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Impostos, escola, trabalho: as novidades do decreto de agosto

Em audiência sobre Pnr e desvio, o ministro Gualteri anunciou as medidas do decreto de agosto: incentivos à contratação permanente, adiamento de prazos fiscais, 1,3 bilhão para escolas - Aqui estão todas as próximas medidas

Impostos, escola, trabalho: as novidades do decreto de agosto

Prazos fiscais diferidos, incentivos de contratação, mais dinheiro para a escola. E novamente: apoio às autoridades locais, simplificação para o trabalho inteligente no setor privado e demissões mais seletivas. Essas são algumas das medidas que constarão no decreto de agosto. O anúncio foi feito pelo ministro da Economia, Roberto Gualtieri durante uma audição sobre o Plano Nacional de Reforma e o novo rombo orçamental de 25 mil milhões que deverá ser votado a 29 de julho pelo Parlamento.

O esboço da nova medida de apoio à economia parece estar pronto. Medidas estabelecidas com base nos dados econômicos mais recentes que “indicam que nossa economia começou a se recuperar do mínimo de março-abril”, disse Gualtieri, explicando que “estimamos que a recuperação continuou em junho e julho, porém o segundo trimestre registrará em média uma queda acentuada do PIB com uma recuperação igualmente acentuada no terceiro trimestre”. 

“O Governo – prosseguiu o número um do MEF – pretende reativar uma retoma sustentada, capaz de ultrapassar aqueles estrangulamentos que até agora travaram o desenvolvimento do país. O objetivo é aumentar a parcela do PIB para investimentos em pelo menos um ponto percentual em relação aos níveis de 2019”. O trabalho de relançamento do investimento privado vai também continuar e “o sistema de incentivos à capitalização vai ser revisto e reforçado”.

DECRETO DE AGOSTO: INTERVENÇÕES NO TRABALHO 

"Estão a ser analisadas intervenções para apoiar o reinício do mercado de trabalho com emprego permanente e empresas para retirar os trabalhadores do fundo de despedimento, uma derrogação às regras dos contratos a termo e o alargamento dos procedimentos simplificados para o smart working no setor privado". É com estas palavras que o ministro Gualtieri sintetizou as novas medidas de apoio ao mercado de trabalho que, segundo o director do Departamento de Produção Estatística do Istat, Roberto Monducci, registou uma quebra "de cerca de 500 mil postos de trabalho". 

No que se refere a cig, “o Governo pretende continuar a tornar o fundo de despedimento mais seletivo: estão a ser estudadas intervenções em continuidade com as medidas atualmente em vigor com o alargamento do fundo de despedimento por 18 semanas”. Haverá “elementos de diferenciação e seleção junto do público das empresas, pedindo a quem possa dar um contributo para esta ferramenta. A diferenciação será provavelmente baseada nos dados da fatura eletrónica, nos diferentes impactos da crise”. 

DECRETO DE AGOSTO: ESCOLA, TURISMO, CARRO

O novo decreto incluirá ajuda aos setores de maior risco. Entre eles destaca-se oautomotivo: de janeiro a junho, as vendas caíram 46,1%, segundo dados da Acea, queda superior à registrada na Europa, onde os novos emplacamentos caíram 39,5%. Relembramos que já no decreto do Relançamento o Governo previu algumas maxi incentivos para quem compra carro novo, visando justamente manter o setor de pé, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto.

Também estão previstas medidas para o turismoou, enquanto estiver no escola o ministro esclareceu: “Em primeiro lugar, haverá recursos adicionais, pouco menos de um bilhão no ano letivo, para permitir a contratação temporária de professores para reduzir o número de alunos por turma. E também haverá recursos para a compra das estruturas, inclusive dos famosos bancos”. “No geral, são recursos significativos: 950 milhões serão distribuídos entre um terço e dois terços entre '20 e '21, como o ano letivo, e cerca de 300 milhões irão para estruturas que não são apenas para carteiras com rodas”. Total: € 1,3 bilhão.

IMPOSTOS, RUMO AO ADIAMENTO DOS PRAZOS FISCAIS

“Vai continuar a atividade de apoio à liquidez, que vai poder contar com medidas fiscais”, disse o ministro, explicando que “os prazos relativos aos pagamentos de impostos e segurança social suspensos na fase de emergência vão ser reagendados, prevendo-se a possibilidade de pagamento o parcelamento da dívida fiscal em um horizonte temporal definido de forma a garantir que para 2020 o peso da carga que de outra forma pesaria sobre os contribuintes em dificuldade seja significativamente reduzido. Os prazos para a retomada das cobranças atualmente previstos para 31 de agosto serão ainda adiados”, anunciou Gualtieri. Além disso, “estamos a pensar numa reescrita substancial do calendário fiscal dos números do IVA que ultrapasse o sistema de adiantamentos ao apostar na certeza do que é cobrado”.

SOCIEDADES LOCAIS

Finalmente, Gualtieri prometeu que o governo continuará apoiando as autoridades locais. “Até agora, as intervenções foram planejadas para 18,3 para as Regiões e mais de 12 para as autoridades locais. No próximo decreto iremos aumentar esses recursos. Haverá aumento de recursos para recuperação de perdas de receita e recursos para 5,5 bilhões para investimentos”, concluiu Gualtieri.

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