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A Piazza Affari está entre as poucas bolsas europeias a fechar positivamente, com um boom no BTp 15

Em dia financeiro misto, Bolsa de Milão está entre as poucas da Europa a resistir e fecha em terreno positivo (+0,44%) – Os bancos atuam como força motriz, revigorados pela estabilização da dívida e pelo boom do BTP 15 – Bom também Snam após a emissão do título conversível Eni e Ferragamo - Thud of Mediaset - Spread em 270

A Piazza Affari está entre as poucas bolsas europeias a fechar positivamente, com um boom no BTp 15

A enorme liquidez não utilizada no mercado, aliada ao desaparecimento dos temores de ruptura do euro, deve provocar em 2013 um grande movimento de realocação de investimentos em favor de ativos de maior risco, como os italianos. Palavra do economista-chefe do Unicredit, Erik Nielsen, que certamente não superestima o efeito eleitoral. “Quando me encontro com investidores não ouço muitas perguntas sobre as eleições na Itália – comenta – a liquidez é um tsunami que chega, e quando o mercado volta, os investidores não podem ficar à margem”.

Da Unicredit (+0,61%) surge, portanto, uma previsão em rosa para o mercado. A Piazza Affari agradece ao premiar o Banco da Piazza Cordusio. O Intesa se sai ainda melhor (+1,56%), superado pelo Crédit Suisse. E assim a bolsa italiana consolida seu desempenho, o melhor da Europa em 2013. O índice Ftse/Mib fecha em +0,44%, em 17.467 pontos. 

Por outro lado, Frankfurt perde 0,69% (pesa -4% da gigante do software SAP), Paris -0,3%, Madrid -1,2%. Apenas Londres sobe 0,15%.

Flat calm nos bonds, com spread de 270 pontos base e yield do BTP de 10 anos em 4,16%. O futuro do Bund alemão sobe acima de 143 pontos. Os índices de Wall Street também estão negativos: Dow Jones -0,11%, S&P -0,27 e Nasdaq -0,45%. A derrocada da Apple pesa no mercado, -2%, abaixo dos 500 dólares. 

O euro consolida ganhos face ao dólar, a 1,334, enquanto regista novos máximos desde dezembro de 2011 face ao franco suíço, a 1,239. No dia, atingiu o máximo de 1,2413. O ouro ganha 0,7%, para US$ 1.680. O Brent perde meio ponto para 111,4 dólares.

Voltando à Piazza Affari, destaca-se a subida da Snam Rete Gas, +2,71%, que reage positivamente à notícia de que a Eni (+0,78%) vai colocar uma obrigação convertível em ações ordinárias da subsidiária CDP.

Entre as quedas mais consistentes está Tenaris, que perdeu 0,78% também após a decisão do Mediobanca de reduzir sua recomendação de desempenho abaixo do neutro.

Forte recuperação dos demais bancos: MontePaschi passou a ganhar 2,32%. Turnaround também para a Ubi, +2,55%, gratificado pela compra de 5% pela Blackrock que adquiriu 5% do capital. Por outro lado, a queda da Generali continua, com queda de 0,85%, o que também arrasta o Mediobanca para baixo, -0,8%. 

Ao contrário da Fiat, que cede 1,32% após o salto de ontem (+6%). No Detroit Auto Show, Sergio Marchionne confirmou seu objetivo de se fundir com a Chrysler mesmo no caso de listar a ação detida pela Veba.

Forte recuperação da Finmeccanica, +0,79%, StM também se saiu bem, +0,59%. A notícia das falhas do iPhone5 chegou ao estoque da primeira fabricante de chips da Europa, mas alguns dias antes chegaram excelentes indicações do Lumia, carro-chefe da Nokia.

A Telecom Italia cai 2% com a oposição da França e da Alemanha a uma única rede de telecomunicações. Conjunto de mídia -3%.

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