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Piazza Affari nas trincheiras contra a propagação, o Brasil voa

Semana difícil para a Itália após o veredicto da agência S&P: spreads e bancos sob fogo - A bolsa brasileira voa em vez da vitória de Bolsonaro - China sofre, Merkel chora - IBM compra Red Hat de surpresa.

Piazza Affari nas trincheiras contra a propagação, o Brasil voa

Todos nas trincheiras para enfrentar uma semana que pode ser muito difícil. Isso se aplica à Piazza Affari, lidando com as medidas anti-spread projetadas pelo governo para lidar com a emergência de propagação após o veredicto da S&P. A Itália mantém-se assim no topo das preocupações dos mercados, a que não faltam outros motivos de preocupação. Até da China, aliás, há sinais sinistros de desaceleração da segunda maior economia do planeta. Enquanto isso, o declínio nos futuros dos EUA antecipa um começo misto para os mercados dos EUA. Para complicar o quadro, então, os nós europeus contribuem a partir da confirmação do declínio de Angela Merkel, a grande derrota das eleições em Hesse caracterizada pela ascensão dos Verdes, que já estão perto de 20 por cento e do extremo certo.

O euro continua abaixo de 1,14 dólar. A libra foi muito pior em 1,1275 no dia da apresentação da gigante do licor Kweichai Moutai. Segundo o Citibank, a queda no consumo de matérias-primas e eletricidade nos leva a esperar uma desaceleração do PIB chinês para 6,4% ou até menos. O yuan chinês se desvaloriza em relação ao dólar para 6,96, começando a fechar outubro com uma queda de cerca de 0,5: sexto mês consecutivo de queda.

Tóquio muito volátil, -1,1% na abertura, recuperando logo abaixo da paridade. As bolsas são dominadas pelo desempenho do iene, às vésperas da reunião do Boj. Coréia e Hong Kong também caíram.

O petróleo abre a semana ligeiramente em alta: Brent a 77,58 dólares o barril, Wti a 67,64.

LEILÃO DE BOT HOJE, TESTE DE EBA EM BANCOS SEXTA-FEIRA

A Piazza Affari reabre as suas portas esta manhã após o veredicto da S&P que, como se sabe, decidiu deixar inalterado o rating BBB mas piorou a perspetiva das emissões de dívida italiana de “estável” para “negativa”.

Diante desse cenário, o Tesouro está oferecendo 6 bilhões de BOTs de seis meses esta manhã. Amanhã seguirá a oferta de 2 bilhões de Btp em 5 anos e 2,5 bilhões em dez anos. – Enquanto se aguarda uma eventual manobra bis, a finalizar até 13 de novembro, a discussão com as instituições europeias centra-se nos resultados do teste de esforço aos bancos realizado pela European Banking Authority (EBA) – o valor do exame na realidade é relativa, quer porque a amostra considerada não inclui o Carige Banco Mps, os bancos mais frágeis, mas sobretudo porque se baseia nos dados do balanço do final de 2017, bem antes da explosão do spread, bem acima dos 300 pontos, que começa a pesar no acesso dos bancos ao mercado de capitais.

AMANHÃ ISTAT MEDE CRESCIMENTO

O ministro da Economia, Giovanni Tria, falando na Festa del Foglio, depois de ter afirmado que "os bancos continuam sólidos", acrescentou que, em caso de necessidade, o Estado não hesitaria em intervir. As opções possíveis foram examinadas no fim de semana.

Não menos importantes amanhã serão os dados preliminares do PIB italiano do terceiro trimestre, que servirão para fornecer uma previsão crível sobre o crescimento de Bel Paese.

Na frente macro, os dados do Istat sobre preços de produção para a indústria e construção em setembro estão chegando hoje.

A MICROSOFT SUPERA AS CONTAS AMAZON, APPLE E FACEBOOK

No front corporativo, as atenções dos mercados hoje estão voltadas para os grandes nomes da tecnologia. As contas da Apple e as não menos esperadas do Facebook, que parecem ter abrandado o seu crescimento, chegam esta semana. Enquanto isso, em Wall Street, a Microsoft ultrapassou a Amazon na sexta-feira (821 bilhões de dólares em valor contra 809), voltando assim a ser o primeiro concorrente da Apple. Mas a verdadeira novidade do fim de semana é o grande sucesso da IBM. Surpreendentemente, a Big Blue anunciou a compra do Red Hat , o software de código aberto número um do mundo, graças à sua versão do Linux. A operação, a maior aquisição da história da IBM, foi realizada ao preço de 34 bilhões de dólares ou 63% a mais do que as cotações da bolsa. A sobrevalorização pode ser explicada pelo desejo de crescer no segmento de cloud, o mais dinâmico, e assim reverter a tendência de queda nas receitas da IBM, que estão em queda há 22 trimestres.

A TROCA DAS AÇÕES DA LUXOTTICA ESSILOR ESTÁ EM ANDAMENTO

A OPA obrigatória promovida pela EssilorLuxottica sobre todas as ações ordinárias do Grupo Luxottica começa hoje na Piazza Affari. O licitante concederá 0,4613 ações recém-emitidas da EssilorLuxottica com um valor nominal de 0,18 euros para cada ação da Luxottica ofertada. A operação termina às 17.30h12 de XNUMX de dezembro. O calendário italiano prevê ainda a realização de assembleia geral extraordinária da Safilo para a eliminação do valor nominal das ações, alteração dos Estatutos e aumento do capital social. Cerved, Cir, Cofide, Fiera Milano, Saras estarão entre as reuniões do conselho de administração para aprovação das contas amanhã. Será a vez da Parmalat e da Recordati na terça, e da Tenaris na quarta. Durante a semana, serão divulgados os dados das grandes empresas europeias de energia, Shell e BP. Os conselhos do Bnp Paribas e do Crédit Suisse também se reunirão.

RELATÓRIO DO CARRO: CORPORES DA FIAT CHRYSLER E DA VOLKSWAGEN

Destaques em particular nas contas do carro. Está agendado o conselho da Fiat Chrysler mas também da Volkswagen e da Honda, oportunidades para verificar o estado de saúde global do setor mas também para lançar luz sobre os projetos da FCA após a venda da Magneti Marelli. Não só o Milan, que tenta recomeçar depois de mais uma semana no vermelho, os outros mercados também estão voltando de uma semana difícil. Nos EUA, o índice S&P 500 superou na última sexta-feira o pico de -10% desde o último dia 21 de setembro (-3,9% na semana), entrando oficialmente na zona de correção. Em outubro, o mercado americano perdeu 8,8%: é o pior resultado mensal desde fevereiro de 2009.

EUA, DADOS DE EMPREGO E 140 CONTAS CORPORATIVAS

Apesar dos apertos no mercado de ações, com os investidores preocupados com uma desaceleração econômica também ligada às tensões comerciais, o crescimento econômico dos EUA acabou sendo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre de 2018, com crescimento do PIB de 3,5%. Foi impulsionado pelo consumo americano, que – pela primeira leitura dos dados divulgados pelo Departamento de Comércio – levou o PIB a crescer a uma taxa anual de 3,5%. Os analistas esperavam um aumento de 3,4%.

A boa situação econômica dos EUA pode ser confirmada pelos dados de emprego que chegam: em outubro, segundo estimativas, deveriam ter sido criados 189 postos de trabalho (contra 134 em setembro). A taxa de desemprego deve ficar em 3,7%, a menor desde 1969. O nível da massa salarial deve ter crescido 0,2%. A campanha trimestral está em pleno andamento.

Durante a semana, 140 empresas do S&P 500 anunciarão suas contas. Além da Apple e do Facebook, chegam as contas da Mondelez, General Electric, Pfizer, Estée Lauder, Kraft Heinz, Starbucks e Chevron. Semana quente para os bancos centrais. A reunião do Banco da Inglaterra será realizada na quarta-feira: não são esperados aumentos de juros. No mesmo dia, o Banco do Japão comunicará suas decisões sobre taxas. Mas ninguém espera que o governador Kuroda mude a rota ultraexpansiva.

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