O presidente russo, Vladimir Putin, "espera" não precisar usar os militares no leste da Ucrânia. O líder do Kremlin disse isso durante a linha direta com a nação, a tradicional entrevista de várias horas que é transmitida todos os anos em várias estações de rádio e TV russas.
“Lembro que o Conselho da Federação deu ao presidente o direito de usar as forças armadas na Ucrânia – especificou Putin -. Mas espero sinceramente não ter que exercer esse direito e que com meios políticos e diplomáticos possamos resolver tudo. Ou pelo menos os problemas mais agudos de hoje na Ucrânia”.
O presidente russo reiterou então que Moscou fará todo o possível "para ajudar os residentes das regiões orientais da Ucrânia a defender seus direitos" e que a Europa depende do abastecimento da Gazprom e "não consegue" parar de comprar metano da Rússia. De qualquer forma, Putin não quer ouvir falar da “nova cortina de ferro”, que “era sobre a União Soviética. Não temos intenção de prender ninguém, muito menos nosso próprio povo."
Por último, segundo o dirigente do Kremlin, o semestre da presidência europeia da Itália - que terá início em Julho - dará "um novo impulso" às relações UE-Rússia, uma vez que Roma "é um dos nossos parceiros tradicionais na Europa" e "um dos nossos mais importantes parceiros económicos e comerciais".