Defenda-se do smog que polui nossas cidades escolhendo as rotas mais verdes. Esse é o objetivo de um novo dispositivo, apresentado recentemente por pesquisadores doENEA no salão H2R em Ecomondo (entrada principal - hall sul), a feira internacional de sustentabilidade que acontece em Rimini (8 a 11 de novembro).
O aparelho é um rastreador de poluição e chama-se MONICA, uma sigla que significa “MONITORAMENTO COOPERATÓRIO DA QUALIDADE DO AR”. É, em poucas palavras, um multissensor portátil para ser montado na bicicleta, carrinho ou patinete. Quem vai "passear com a MONICA" pode conhecer o qualidade do ar quem está respirando, medir a exposição pessoal e escolher a rota menos poluída, mas também compartilhar informações pela rede e, por meio de um aplicativo no smartphone, ajudar outros usuários equipados com um rastreador pessoal de smog a fazer a escolha mais verde.
Hoje o laboratório virou cenário de filme! Fique ligado, novidades em breve #telodicemônica #ciênciacidadã #reneferretti pic.twitter.com/sCxphdVtDB
- MONICA Smog Tracker (@telodicemonica) Outubro 26 2016
MONICA foi criada nos laboratórios do ENEA em Portici por um grupo de pesquisadores especialistas em sensores inteligentes integrados, como narizes eletrônicos de alta tecnologia usados na indústria aeronáutica e no monitoramento de gases vulcânicos. Parece uma caixa colorida de 8 por 12 centímetros, contendo um sofisticado sistema multissensorial que mede poluentes – monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2), ozônio – e por meio de um aplicativo no smartphone indica tanto o índice numérico de exposição que o ponto onde foi detectado no mapa ao longo da rota.
Mas esta não é a única novidade. Para criar uma frota de sensores-piloto a testar nas cidades, a ENEA decidiu lançar pela primeira vez uma campanha de financiamento coletivo através do financiamento coletivo 'Eppela' (eppela.com), onde em breve será possível apoiar o projeto.
“O objetivo – explica o presidente da ENEA, Federico Testa – não é apenas encontrar financiamento para a pesquisa em tempos notoriamente complexos, mas experimentar uma abordagem informada e participativa aos problemas ambientais e de saúde, neste caso a poluição atmosférica nas cidades, destacando-se o possível contributo da inovação tecnológica que, tal como a ENEA, nos coloca na vanguarda".
De fato, uma campanha de 'ciência explicada aos cidadãos' partirá de MONICA, a ciência cidadã, já difundido em outros países e, em particular, no Canadá e nos Estados Unidos. “A ideia partiu de um grupo de jovens investigadores, convictos da importância de experimentar novas tecnologias e, ao mesmo tempo, de aproximar pessoalmente os cidadãos à investigação científica, destacando os efeitos positivos que esta pode ter na vida de todos os dias” , sublinha Testa.
A nível científico e tecnológico, a MONICA não pretende competir com os sistemas de monitorização tradicionais, mas abrir caminho a ferramentas complementares, em linha com as directivas europeias que também prevêem a utilização de sistemas móveis concebidos para medir com parâmetros diferentes daqueles e para criar uma rede mais ampla e capilar. Você pode encontrar mais informações sobre site e em Facebook.