comparatilhe

As bolsas aguardam a inflação americana de novembro: será recorde?

Os próximos movimentos do Fed dependem do número de novembro para a inflação americana: se for alto, o afunilamento começará primeiro – Depois do boom de ontem, o que as ações da Unicredit farão hoje na Piazza Affari?

As bolsas aguardam a inflação americana de novembro: será recorde?

Silêncio: os números falam. Os tão esperados dados de inflação dos EUA saem hoje. A previsão dos especialistas é de que seja um número recorde: +6,8%, contra 6,2% em outubro, o maior em 31 anos. Se assim fosse, o repetidamente anunciado início da redução das compras do Tesouro (o tapering) seria dado como certo: 30 bilhões de dólares a menos todas as semanas para cancelar a intervenção até março. Um recuo ordenado que ocorre após mais uma semana de recordes: o superíndice MSCI World ganhou cerca de 2,7% entre XNUMX de novembro e XNUMX de dezembro. Nesse cenário, os mercados abrem planos, resignados a realizar lucros, mas ainda cheios após os últimos golpes (ver Unicredit) da grande temporada de alta. Nem mesmo o "momento Lehman" de Evergrande causa grande confusão.

CRISE DOS CHIPS, TOYOTA FECHA DUAS FÁBRICAS

Na Ásia, esta manhã, o declínio é generalizado, mas não muito significativo. Tóquio Nikkei -0,3%. Hong Kong Hang Seng -0,5%. CSI 300 das listas de preços de Xangai e Shenzen -0,6%. Kospi de Seul -0,7%, BSE Sensex de Mumbai -0,4%.

Novos problemas com chips: a Toyota anunciou o fechamento de duas fábricas durante todo o mês. Em Hong Kong, a Evergrande caiu 2% depois que a Fitch quebrou o atraso e declarou que a empresa está inadimplente: mas hoje à noite as ações abriram em queda de 4%. Por trás da ascensão estão alguns posicionamentos de importantes instituições chinesas sobre o assunto. Kaisa, outra grande incorporadora imobiliária em apuros financeiros, está negociando com um grupo de credores liderado por Lazard.

YUAN AINDA AUMENTA, FUTURO DOS EUA INALTERADO

O yuan da China segue se valorizando, apesar da nova intervenção do Banco Popular da China: o banco central fixou a faixa de flutuação da moeda bem abaixo das expectativas de consenso, medida que vem após o pedido aos bancos para aumentar a reserva cambial externa. A cruz dólar-yuan caiu 0,2%, para 6,36.

Os futuros de Wall Street permanecem inalterados. O S&P500 fechou em baixa de 0,7% ontem. Nasdaq -1,7%, Dow Jones quase estável (-0,06%).

Os dados do mercado de trabalho de ontem mostram que os americanos estão voltando ao trabalho. Os novos pedidos iniciais de auxílio-desemprego são melhores do que o esperado, caindo para 184.000; os analistas estimaram 215.000.

O TESOURO DE DEZ ANOS ABAIXO DE 1,50%

Aguardando os dados de inflação de hoje, a Nota do Tesouro de 1,49 anos mal se movimenta a 30%. A reabertura do leilão de títulos de XNUMX anos teve resultado decepcionante ontem, com a demanda indireta, aquela vinda de investidores estrangeiros, abaixo da média dos últimos doze meses.

MACRON PROPÕE OS "CAMPEÕES EUROPEUS"

Os futuros europeus também não estão avançando antes da estreia do chanceler alemão Scholz. Ontem Emmanuel Macron, ilustrando os objetivos do próximo semestre da UE sob a liderança de Paris, voltou ao escritório sobre os "campeões europeus": na cúpula de março, Macron proporá a construção de "cadeias industriais" para baterias, semicondutores, hidrogênio, nuvem , defesa, saúde e cultura. O Presidente francês pretende ainda discutir “regras orçamentais e financeiras adaptadas que permitam priorizar os investimentos necessários” para o novo modelo económico europeu e as transições climáticas e digitais.

A EUROPA RUMO À AJUDA CORTADA EM MARÇO

O que fez a diferença nas listas de preços europeias foi o "efeito U" como o Unicredit, impulsionado pelo consenso do mercado para o plano apresentado pelo CEO Mario Orcel. A performance do Banco (+10,82% a 12,80 euros) permitiu que a Piazza Affari fechasse em terreno positivo, ao contrário do resto dos mercados financeiros, já atentos ao acontecimento chave da semana: o número da inflação americana.

Observando que a nova cepa do vírus pode ser efetivamente combatida com uma terceira dose de vacina, a questão do Covid 19 deu lugar à ameaça número um, a do custo de vida. Os dados desta tarde podem decretar o andamento das próximas sessões, talvez até do que resta de 2021. À espera das decisões do Fed, o debate após Pepp ganha velocidade na Europa.

MAS JÁ ESTÁ EM CONSTRUÇÃO UMA DERROGAÇÃO

Segundo a Reuters, está amadurecendo um compromisso para um aumento "limitado e temporário" das compras. Na prática, seis fontes diferentes teriam declarado que a decisão ainda será tomada em dezembro (e a Omicron não muda as coisas) e que o consenso caminha para aumentar o programa já existente (APP) ou com um novo valor, ou com um aumento do tamanho das compras, porém para valores inferiores ao PEPP. Mas uma forma de "flexibilidade geográfica" será estendida ao APP para evitar o risco de fragmentação do mercado.

A PROPAGAÇÃO AUMENTA NOVAMENTE. HOJE O BOT DE LEILÃO

Assim, o fluxo de vendas de títulos italianos de 5 e 10 anos diminui. A taxa de dez anos fecha em torno de 1,03% e depois se fixa em 1%. O spread no Bund sobe para 134 pontos, contra 133 na véspera. Hoje o Tesouro vai colocar 6 mil milhões de euros em títulos do Tesouro a 12 meses. Ontem o Mef atribuiu 2,255 mil milhões no CCTEU 2029 contra um montante máximo de 2,5 mil milhões, e em simultâneo retirou de circulação um total de 2,25 mil milhões.

O LEILÃO DO NOVO TRÊS ANOS FECHA O ANO DO TESOURO

O ministério também anunciou que o novo BTP de 14 anos será leiloado em 3 de dezembro. O Tesouro esclarece que, tendo em vista a grande disponibilidade de caixa e as reduzidas necessidades de financiamento, não ocorrerão os leilões dos demais títulos de médio e longo prazo previstos para o mesmo dia.

SACOS DE VERMELHO, UNICREDIT SALVA O MILÃO (+0,24%)

Única entre as principais Bolsas de Valores, Milão fechou em terreno positivo (+0,24%), porém ainda abaixo dos 27 pontos (26.187 pontos). As outras listas estão em vermelho: a pior Bolsa é a de Madri (-0,9%), seguida de perto por Amsterdã (-0,7%). Londres perde 0,2%. As vendas em Frankfurt (-0,3%) e Paris (-0,14%) foram mais contidas.

VOLKSWAGEN LANÇA 89 BILHÕES EM INVESTIMENTOS

A Volkswagen (-1%) vai investir 89 mil milhões de euros nos próximos 5 anos em novas tecnologias como a mobilidade elétrica e a digitalização. O anúncio foi feito pelo grupo automotivo em entrevista coletiva. As exportações alemãs cresceram no ritmo mais forte em mais de um ano em outubro, apesar dos persistentes gargalos de oferta do setor manufatureiro. Isso é o que emerge dos dados publicados pelo Departamento Federal de Estatística. As exportações dessazonalizadas subiram 4,1% mês a mês, após quedas em agosto e setembro. As importações também tiveram um salto inesperado, crescendo 5%, após um aumento ligeiramente revisado de 0,4% no mês anterior.

VIVENDI PREPARA A OPA DA LAGARDERE EM JANEIRO

A Lagardére voa para Paris (+4,94%) antecipando a OPA que a Vivendi (+0,36%) prepara para lançar em janeiro a 24,10 euros por ação, depois de ter adquirido ontem a participação da Amber Capital no grupo transalpino médio.

ORCEL FALA, EM UMA HORA A AÇÃO GANHA 3,3 BILHÕES

A estrela da sessão da Piazza Affari foi a Unicredit: +10,82%, igual a 3,3 bilhões a mais de capitalização, tanto quanto a ação ganha após a apresentação de 60 minutos de Andrea Orcel. O plano desbloqueado da Unicrédito foi aplaudido por todos: corretores, analistas e sindicatos, que há anos criticam muito o trabalho da gestão da Mustier. “Pela primeira vez – comentou o líder da Fabi Lando Sileoni – existe um plano real para relançar o crescimento do grupo”.

ATÉ 2024 16 BILHÕES PARA ACIONISTAS

O mercado gostou mais das metas de rentabilidade e redistribuição de capital, nas mais altas da Europa: pelo menos 16 mil milhões no total para o período 2021-2024, com uma distribuição anual “em linha com a geração orgânica de capital para cada respetivo ano de referência” . Uma distribuição de € 2022 bilhões é esperada para 3,7, consistindo em um dividendo em dinheiro igual a 30% do lucro líquido subjacente e recompra de ações para o restante.

PARIBAS: O PAPAI NOEL CHEGOU NA PRAÇA GAE AULENTI

Para a Goldman Sachs, a notícia importante é que a gestão se comprometeu a “reembolsar essencialmente todo o capital gerado organicamente, igual a 16 mil milhões de euros, ou 62% da capitalização bolsista ao longo do horizonte do plano”.

Exane Paribas se pergunta se Papai Noel chegou na Unicrédito. Mas não podemos esquecer que há muito mais no plano - acrescentam - a meta de uma rentabilidade (Rote) de 10% compara com um consenso de 6%, o que implica melhorias concretas na frente do lucro", que decorrerá um índice Cet 1 esperado de 12,5-13% no final do plano.

Para o Citi, o grupo aumentou o retorno sobre o capital bem acima das expectativas do mercado (pelo menos 16 bilhões de euros, o equivalente a 60% da capitalização). Visões semelhantes de Jefferies e Kepler. Segundo o Deutsche Bank, a política de acionistas apoiará a ação. Uma observação crítica vem de Kbw (underperform em 11,80): a política do banco é extremamente agressiva diante de "custos mínimos de integração".

OUTROS BANCOS FRACOS, GENERALI CRESCE NA ÍNDIA

Entre os outros bancos, o Bper subiu 0,7%. Banco Bpm e Intesa San Paolo desaceleram. Generali (+0,6%) em negociações para aumentar sua participação em duas seguradoras indianas, já que seu parceiro local endividado Future Group quer sair da aliança. O conselho de administração aprovou algumas alterações nos procedimentos de apresentação da lista para renovação da diretoria pela diretoria cessante, em linha com as indicações do Consob.

Diasorin recupera (+1,7%) antes do Investor Day.

EM STELLANTIS E ÓLEOS VERMELHOS. ENI COLAPSA

Stellantis -1,4% apesar dos comentários positivos de Kepler Cheuvreux. De facto, os analistas elevaram o preço-alvo da ação de 25 para 27 euros, confirmando a recomendação de compra.

O setor petrolífero perde força: Eni -1%, Saipem -2,17%, Tenaris -2%.

Landslide Telecom Italia (-3,5%) aguardando o Conselho de Administração no dia 17 para esclarecer o destino de Gubitosi. Uma nova revisão para baixo da orientação é provável devido aos fracos resultados da operação Dazn.

JUVENTUS -5,1%, ACELERA A FUGA DE DIREITOS

A Juventus está ainda pior (-5,11%) dois dias após o termo da discussão dos direitos ao aumento de capital, que caiu 35%.

SVAS, NOVO RECORDE DE ESTRÉIA NA EGM

Outra estreia recorde na Euronext Growth Milano: Svas Biosana, líder na produção e distribuição de dispositivos médicos para estabelecimentos de saúde, subiu 14%.

Comente