comparatilhe

Fotografia: Steve McCurry do Afeganistão à Índia

A exposição dedicada ao grande fotógrafo Steve McCurry (06 de outubro de 2021 – 13 de fevereiro de 2022) em Conegliano (Tv), Palazzo Sarcinelli, refaz os grandes temas e cenários encontrados por McCurry ao longo de sua carreira

Fotografia: Steve McCurry do Afeganistão à Índia


Entre os ambientes protagonistas da atividade de Steve McCurry encontra, Afeganistão com fotos de 1992 com um retrato inédito e emocionante de Cabul, cidade atormentada por mais de 15 anos de conflito.

A fotógrafa nos conta sobre os episódios de violência e segregação da capital e do Afeganistão; mas entre as páginas de uma das áreas mais atormentadas do planeta emerge a humanidade. Os mineiros de Pol-e-Khomri, o fotógrafo de retratos de rua em Cabul ou as crianças lotando o porta-malas de um Chevrolet dos anos 50 são apenas alguns dos momentos encantadores da vida com os quais McCurry sempre consegue se emocionar.

Sharbat Gula, Peshawar, Paquistão, 1984 ©Steve McCurry

Na exposição conhecemos a Índia, do retrato da mãe com o filho olhando para dentro de um táxi até os insalubres estaleiros de desmonte, McCurry nos fala da vitalidade e complexidade de um país atravessado por pesadas contradições. Lugares lotados onde a pobreza e a riqueza coexistem, inibindo assim a percepção das injustiças que um ocidental possui. A paixão do fotógrafo por este país se concretiza com a mudança para o país aos 28 anos (1978). De fato, alguns dos planos de personagens que o próprio artista identifica como amigos vêm deste país: a velha senhora de Vrindavan, o mago do Rajastão de barba alaranjada ou o alfaiate carregando sua máquina de costura em plena estação das monções. (Foto de capa)
Uma foto da Índia, em particular, revela o grande talento de McCurry. Esta é a representação de um dos monumentos mais vistos e fotografados do mundo: o Taj Mahal.

Da Índia e dos países vizinhos chegam outras tomadas importantes para contar o fenômeno atmosférico: a monção. De pessoas submersas na água até o pescoço, até mulheres do Rajastão se protegendo de tempestades de areia. McCurry também nos fala sobre o aspecto menos sensacional da monção, com as pessoas realizando suas tarefas diárias sob o aguaceiro.
Outro protagonista de McCurry ele vê o budismo em vez disso. Entre as imagens expostas na exposição encontramos os grandes mausoléus como o pagode de Mingun, a Golden Rock de Myanmar na Birmânia e o complexo monumental de Angkor no Camboja. Ao lado das obras-primas arquitetônicas, McCurry insere muitos planos de fiéis budistas de diferentes países: como os pequenos monges em um campo de refugiados na Índia, os acrobáticos monges Shaolin que vivem na China e os tibetanos.

O evento com curadoria de Biba Jackets, quer ser uma viagem sem limites de coordenadas, mas sim uma viagem onírica entre os ícones do fotógrafo.

Comente