Um país com as contas em ordem e com dívidas e déficits em declínio. Esta é a imagem da Itália que o primeiro-ministro Enrico Letta traçou no final do encontro no Palazzo Chigi com o primeiro-ministro finlandês Jyrky Katainen. Um país credível que pode pedir à Europa políticas de crescimento.
Sobre a lei de estabilidade que o Conselho de Ministros vai aprovar amanhã, Letta explicou que em linha com a credibilidade da Itália, a lei será plurianual e vai intervir ao longo de três anos, para dar segurança aos empresários e trabalhadores. “Hoje – disse – existem condições para intervir a longo prazo”.
A fazerem eco as palavras do chefe do Governo italiano foram as declarações do ministro da Economia, Fabrizio Saccomanni, que, no Luxemburgo para a reunião do Eurogrupo, acrescentou: “Haverá também uma flexibilização do Pacto de Estabilidade para os Municípios, que poderá destinar mais recursos para investimentos principalmente para projetos de natureza hidrogeológica, para construção de escolas e projetos de rápida ativação. Já que o objetivo da lei de estabilidade “é claramente relançar o crescimento, reduzir a carga fiscal sobre o trabalho e as empresas e dinamizar o investimento”.
Preocupada com o que pode acontecer amanhã, face aos anunciados cortes na Saúde de 1,5 para 3 mil milhões de euros, está Beatrice Lorenzin, Ministra da Saúde, que precisou: "O Sistema Nacional de Saúde (SNS) não pode suportar os cortes que lemos no jornais. A saúde teve cortes de 22 bilhões nos últimos anos. Estamos numa fase de grande reestruturação e recuperação de recursos das regiões. Se queremos manter certos padrões, não podemos sofrer outros cortes”.