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Federal Reserve, retorno de Summers sobre Yellen para a presidência

Larry Summers, ex-secretário do Tesouro, agora mais próximo do posto de número um do banco central americano - pesa a última entrevista de Obama, pedindo mais controle da inflação - Janet Yellen, até então a favorita, pronta para sacrificar a alta dos preços em para combater o desemprego

Federal Reserve, retorno de Summers sobre Yellen para a presidência

As casas de apostas apostam cada vez mais na volta de Larry Summers. O ex-secretário do Tesouro pode se tornar o próximo presidente do Federal Reserve, pelo menos de acordo com o termômetro da mídia de estrelas e listras nas últimas horas. Mas esse movimento pode abalar os mercados, que não esperavam um falcão, mas uma pomba: Janet Yellen.

O atual chefe do Fed, Ben Bernanke, deixará o cargo no final de janeiro e todos os olhos, até agora, estão voltados para Yellen, seu vice. Então chega uma entrevista ao New York Times do presidente dos Estados Unidos e o vento começa a mudar. Obama desenhou o esboço do próximo número um do banco central, sublinhando que a prioridade deve ser manter a inflação sob controle. Os jornais americanos viram nesta declaração um golpe não muito velado para Yellen, que no passado fez questão de esclarecer que a principal preocupação da Reserva Federal deve ser a redução do desemprego, mesmo à custa de um aumento de preços.

“Quero um presidente do Fed – disse o morador da Casa Branca – que dê um passo para trás e diga: 'vamos garantir que a economia cresça, mas ao mesmo tempo vamos ficar de olho na inflação'. E se o clima esquentar e os mercados começarem a ferver, vamos tentar não criar novas bolhas”.

Se Obama realmente quisesse torpedear o atual vice-presidente com essas palavras, seria uma virada sensacional. Até agora, os mercados esperavam que Yellen fosse escolhida devido à sua experiência e ao fato de ser mulher. De acordo com uma pesquisa realizada pela CNBC na semana passada em Wall Street, 70% dos entrevistados esperavam que o cavalo vencedor fosse o vice de Bernanke. Apenas 25 por cento apostam em Summers. Agora, talvez, as porcentagens tenham mudado. Apostamos que ainda faltam alguns meses.

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