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A crise está humilhando o empreendedorismo: novas empresas estão em declínio na Europa e nos Estados Unidos

RELATÓRIO de Simona Costagli (FOCO do departamento de research do BNL) – A criação de novas empresas está a diminuir: nos EUA em 2009 foram criadas menos 100 mil empresas do que nos anos anteriores – Na Europa, Espanha está no escuro: face a 2006 o número de novos negócios caiu pela metade – Na Itália, empresas de alto crescimento desempenham um papel fundamental no mercado de trabalho

A crise está humilhando o empreendedorismo: novas empresas estão em declínio na Europa e nos Estados Unidos

A crise econômico-financeira também teve como consequência a desaceleração do processo de rotatividade das empresas. O fenômeno é evidente nos Estados Unidos, onde em 2009 o número de novos negócios nascidos foi quase 100 a menos do que nos anos anteriores. Na Europa, o maior decréscimo (relativo) verificou-se em Espanha, onde face a 2006 o número de novos negócios caiu para metade.

Em Itália, os dados mais recentes (referentes a 2009) evidenciam uma quebra da taxa de natalidade das empresas e um aumento da taxa de mortalidade, com um volume de negócios ainda positivo mas claramente abaixo do ano anterior e sobretudo no valor dos o 2006, quando comparado a 12,5 negócios nascidos para cada cem empresas ativas, 8,5 cessaram.

As empresas italianas que sobreviveram três anos após o seu nascimento têm um tamanho médio superior ao original e à média do sistema. Em 2009, as empresas nascidas três anos antes tinham uma dimensão média de 5 trabalhadores, contra 3,9 no total. A diferença é relevante sobretudo nos serviços, onde uma dimensão média de 3,2 trabalhadores é igualada por 4,7 das empresas mais jovens, enquanto o inverso se verifica na indústria, onde as novas têm uma média de 6,1 trabalhadores contra os 9,9 gerais.

No estudo da dinâmica empresarial, um papel importante é desempenhado por alto crescimento: empresas que, graças ao seu crescimento significativo, dão um importante contributo para a criação de emprego. De acordo com a OCDE em alguns países (incluindo França, Itália, Holanda e Grécia) entre 50 e 60% do aumento do emprego na segunda metade da década de XNUMX pode ser atribuído à atividade destas empresas, enquanto nos Estados Unidos foram responsáveis ​​por quase todo o aumento de postos de trabalho entre 1994 e 2006.

Na Itália havia 2009 empresas de alto crescimento em 5.073, uma queda em relação a 2008. A maioria dessas empresas (40%) atua no setor de serviços (excluindo comércio) e na indústria (27%). No triénio 2006-2009, o seu contributo em termos de emprego compensou a significativa perda de postos de trabalho (-35,2%) registada nas restantes empresas.

 

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Anexos: Focus Bnl Costagli – 04 de janeiro de 2012 (1).pdf

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