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Pequenas empresas, Search Funds estão chegando: é isso que eles são

A resenha do ensaio "Pesquisar Fundos - Uma nova ferramenta de apoio aos pequenos negócios", de Antonio Molinari, publicado pela Guerini Next, ajuda a entender o que são essas novas ferramentas de apoio aos pequenos negócios

Pequenas empresas, Search Funds estão chegando: é isso que eles são

Antonio Molinari "Search Funds - Uma nova ferramenta para apoiar pequenas empresas e renovação empresarial" Guerini Next Milano 2019 pag.183 E.28,00

Na Itália certamente são poucos os que o conhecem e menos ainda os que o utilizam. Estamos falando aqui pesquisar fundos, uma ferramenta que na atual fase de repensar o modelo de negócio (debate que não é estranho ao nosso país) centrada na renovação da estrutura empresarial e na criação de novos negócios e novos empreendedores, pode revelar-se uma solução interessante ao problema recorrente de conjugar eficazmente as aptidões e competências empresariais com a disponibilidade de capital. Uma solução, que viu seu próprio primeiros testes de campo nos Estados Unidos já no século passado pouco antes de meados dos anos 80, com resultados mais do que satisfatórios.

Nesse contexto, os search funds têm-se proposto como uma das possíveis ferramentas para apoiar e potenciar os pequenos negócios, destacando-se tanto pela sua originalidade (a ideia é desenvolvida em meios académicos particularmente qualificados); tanto pela eficácia competitiva, quanto pela possibilidade real oferecida aos jovens empreendedores de realizar seus sonhos. Um sonho cuja realização passa através da identificação de oportunidades de investimento adequadas a ser adquirido com a ajuda de um grupo de parceiros financeiros; também restaurando a vitalidade de empresas pré-existentes relatadas em declínio progressivo.

A partir dessa, ainda que breve, descrição dos fundos de busca, porém, é possível entender a diferença desse instrumento em relação a outras soluções mais conhecidas, como a SPAC (Sociedade de Propósito Específico), pois na primeira a pessoa que busca capital é o mesmo que se compromete a gerir e desenvolver a empresa adquirida. Um traço diferencial característico também se encontra com as start-ups, pois para search funds o investimento de competências e capital ocorre, conforme referido, em empresas que já se encontram em funcionamento e que se encontram fora dos objetivos de fundos comuns ou outras estruturas equivalentes aquisição de capital e investimento.

Qualquer pessoa que deseje aprender mais sobre fundos de pesquisa pode agora acessar um interessante livro de Antonio Molinari, um gerente que cobre serviços bancários corporativos e de investimento no Citi Bank. São oferecidas ao leitor páginas que ilustram de forma clara e eficaz as várias fases pelas quais se articulam as suas operações: desde a obtenção do capital inicial, à identificação das empresas-alvo, à conclusão da negociação para a compra da empresa, à os momentos subsequentes de gestão e desenvolvimento do valor da empresa adquirida. Para então chegar à última fase, a da venda da empresa assim desenvolvida.

O autor, um dos primeiros na Itália a investigar adequadamente este tema, bem como a fazer uma avaliação sintética das experiências transatlânticas, debruça-se sobre a casos de search funds presentes na Itália (8 no início do ano passado) identificando as potenciais alavancas a serem acionadas para seu maior desenvolvimento em nosso país. Uma abordagem certamente fascinante, considerando, por um lado, a tipologia do tecido empresarial italiano composto em grande parte por micro e pequenas empresas; por outro, quer a já incontornável necessidade no nosso país de uma decisiva renovação da classe empresarial, quer, por último, o crescente impacto da inovação tecnológica.

O volume é completado por um estimulante introdução de Fábio Sattin, presidente executivo da Private Equity Partners, e um capítulo final de Marco Franzini, sócio executivo sênior do Studio Eversheds Sutherland, que, com suas considerações de natureza jurídica, esclarece a natureza privada deste instrumento, suas possibilidades de adaptação ao ordenamento jurídico italiano e, por fim, o seu problema central: a necessidade contínua de o promotor/empresário resolver o crescente desalinhamento entre os seus próprios interesses e os dos co-investidores, normalmente e compreensivelmente centrados na venda da empresa e na dimensão da rentabilidade do investimento realizado.

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