2%) causado pela incerteza política e pela espera pela decisão de Donald Trump sobre o Irã.

Dos três, o pior é italgás, caiu 4,57% para 5,09 euros. Em vermelho escuro também Brembo (-4,27%), enquanto Gravação contém perdas (-0,8%).

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