Após a subida de ontem de mais de 4%, o Monte dei Paschi di Siena continua a ganhar na bolsa, registando +5,33% para 0,17 euros, o melhor desempenho da lista. O impulso para o lado positivo seria o acordo com o Deutsche Bank sobre o processo de indenização em Santorini.
O acordo terá um impacto positivo de 25 pontos base no índice Core Tier 1 (+200 milhões) igual à diferença entre o valor da posição (746 milhões) e o desembolso pago pelo MPS (525 milhões). O banco de Siena havia feito um pedido de indenização ao Deutsche Bank de 500 milhões.
Do ponto de vista contabilístico, porém, haverá um prejuízo líquido na conta de resultados de 194 milhões, compensado por um impacto positivo na conta de resultados (margem de juros) de 33 milhões de euros por ano a partir de 2014. Os analistas da Equita nos lembram que ainda há um processo de indenização de 700 milhões com a Nomura na operação de Alexandria.
Segundo a imprensa, enquanto continuam os contatos com as Fundações Cariplo, Verona e SanPaolo para a troca de ações, haverá o envolvimento de um fundo soberano árabe que apoiará as Fundações (dispostas a assumir 20% do instituto) fornecendo recursos para subscrever o aumento de capital. O esquema, escreve a Equita, ainda não está claro mas a troca de ações entre Fundações parece ser a única opção nas mãos da Fundação MPS para não comprometer definitivamente o património e dar sinal verde ao aumento de capital.
