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Irã e Trump rompem acordo nuclear e lançam sanções

O presidente americano falou ao vivo da Casa Branca, confirmando a notícia da imprensa: os EUA estão se retirando do Jcpoa, acordo almejado por Obama e assinado por países europeus com China e Rússia. Introduziu novas sanções. Trump: "Esse acordo é um desastre, Teerã mente sobre a energia nuclear"

O anúncio oficial sobre a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear multilateral com o Irã, marcado para as 20h90 da noite de terça-feira, foi antecipado por mais de um "arco" vindo do outro lado do Atlântico. E assim, antes mesmo de expirar o prazo, Donald Trump comunicou ao presidente francês Emmanuel Macron e às chancelarias ocidentais que os EUA se retirariam do acordo sobre o programa nuclear iraniano. As indiscrições do New York Times anteciparam a decisão de retirar todas as isenções previstas no acordo. Além disso, acrescentou a Fox News, as sanções dos EUA ao Irã, suspensas por Barack Obama, voltarão a vigorar em 8 dias, a partir de terça-feira, XNUMX de maio.

Depois veio a comunicação direta de Donald Trump da Casa Branca, embora com alguns minutos de atraso: “O regime iraniano é o principal financiador do terrorismo e dos movimentos que o implementam como o Hezbollah, a Al Qaeda, os extremistas e operam em estratégias como a Síria, Iémen. O acordo do Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA) foi desastroso e forneceu novo dinheiro ao regime para promover programas nucleares. Apesar das promessas feitas pelo Irã, temos evidências de que eram mentiras, que o regime está buscando a construção de armas nucleares. Se você autorizasse, logo haveria uma arma nuclear no Oriente Médio. Neste momento estamos assinando as sanções para o Irã, elas estão no nível mais alto esperado”. As sanções, acrescentou Trump, também afetarão os países que fazem acordos com o Irã, mesmo que haja um período de transição - entre 90 e 180 dias - antes de entrarem em operação.

A decisão do governo Trump isola os Estados Unidos de seus aliados e deixa o país nas maiores incógnitas, já que os demais aliados estão negociando com Teerã, comentou o New York Times. Mas Trump decidiu: “Sempre cumpro minhas promessas – concluiu o presidente americano – e nessas horas o secretário de Estado Pompeo está voando para a Coreia do Norte. Com a ajuda da China, esperamos continuar as negociações para chegar a um acordo que traga prosperidade para toda a região”.

Toda mediação é inútil: não só o presidente francês Macron, a chanceler Merkel, o governo do Reino Unido, a União Européia tentaram até o fim. Trump foi direto e confirmou a linha dura.

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