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Pir, a Manobra 2019 paralisa o mercado: pare com os investimentos

Investimentos parados a partir de 1 de janeiro de 2019 - As novas regras introduzidas pelo Governo não agradam aos gestores que aguardam os decretos de execução para saberem o que fazer - A Assogestioni dá o alarme: os novos constrangimentos não garantem o cumprimento dos requisitos de liquidez - A promessas do governo: decretos em fevereiro

Pir, a Manobra 2019 paralisa o mercado: pare com os investimentos

Voltar a falar sobre Planos de poupança individuais, mais conhecido como PIR, instrumentos financeiros que tiveram um sucesso estrondoso em 2017. No ano passado, auxiliado pelas dificuldades do mercado, o financiamento foi significativamente reduzido, mas os PIRs continuaram a ter um papel preponderante no universo das poupanças geridas. A partir de 1º de janeiro de 2019, o bloco. Há quase um mês que os poupadores que pretendem investir no PIR não têm oportunidade de o fazer. A razão é óbvia: o Lega Governo - M5s, com a Lei Orçamentária de 2019, introduziu novas regras para os PIRs que podem mudar de forma tangível o seu perfil. Para tentar entender como e quanto embora há a necessidade de um decreto de implementação explicando aos gerentes o que fazer. Até lá, a cobrança dos PIRs permanecerá suspensa. Só quem já aderiu aos PIRs no passado pode alimentá-los com novos investimentos.

Entretanto, enquanto se aguardam os esclarecimentos necessários, muitas sociedades gestoras de património manifestaram forte preocupação com as alterações previstas na Manobra, consideradas um perigo real que põe em causa a liquidez inerente aos instrumentos, expondo ao mesmo tempo os aforradores a maior risco.

PIR: O QUE SÃO E COMO FUNCIONAM?

Introduzido pelo Governo Renzi com o propósito de canalizar economias para empresas italianas, os PIR são recipientes dentro dos quais o investidor terá a possibilidade de colocar diversos tipos de instrumentos financeiros (ações, obrigações, unidades OIC, contratos de derivados) ou somas de dinheiro, respeitando contudo determinadas condições: pelo menos 70% do valor total do os PIRs devem ser investidos em títulos emitidos ou estipulados por empresas residentes na Itália ou empresas estrangeiras que tenham atividades estáveis ​​na Itália. Desses 70%, pelo menos 30% devem ser investidos em instrumentos financeiros emitidos por empresas que não sejam listadas no FTSE Mib. Os restantes 30% da carteira podem ser comprometidos com qualquer instrumento, incluindo depósitos e contas à ordem.

Quem cumprir essas regras e mantiver seu dinheiro no PIR por pelo menos 5 anos poderá contar com total isenção fiscal sobre os lucros.

Leia também: Pirs: como eles funcionam? Vantagens, riscos e regras dos planos individuais de poupança

PIR: CRÔNICA DE UM SUCESSO INESPERADO

Atraídos pelo alívio fiscal, em 2017 os poupadores italianos migraram em massa para os PIRs. Contra uma previsão de cerca de 5 mil milhões de euros, no ano de estreia os planos individuais de poupança arrecadaram mais do dobro: 11 mil milhões de euros investidos por quase 800 mil subscritores que em média “pagaram” 13.500 mil euros. Em apenas um ano, os PIRs “conquistaram” 8% do free float da Mid Cap, 6% da Small Cap e até 10% da AIM Italia.

A arrecadação de 2018 foi positiva, mas bem menor, que parou nos 4 bilhões de euros. Neste contexto, porém, há que ter em conta a forte volatilidade que caracterizou os mercados em 2018 e em particular as dificuldades que se abateram sobre a indústria de gestão de activos, cuja captação fechou em 7,3 bilhões euros face aos 97,5 mil milhões arrecadados em 2017.

PIR AS NOTÍCIAS DA MANOBRA

A Lei Orçamentária de 2019 traz importantes mudanças nos PIRs. Outras duas são adicionadas às regras já mencionadas: Você terá que investir o 3,5% do total em PMEs listadas no índice Aim Italia que têm menos de 50 milhões de faturamento e menos de 250 funcionários. Outros 3,5% terão que ir para ações ou fundos Capital de risco italiano.-\

As regras não são retroativas, pelo que se aplicam aos PIRs abertos após 1 de janeiro de 2019 e não aos anteriores.

O objetivo é claro: incentivar o crescimento de empresas e start-ups, impulsionando a inovação, mas devemos considerar que hoje existem cerca de vinte fundos de capital de risco no mercado italiano, enquanto o mundo das startups sobre o qual queremos transmitir o investimento permanece bastante nebuloso para os poupadores. Na prática, como muitos gestores apontaram, serão atribuídas aos PIRs tarefas que não lhes cabem.

Obviamente, detalhes e esclarecimentos são necessários sobre essas mudanças que virão pela via clássica do decreto de implementação que explica aos gestores como configurar novos PIRs. Teoricamente haveria tempo até abril, mas o governo garantiu que a provisão será extinta até fevereiro para evitar a paralisação total - já em curso - do mercado.

PIR: A CRÍTICA

Há duas críticas fundamentais às novas apostas introduzidas pelo governo Conte. A primeira diz respeito ao fato de que as novas regras distorcem as características fundamentais de um fundo aberto, comprometendo sua liquidez. A segunda, consequente, é a elevação do perfil de risco dos PIRs, nascido ao contrário como uma ferramenta conservadora.

Ela também falou sobre o assunto Assogestão que, através de circular, sublinhou que “não pode deixar de realçar como as novas restrições ao investimento introduzidas para que um OIC (instituição de investimento coletivo) se possa qualificar como ‘PIR compliance’ não garantem o cumprimento dos requisitos de liquidez e valorização previstos para os OIC’s” (Organismos de Investimento Colectivo em Valores Mobiliários) pela directiva europeia de Julho de 2009, “visando não comprometer a obrigação do Oicr de resgatar as unidades de participação a qualquer momento”.

Anteriormente, nas páginas do Horas de sol 24, o diretor do Gabinete de Estudos da Assogestãoi, Alessandro Rota, “com a obrigação de investir quotas mínimas em fundos de capital de risco, corre-se o risco de intervir sobre um instrumento que funciona para o fazer fazer o que não pode”.

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