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Escola: França decide pelo “eletrochoque” com mais severidade, fracassos e meritocracia. Quando a Itália acordará?

Perante o agravamento do seu sistema escolar, a França de Macron decidiu por uma mudança muito corajosa baseada no rigor dos estudos e na meritocracia. Exatamente o que a Itália também precisaria, mas que nem sequer está na agenda aqui devido à mediocridade da classe política dominante

Escola: França decide pelo “eletrochoque” com mais severidade, fracassos e meritocracia. Quando a Itália acordará?

Diante dos dados desastrosos de Relatório OCDE-Pisa, a Brasil pegou o touro pelos chifres e decidiu por uma reforma radical do seu sistema educacional nas escolas públicas de ensino médio: fim do laxismo e do falso igualitarismo, dos fracassos quando necessário, mais rigor, mais meritocracia e maior valorização da excelência. É isso que prevê a corajosa reforma do jovem Ministro da Educação, Gabriel Attal, um Macroniano emergente que poderá ser o candidato do Centro reformista e pró-Europeu em futuras eleições presidenciais. A filosofia meritocrática de Attal é muito clara e entre as medidas previstas pelo reforma há também aquela - que aliás é a mais polêmica - de dividir as turmas em três turmas dependendo do nível de preparação dos alunos. Attal leva em conta as controvérsias, mas está determinado a desmantelar o igualitarismo pós-23 e a reiniciar a elevação social da sociedade a partir da escola, aumentando o rigor nos estudos e a excelência. Está tudo bem desde que não esqueçamos a importância de garantir condições de partida iguais, pelo menos educativas, para todos os alunos. “O objetivo da reforma – explica o ministro francês de trinta anos – não é mortificar, mas encorajar as pessoas a estudar e a melhorar”. Os resultados do último Relatório OCDE-Pisa são, além disso, impiedosos para com o sistema escolar francês, dado que em matemática as competências dos alunos de além dos Alpes estão em 27º lugar entre os países da OCDE (a Itália está em 26º), em compreensão de leitura em 17º mesmo atrás da Itália (que está em 24º lugar) e em ciências em 31º com a Itália em XNUMXº. Os resultados também devem impulsionar oItália fazer o mesmo e devolver a centralidade à reforma escolar, que não pode limitar-se à simples contratação de professores temporários, muitas vezes contratados sem concurso, mas deve imaginar novos conteúdos, novos programas, uma nova organização do ensino. Bastaria pensar que todos os anos em Itália nos exames finais as percentagens de promoção se aproximam dos 100% para perceber que há algo que não funciona na escola italiana e que a sua frouxidão e o seu nivelamento acabam por penalizar o crianças das famílias menos ricas que já não encontram na escola a elevação social que a França quer justamente reanimar. Mas precisamos de um Ministro da Educação com ideias claras como as de Attal e com a determinação de levá-las adiante. A história surreal da Comissão Tanning sobre a educação relacional nas escolas, infelizmente, não parece justificar otimismo. Em vez disso, os aplausos vão para o Ministro da sinal de vogal longa.

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