comparatilhe

Pensões, Fornero: decreto de êxodo até 30 de junho

O ministro do Trabalho garantiu-o hoje, explicando no entanto que o problema das reformas continua em aberto e “se não as encontrar” será necessário apostar “num critério inspirado na equidade que protege primeiro os mais fracos”.

Pensões, Fornero: decreto de êxodo até 30 de junho

A reforma da Previdência já está engavetada, mas seus efeitos colaterais ainda não foram resolvidos. Até ao final de junho, o Governo vai resolver o problema dos chamados trabalhadores “deslocados” com um decreto ad hoc. O anúncio foi feito hoje pelo Ministro do Trabalho, Elsa Fornero, especificando, no entanto, que o problema dos recursos continua por resolver. Os 5 mil milhões de euros inicialmente previstos para cobrir o fosso previdenciário que se abrirá nos próximos sete anos, na verdade, já se mostraram insuficientes.

Já o termo "êxodo" se refere a todos aqueles trabalhadores que - aceitando incentivos econômicos de sua empresa em crise - pediram demissão com perspectiva de se aposentar nos próximos dois anos. Aí veio o governo técnico e a desagradável surpresa.

Com os novos requisitos de dados pessoais previstos pela reforma Fornero – lançado em dezembro junto com o salva-Italia – esses trabalhadores não puderam mais começar a receber o abono previdenciário dentro do prazo, mas já largaram o emprego e, com idade avançada, suas perspectivas de reintegração são praticamente nulas. Sem um corretivo especialmente desenhado para eles pelo Executivo, essas pessoas correriam o risco de se verem logo sem salário ou pensão.

“Entendo a ansiedade dessas pessoas – disse hoje o ministro -. Peço um pouco de paciência, até 30 de junho, para sair o decreto”. Por fim, um esclarecimento sobre a real probabilidade de conseguirmos os fundos necessários: “Caso contrário, você poderá encontrar recursos para todos, será necessário encontrar um critério inspirado na equidade… Um critério que protege primeiro os mais fracos".

Comente