Mps está em forte recuperação na Piazza Affari após a queda de ontem (-14%): as ações do instituto sienense mostram o melhor desempenho entre as blue chips, subindo até 11% no meio do dia, acima de 19 euros por ação (depois +9,6% a meio da tarde, a 18,9 euros).
Ontem, segunda-feira, teve início a conversão voluntária dos títulos subordinados em ações do instituto e o MPS recebeu a adesão da Generali: o conselho de administração da empresa de fato "avaliou favoravelmente" a operação. Segundo rumores na imprensa, a Generali detém cerca de 400 milhões de títulos do MPS, valor que, após a conversão, se traduziria em 8% do capital do instituto sienense.
Apesar da aprovação da Generali, alguns analistas continuam a destacar os riscos associados ao plano de capital da MPS. “Acreditamos que o risco de execução do plano é elevado”, notam os analistas do Banca Imi, enquanto os especialistas do Banca Akros sublinham que uma vitória do “não” no referendo constitucional poderá dificultar a recapitalização da instituição, aumentando a probabilidade de aplicação das regras de "bail-in". Quanto à Generali (+0,35% em bolsa), Akros refere que a decisão de converter obrigações em ações "aumentará potencialmente o risco dos activos", ainda que a operação "possa ser positiva a longo prazo, se e só se o banco for relançado”. A Banca Imi, por outro lado, vê "um problema potencial" no negócio de bancasseguros, uma vez que "a Mps está a renegociar o acordo com a Axa". A entrada da Generalali com 8% do capital social poderia, na verdade, colocar problemas de conflito de interesses em relação ao acordo com a Axa.
