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A América voa, mas o afunilamento não assusta e o risco da Síria está diminuindo: mercados mais serenos

O PIB americano cresce mais do que o esperado, mas os mercados já metabolizaram o risco de tapering e o perigo da Síria está diminuindo – Petróleo e ouro estão em baixa – Efeito Vodafone nas telecomunicações: operação da Verizon mais próxima – Piazza Affari mais serena após o acordo político sobre o Imu e o leilão Btp – Sgs enriquece Exor – Luxo voa – Milão abre no vermelho.

A América voa, mas o afunilamento não assusta e o risco da Síria está diminuindo: mercados mais serenos

OS EUA FUNCIONAM, A SÍRIA CAI

LOCAL DE NEGÓCIOS MAIS SERENO APÓS OS LEILÕES 

Sessão fraca para a Bolsa Japonesa após as emoções dos últimos dias. Tóquio caiu 0,3%, pressionada pelos estoques de energia e, sobretudo, pela iminência de decisões fiscais. Em equilíbrio Hong Kong -0,06%. Após o aumento da taxa, a Bolsa de Valores da Indonésia melhora. Deixada de lado a questão da Síria, as economias emergentes voltam a se concentrar nas movimentações do Federal Reserve.

Os dados mais relevantes, aliás, vêm dos EUA: iO PIB norte-americano do segundo trimestre surpreendeu os economistas ao apresentar crescimento de 2,5%, ante previsão de +2,2%. Mas a notícia mais importante está ligada à reação positiva dos mercados, até ontem prontos para cair a qualquer nota positiva que pudesse aproximar o tapering: Wall Street está se acostumando com a realidade de uma recuperação que pode prescindir dos estímulos monetários do banco central. 

No final da sessão, os índices apontavam: Dow Jones +0,11, S&P +0,20, Nasdaq +0,75%

À tarde, iniciou-se uma robusta alta do dólar, subindo para 1,322 contra o euro, ante 1,334 no fechamento anterior. Nos mercados asiáticos, a moeda americana é negociada a 1,3243.

O ouro (1409 dólares a onça) e o petróleo (Wti a 114,34 dólares) caíram depois que a Câmara dos Comuns votou contra a participação britânica em missões na Síria.  

Também na Europa as Bolsas subiram: Paris ganhou 0,6%, Frankfurt +0,4%. Londres fechou em alta de 0,8% impulsionada pela forte alta da Vodafone, que está empenhada na venda de sua participação nos EUA para a Verizon. 

Segunda sessão positiva da Bolsa de Milão, impulsionada pelo acordo Imu, com o índice FtseMib fechando o dia em alta de 0,9%. 

A situação no mercado de títulos do governo é calma: o BTP de 10 anos negocia a 4,36%, o spread com o Bund está estável em 251. O leilão do BTP desta manhã correu muito bem com o Tesouro colocando o valor máximo esperado com retornos praticamente estáveis.

EFEITO VODAFONE NOS TLCs 

Na Europa, os maiores aumentos ocorreram nas telecomunicações (Stoxx do setor +3,4%) liderados pelo inglês Vodafone, que subiu 8,6% com a notícia do acordo na América em que a Vodafone vende sua participação de 45% na Verizon Wireless para a parceira Verizon Communications por US$ 130 bilhões. No entanto, em comunicado à imprensa, a Vodafone diz que "não há certeza de que o acordo será alcançado".

Telecom Itália fechou em alta de 0,7%, após ter registrado alta de 3% no meio da sessão. 

SGS TORNA EXOR RICO, VOANDO DE LUXO 

No centro das atenções hoje Exor, caiu -0,70% ontem devido à realização de lucros no estoque, perto de máximas históricas. Mas à tarde foram divulgados os dados do balanço: positivo lucro consolidado de 1,67 bilhão (graças à venda da Sgs), o Valor Líquido do Ativo (NAV) aumentou em 913 milhões para 8,533 bilhões em relação ao final de 2012. Patrimônio líquido consolidado de 6,192 bilhões.  

decreto terminou com alta de 0,6%

A flexibilização política favoreceu as ações mais sensíveis à vida do governo. 

Mediaset subiu 4,8%.

GTech alcançou alta de 4,6%: o governo decidiu reduzir substancialmente as multas aplicadas às videoloterias por causa de uma disputa antiga

dia positivo para Enel + 1,5%. Enel Verde Potência subiu 0,9% com notícias positivas do Brasil, onde a empresa ganhou uma licitação para construir três parques eólicos. Entre as utilidades, A2A ganhou 2,6%.

Na passarela o setor de luxo: Brunello cucinelli fechou em alta de 6% após os resultados muito positivos do trimestre.Ferragamo ganhou 5,5%, Tod's +2,9% eYoox + 5,4%. 

Os bancos são positivos: Unicredit + 1,4% Intesa + 2,6%Monte Paschi + 1,2%. 

Entre os populares, Ubi subiu 3,7%

Foi pior que o mercado Stm +0,64% com os especialistas do Citgroup que reduziram o preço-alvo para 6,2 euros de 7,2 euros, confirmando a recomendação neutra. 

Entre os piores títulos do dia também estão Ansaldo Santos -0,97% e Finmeccanica -0,66%).  

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