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Negócios e cadeia de suprimentos impulsionam o reinício: 41% fora da crise em 2021

De acordo com uma análise realizada pelo Centro de Estudos Tagliacarne sobre os dados da Unioncamere/InfoCamere, o efeito da cadeia de suprimentos é bom para as empresas. A inovação e as exportações estão entre as alavancas estratégicas com as quais contam para se manter no mercado

Negócios e cadeia de suprimentos impulsionam o reinício: 41% fora da crise em 2021

Inovador, internacional e otimista. Eles são os empresas operando dentro de casa das cadeias de suprimentos prever a maior recuperação aos níveis de produção pré-Covid: 41% contra 36% de outras empresas. A participação sobe para 45% para empresas da cadeia de suprimentos que investiram em tecnologias 4.0 contra 35% das demais empresas digitalizadas. 62% das empresas que trabalham juntas fizeram investimentos para inovar (contra 38% das demais) e 22% exportam, com picos chegando a 30% nas cadeias de suprimentos 4.0 (contra 24% das demais digitalizadas). Isso é o que emergiu de uma análise realizada pelo Centro de Estudos Tagliacarne sobre dados Unioncamere/InfoCamere nas 17 cadeias produtivas identificadas pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico.

Um universo que importa mais de 3,8 milhões de empresas ativas (75% do sistema empresarial italiano), emprega mais de 12 milhões de trabalhadores (71,4% do total da economia não agrícola) e gera 2.500 bilhões de euros em faturamento (78,9% do total da indústria e serviços). A região com maior número de empresas atuando na cadeia de suprimentos é a Lombardia, com mais de 580 negócios ativos (15% do total nacional). Seguindo Campania (9,4%) e Lazio (9,2%). Porém, se olharmos para o impacto das cadeias produtivas no tecido produtivo de cada região, o ranking muda. Conquistando as primeiras posições estão: Bolzano (83,8%), Basilicata (81,1%) e Molise (80,8%).

Quase 60% das empresas envolvidas no sistema de cadeia de suprimentos estão ativas em construção civil e agronegócio: respectivamente 29,1% e 28,8%. Mas seu peso percentual cai para cerca de 30% se considerarmos os dados de emprego (construção: 18,8%; agronegócio: 12,6%) e faturamento (agronegócio: 17,4%; construção: 11,8%). Alargando a análise a outras atividades, distinguem-se pelo número de trabalhadores: saúde 9,8%, turismo-património cultural 8,7% e sistema da moda 8,3%. Enquanto as cadeias energéticas se destacam pelo faturamento 11,2%, os meios de transporte 9,8% e, por último, o sistema de moda 7,0%.

De acordo com os resultados, as empresas que atuam nas cadeias de suprimentos têm maior propensão para iinovação, o 62% contra 38%. E para competir, apostam sobretudo na inovação de produto (46% contra 25%) e de processo (39% contra 24%). Mesmo entre as empresas que adotam tecnologias 4.0, o efeito cadeia de suprimentos pesa: 74% das empresas que colaboram entre si investiram em pelo menos uma forma de inovação (entre as de produto, processo, organização, marketing) contra 67% das que não cadeia produtiva.

Além disso, os benefícios do efeito supply chain também se fazem sentir na maior abertura para mercados internacionais, em particular para as empresas que adotam tecnologias facilitadoras. 30% do faturamento das cadeias de suprimentos 4.0 é impulsionado pelas vendas externas, contra 24% das demais empresas digitalizadas que não fazem parte da cadeia de suprimentos. Além disso, os primeiros também exportam em média para mais mercados que os segundos (24 contra 19). Não é por acaso que o PNRR atenta para a questão das cadeias produtivas, lendo-a sob a ótica da internacionalização justamente sob o eixo estratégico da transição digital.

“Mais de 3 em cada 4 empresas do nosso país operam em cadeias de abastecimento, algumas mais curtas, locais, outras mais internacionais; muitos mudaram devido aos efeitos da crise da pandemia – comentou José Trípoli, secretário-geral da Unioncamere -. Em muitos, a relação entre as empresas não termina com o contrato de fornecimento, mas, como mostram várias análises da Unioncamere, é enriquecida com fatores qualitativos, serviços, apoio financeiro, processos de certificação, muitas vezes induzidos pelas empresas líderes, geralmente de médio ou grande porte. Esses fatores e suportes estão se tornando muito importantes nestes anos em que centenas de milhares de pequenas empresas, coração de nossa economia, terão que enfrentar o caminho íngreme da dupla transição, digital e ambiental. Portanto, são necessárias escolhas públicas que ajudem a fortalecer as cadeias produtivas, os fortes laços que nelas se estabelecem e as agregações entre empresas, para salvaguardar a competitividade do nosso sistema”.

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