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Prada: a todo vapor para o IPO, conforme planejado

Apesar das condições negativas do mercado, Patrizio Bertelli não se impressiona: ele vai pousar na bolsa de valores de Hong Kong - A demanda por títulos já superou a oferta em mais de cinco vezes - Enquanto isso, a colocação de Ferragamo está em andamento em Milão - Bolsas asiáticas em baixa , enquanto Nouriel Roubini prevê uma "tempestade perfeita"

 

SEGUNDA-FEIRA NEGRA/1. BOLSAS ASIÁTICAS PARA BAIXO 

ROUBINI: “CRESCE O RISCO DE UMA TEMPESTADE PERFEITA”

 

A semana financeira começa sob o signo de uma tendência de baixa: as bolsas asiáticas fecham em território negativo pela quarta sessão consecutiva (o índice MSCI Asia cai 1%), o Nikkei 225 cai 0,8% (Toyota perde 2,6 %) a par com o índice Hang Seng da Bolsa de Valores de Hong Kong. 

"Uma tempestade perfeita se aproxima nos céus da economia global", disse Nouriel Roubini em Cingapura, enfatizando o risco de um colapso acentuado do crescimento a partir de 2013. A "tempestade perfeita" inclui: problemas orçamentários nos EUA, desaceleração econômica em China, estagnação no Japão, onde os pedidos de máquinas-ferramenta estão caindo pela primeira vez em quatro meses. Além disso, há temores de que os dados sobre as vendas ao consumidor nos Estados Unidos, que serão divulgados amanhã, possam indicar a primeira queda em 11 meses. 

Bolsa de Xangai registra queda de 1,1%: espera-se que os dados da produção industrial de maio confirmem a desaceleração da economia chinesa amanhã: o consenso de Bloomberg é de alta "apenas" de 13,1% por cento na base anual , enquanto a inflação subiu para 5,5%.

 

 

 

SEGUNDA-FEIRA NEGRA/2. A ONDA NEGATIVA COMEÇA EM DUBAI

TEL AVIV NÃO ESTÁ AQUECENDO PARA FISCHER PARA O FMI 

 

As bolsas do Oriente Médio registraram a longa onda negativa vinda de Wall Street. A Bolsa de Valores de Dubai, em particular, caiu para a mínima desde 25 de maio, impulsionada pelas perdas das gigantes imobiliárias. A Bolsa de Valores de Tel Aviv também caiu 1,3%, no dia do anúncio surpresa de Stanley Fischer: o governador do banco central de Israel, ex-professor no MIT de Ben Bernanke e Mario Draghi, era candidato à liderança da Comissão Monetária Internacional Fundo do qual foi gerente geral durante os anos da crise asiática.

 

SEGUNDA-FEIRA NEGRA/3. DESLIZAMENTO DE TERRA É ESPERADO NOS EUA

SÍNDROME DE STILL GREEK NAS LISTAS EUROPEIAS 

 

As estatísticas, explica o The Wall Street Journal, não são um bom presságio. Apesar das perdas de sexta-feira, que levaram o Dow Jones abaixo da marca dos 12 pontos, a queda do índice americano em relação às máximas de abril é de apenas 6,7 por cento. Há um ano, "um coquetel semelhante" (crise na periferia do euro, desaceleração da economia americana) provocou uma queda de 14% que durou até meados de julho. Além disso, a bolsa americana ainda registra um ganho, de 3,2 por cento, em relação ao início de 2011. Nenhum dos entrevistados pelo jornal norte-americano, por enquanto, prevê desastres. Mas, na dúvida, os gerentes de dinheiro estão retirando capital da Europa, o verdadeiro epicentro da crise.  

A semana abre, no Velho Continente, em nome da incerteza: não cessa o confronto inédito entre o governo alemão e o Banco Central Europeu, que também pode contar com o apoio de Josef Ackermann, do Deutsche Bank, que em um longo ( e crítico) retratado na edição de domingo do New York Times é julgado "um dos banqueiros mais perigosos do planeta" porque persiste em querer atingir uma ova na ordem dos 20-25%. como nos anos pré-crise. Enquanto isso, nota o Financial Times desta manhã, a negociação de títulos do governo na periferia da Europa representa agora apenas um sexto da de um ano atrás, a mais baixa desde 2001. A única nota positiva vem da análise do fundo soberano norueguês: o A crise, segundo os dirigentes de Oslo, está obrigando a Europa a finalmente tomar as medidas corretas. No médio prazo, portanto, as perspectivas são positivas. No curto prazo, porém, o fundo vendeu títulos gregos e portugueses

 

 

PRADA: DEMANDA CINCO VEZES SUPERA A OFERTA

INTESA RECEBE 400 MILHÕES (EM 100 INVESTIDO EM 2006)

 

As previsões meteorológicas do mercado de ações falam de uma segunda-feira negra, após a derrocada de Wall Street na sexta-feira. Mas é preciso mais para impressionar Patrizio Bertelli: desta vez não há tempestade que resista, a Prada vai desembarcar na tabela de preços de Hong Kong, com todas as honras. Em suma, o ditado de que não há dois sem três não é válido. Porque já por duas vezes, em 2001 e 2007, a Prada teve que desistir do IPO devido às más condições do mercado. Mais uma vez as tabelas de preços não brilham, nem mesmo no Extremo Oriente. Mas uma exceção pode ser aberta para a Prada: às vésperas da operação as perspectivas são mais do que positivas, como o próprio Goldman Sachs confirma do Extremo Oriente. A demanda por ações da Prada já superou em mais de cinco vezes a oferta de ações, que representa 16,5% do capital. Neste ponto, a única incerteza diz respeito ao preço de colocação: o intervalo foi definido entre 36,5 e 48 dólares HK (ou seja, entre 4,69 e 6,17 dólares americanos). Se o preço tocar no limiar máximo (faça nada fácil nos dias de hoje, como demonstra a Samsonite colocada nos valores mais baixos da forquilha) a “grife” italiana terá angariado 2,6 mil milhões de dólares contra uma capitalização de cerca de 14,6 mil milhões de dólares, ou pouco mais de 10 bilhões de euros. 

Um grande negócio para Bertelli e Miuccia Prada. Mas também para Corrado Passera. A Banca Intesa, de facto, vai descer para a ocasião de 5,11 para 1 por cento da maison, com receitas a rondar os 400 milhões de euros. Nada mau, se pensarmos que no final de 2006, quando a Intesa entrou na empresa para ajudar a marca, 5% da Prada estava avaliada em pouco mais de 100 milhões. Em suma, pela primeira vez, o "banco do sistema" fez muito. 

 

HONG KONG SEDUGA ATÉ O MANCHESTER UNITED

MAS DESTA VEZ GOLDMAN SACHS JOGA CONTRA

Não apenas moda. Segundo Phil Glazer, o odiado dono do Manchester United, a empresa de Wayne Rooney pode valer pelo menos 1,7 bilhão de libras na bolsa de valores asiática, mais que o dobro dos 790 milhões pagos na época pelo bilionário americano pela OPA do clube. Vermelhos. Antes de iniciar a operação, segundo o "Sunday Times", Glazer quer ver o resultado do IPO da Prada. Mas uma diferença notável se destaca: o Goldman Sachs está ao lado da marca milanesa. Pelo contrário, entre os mais ferrenhos inimigos dos Glazers, culpados de terem espremido o clube inglês, obrigado a abdicar de joias como Cristiano Ronaldo, está Jim O'Neill, prestigiado economista-chefe da casa norte-americana, grande adepto dos Reds. O próprio O'Neill tentou, sem sucesso, formar um consórcio para tentar a aquisição do Manchester United comprando as dívidas dos Glazers.    

 

O IPO DA FERRAGAMO CONSOLA A BOLSA DE VALORES ITALIANA

MAS A OFERTA NO VAREJO NÃO CHEGA A 40 MILHÕES

 

 

Dados os precedentes, de Rhiag a Moncler, ainda esta manhã na Piazza Affari eles estão lançando feitiços em vista do ansiado primeiro calouro do ano: Salvatore Ferragamo. De fato, quando na manhã de sexta-feira o boato de um grande golpe iminente da LVMH se espalhou em Paris, Raffaele Jerusalmi, CEO da Borsa Italiana, temeu o pior. Mas os projetos da família dona da maison florentina, ao que sabemos, não contemplam a venda, ainda que bilionária. A oferta, que diz respeito a cerca de 38 milhões de ações (equivalente a 22,73% do capital social), avalia de facto a Ferragamo entre 1,35 e 1,77 mil milhões. 8% dos títulos, com cotação entre 10,5 e 90 euros, serão colocados junto de investidores institucionais. 10% da oferta ou 3,8 milhões de peças é reservada ao varejo italiano. Resumindo, em termos de valor, o mercado pede entre 34 e 40 milhões: pouca coisa para um nome histórico tão importante, mas nos dias de hoje temos de nos contentar. 

 

GROUPON IPO AQUECE OS MÚSCULOS

 

As contas fazem-se rapidamente: as comissões dos consórcios de colocação têm-se mantido, este ano, em média, em 5,2 por cento contra os 0,6 por cento assegurados pela colocação de emissões de obrigações empresariais. Isso explica a atenção com que os banqueiros de Wall Street acompanham os IPOs de tecnologia, após o boom do Linkedin. Tudo está pronto, em especial, para a oferta do Groupon, a mais nova estrela do comércio eletrônico e da publicidade, com curadoria de Morgan Stanely, Goldman Sachs e Credit Suisse. Seis bancos já contrataram títulos no valor de 750 milhões de dólares. São eles: Citicorp, Deutsche Bank. JP Morgan. Bank of America, Barclays e Allen & Co. 

 

FIAT, O ROADSHOW PARA UM NOVO BOND COMEÇA

EXOR COMPLETA COM AÇÕES DO TESOURO

Começa hoje o roadshow da Fiat em Londres para o lançamento de um título, provavelmente no valor de 1 bilhão de euros, para cumprir os vencimentos e manter alta liquidez após saques para sustentar a alta da Chrysler. “Acreditamos que o objetivo é de pelo menos 5 anos e o custo provavelmente superior ao de março (6,375%)”, especularam os analistas da Equita. Segundo os especialistas da Intermonte, a Lingotto “pretende aproveitar as condições de mercado ainda favoráveis ​​para a emissão de obrigações empresariais” e recordaram que a última emissão da sociedade de Turim ocorreu em março com uma taxa de 6,375% a 5 anos. No entanto, o valor exato e o prazo do título serão decididos com base na resposta do mercado. 

 

Enquanto isso, a Exor anunciou que fez várias compras de ações em tesouraria na semana passada. Desde o início do Programa, n. 107.500 ações ordinárias, nº. 107.500 ações preferenciais e nº. 27.800 ações de poupança para um investimento total de aproximadamente 5,1 milhões de euros.

A EXOR detém atualmente 4.217.000 ações ordinárias (2,63% da categoria), 10.347.284 ações preferenciais (13,47% da categoria) e 449.495 ações de poupança (4,90% da categoria)

 

     

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