comparatilhe

Pensões, corte de cota 100 cheques a mais que Fornero: por isso

Segundo o Gabinete do Orçamento Parlamentar, o subsídio de reforma previsto pelas regras anunciadas pelo Governo para quem optar por sair mais cedo do trabalho será 5-8% inferior ao previsto pela lei Fornero – Mas quem chora agora, lança crocodilo lágrimas: isso era de se esperar

Pensões, corte de cota 100 cheques a mais que Fornero: por isso

O Gabinete de Orçamento Parlamentar (UPB), durante a audição do presidente José Pisauro protocolou, nas Comissões mistas de Orçamento, um documento de grande interesse em manobra como um todo. Em primeiro lugar, na introdução, o PBO gostaria de lembrar que as previsões de planejamento para 2019, ao contrário do quadro macroeconômico 2018-19, publicado posteriormente no NADEF em 27 de setembro passado, não foram validadas pelo PBO.

“Esta avaliação – lemos – deriva dos desalinhamentos significativos e generalizados nas principais variáveis ​​do quadro programático no que diz respeito ao painel de previsores do PBO, não só no que se refere a volumes mas também a preços; no geral, os desvios na dinâmica do PIB nominal são significativos”.

O outro ponto crítico diz respeito à previsão de crescimento. A Upb avalia, como todos os observadores nacionais e internacionais, que o que está indicado no projeto de lei está superestimado. “Alcançar – refere a nota – um crescimento do PIB de 2019 por cento em 1,5, mesmo descontando uma aceleração mais acentuada no quarto trimestre (0,2 por cento) do que a estimada por nós no cenário base, uma forte e rápida recuperação da dinâmica produtiva seria necessário; O PIB deve, de fato, crescer nos quatro trimestres do próximo ano em 0,5% (sequência que não é alcançada na Itália desde o final dos anos noventa)”.

Mas a atenção da mídia tem se voltado quase que exclusivamente para a parte dedicada à pensões lançando um alarme generalizado sobre a possível penalização do abono para aposentados que aderirem à cota 100. Mas passemos directamente ao texto: "Uma forma de desincentivo - escreve-se - está, no entanto, já incorporada nas regras de cálculo das prestações de reforma e poderá constituir um elemento dissuasor à saída precoce: todos os anos antes da saída do mercado de trabalho, em virtude da menores contribuições pagas, corresponde a um menor valor anual bruto da pensão e, consequentemente, da anuidade total da pensão (ou seja, o valor atual da soma das pensões recebidas em vida). A redução – continua o documento – aumenta com o número de anos de antecedência da exigência do Fornero”.

As porcentagens, indicadas em tabela especial, são importantes: vão de 5% a mais de 30%. Deve ser explicado que isso é uma perda de lucro e não um dano emergente. Basicamente, quem aderisse à cota de 100 (especificamos: por enquanto é só falar porque não existe um pingo de regra a esse respeito nas finanças) receberia um tratamento inferior ao correspondente a uma aposentadoria de acordo com as regras estabelecidas pela reforma de 2011.

A razão é óbvia: bastaria aos aposentados com cota de 100 fazer valer apenas 38 anos de pagamentos. Com os requisitos do Fornero, em 2019 haveria alguns (independente da idade) pelo menos 43 anos e 2 meses se homens (um ano a menos se mulheres). Importa ainda ter em conta que todas as pensões a partir de 2012 contêm uma quota (pelo menos durante sete anos) a calcular com o regime contributivo.

Para este cálculo é muito importante a idade cronológica, uma vez que o coeficiente de transformação (ou seja, o multiplicador do valor da contribuição) cresce em relação à idade de aposentadoria. Não há, portanto, redução face ao valor devido com base na quota de 100 (62 anos de idade mais 38 de contribuições), mas apenas uma pensão mais baixa porque suportada por antiguidades inferiores às exigidas pelas regras atuais.

Por que, à medida que os anos de um a cinco passam, esse diferencial aumenta? Pela simples razão de que os requisitos (tanto de dados pessoais quanto de contribuições previdenciárias) previstos pela reforma de Fornero aumentam automaticamente com o aumento da expectativa de vida. Em 2025, por exemplo, a exigência de Fornero será de 43 anos e 11 meses (um ano a menos para mulheres). Parece claro – sem necessidade de muitas explicações – que, se você trabalhar menos e se aposentar mais cedo, seu benefício será menor.

Trabalhar mais tempo não só responde às necessidades de sustentabilidade do sistema, de equilíbrio no mercado de trabalho, como é também a melhor garantia da adequação dos tratamentos. Se esse aspecto do problema for negligenciado, no clima de demagogia que oprime o país, nada podemos fazer a respeito. Até porque quem fizer uso da cota 100 receberá - mais cedo e por maior número de anos - a pensão que lhe é devida. Segundo a Upb, esse adiantamento reduziria o menor valor recebido em relação ao modelo Fornero em um percentual que varia de 5% a 8%, dependendo do número de anos do adiantamento.

Não é necessário, portanto, derramar lágrimas por aquelas centenas de milhares de trabalhadores que, se aposentando aos sessenta e poucos anos, eles vão entupir o sistema por décadas em detrimento dos futuros contribuintes. Eles não esperam ter um barril cheio e uma esposa ou marido bêbado?

pensamentos 2 sobre "Pensões, corte de cota 100 cheques a mais que Fornero: por isso"

Comente