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Mps entra em colapso (-8%) após as contas. Viola: Há muito trabalho a ser feito. Plano previsto para o final de maio

A bolsa cai após a apresentação das contas de 2011 – Mercados desiludidos com a gestão ordinária e o tamanho das desvalorizações – 2012 começa melhor que o final de 2011, mas ainda há muita incerteza: aguarda-se o veredicto da EBA para perceber se o banco vai conseguir escapar ao aumento de capital e revisão do plano trienal – Recurso ao BCE para 29 mil milhões.

Mps entra em colapso (-8%) após as contas. Viola: Há muito trabalho a ser feito. Plano previsto para o final de maio

O colapso do título parece não ter fim. Após um início de -2,2%, o MPS agora está caindo 8,06% para 0,3319 euros por ação. Que as contas seriam ruins, previu-se. Mas talvez não seja assim: o prejuízo foi de 4,69 bilhões devido a baixas contábeis de 4,51% no ágio e 222 milhões em outros ativos intangíveis. Por outro lado, 2011 foi um ano de limpeza das contas de muitos grandes bancos e um pouco de realismo nos números só pode ser bom para os deputados também. Mas em 2012 a visibilidade é baixa. Será mesmo o quarto trimestre de 2011 o ponto mais baixo para depois recuperar, como deseja Viola? Será que vai voltar para o dividendo? Os deputados conseguirão escapar do aumento de capital?

“Evidentemente, os mercados tinham expectativas diferentes, especialmente no que diz respeito à gestão ordinária e à extensão das baixas contábeis. Acontece. Eles se reposicionam em níveis que considerem adequados”, comentou o gerente geral Fabrizio Viola à margem da apresentação dos resultados, enquanto o presidente Giuseppe Mussari esteve ausente no último momento por “compromissos institucionais”. Viola não mede palavras: "Para alcançar resultados que satisfaçam a todos, é preciso muito trabalho tanto em termos de produtividade quanto de eficiência operacional".

Globalmente, as receitas caíram 1,2% devido à redução da margem de juros de 2,4% (recuperando no quarto trimestre +6,4%) e das comissões líquidas (-6%) que, segundo Viola, foram o ponto crítico do ano de 2011 resultados e no quarto trimestre o item que mais sofreu”. A queda da margem de juros e das comissões foi apenas parcialmente compensada por um melhor resultado comercial do que em 2010. Ao mesmo tempo, os ajustes de valor líquido para imparidade de empréstimos aumentaram (+13,4%), os de ativos financeiros principalmente devido a reduções em títulos AFS (disponíveis para venda), e os gastos operacionais aumentaram 2,1% ainda que devido às operações de valorização de parte dos bens de capital do grupo (líquidos destes gastos haveria uma diminuição de 0,8%).

Viola não deixou de destacar os aspectos positivos do balanço, como a conquista de 50 mil novos clientes e um melhor perfil de liquidez. Em 2012, o grupo poderá emitir mais títulos do que os vincendos e essa arrecadação servirá para substituir o interbancário no médio prazo. A situação de liquidez melhorou no final do ano também graças aos leilões ilimitados do BCE. Aqui o MPS se refinanciou por cerca de 29 bilhões. Para onde irá esse dinheiro? No financiamento das PME? "O novo plano de negócios vai reorientar os negócios do banco com um modelo comercial que aproveite o forte vínculo que o MPS tem com o território de referência - destacou Viola - Mas quando falamos de liquidez do BCE, precisamos deixar bem claro que é temporário e, portanto, por um lado, haverá atenção ao território, mas, por outro, também as soluções para substituir essa liquidez por financiamento comercial”.

Entre os pontos positivos listados por Viola está também um risco de crédito com perfil estável; a melhoria dos níveis de capital para 8,5% graças ao aumento de capital no verão passado e líquido dos títulos Tremonti (que serão reembolsados ​​até junho de 2013); a manutenção do financiamento de varejo. E a perspectiva de que as condições possam se estabilizar em 2012 após um início de 2012 melhor para o banco do que no quarto trimestre de 2011.

Mas quem sabe o que pensa Viola, recém-chegada a Siena, da famosa aquisição do Antonveneta, cujas filiais foram pagas a alto preço às vésperas da pior crise financeira e depois econômica desde 29. Mas, já está claro, estamos olhando para o futuro: para a chegada de Alessandro Profumo à presidência, descrito por Viola como "à altura e com boa diversificação profissional", para os novos acionistas que se preparam para se tornar accionistas que nas intenções da Fundação MPS terão de criar uma "base accionista forte, interessada no banco, com projectos de médio longo prazo para o relançamento", disse Viola. E ainda a revisão do plano industrial que, segundo as expectativas da direcção, ficará pronto no final de Maio, que será em todo o caso feito numa perspectiva autónoma para o banco e que dará prioridade ao significativa reestruturação operacional e organizacional do banco.

Mas no futuro dos deputados há também o temido Eba liderado por André Enria que mais do que uma dor de estômago trouxe Giuseppe Mussari não só na função de presidente dos deputados, mas também na função de presidente da Abi. A EBA, que pediu o reforço dos requisitos de capital de muitos bancos europeus, defende um aumento de capital. Mas os deputados, assim como outros institutos, enviaram um programa de fortalecimento que se dobra para evitar um novo pedido de novos recursos dos membros (incluindo a Fundação já às voltas com dívidas).

Já com a conversão do título do Fresh somado ao do Fresh 2003, a exigência exigida do MPS seria reduzida de 2,2 para 3,2 bilhões. No programa também estão as ações, a retenção dos lucros de 2012 (para saber mais sobre o destino dos dividendos de 2012 teremos que aguardar o plano) e as joint ventures. O veredicto sobre o plano de fortalecimento do MPS é aguardado com ansiedade. Por enquanto, tudo está em silêncio: o MPs ainda aguarda uma resposta. Viola garantiu, então, que não teve nenhuma informação oficial ou extraoficial sobre as mudanças temporais e o valor dos novos recursos solicitados pela EBA. De qualquer forma, reiterou que, caso o MPS não fizesse essas movimentações até junho, ainda avaliaria outras soluções além do aumento de capital que "nesse momento nem caberia cogitar". À margem da reunião, Viola desmentiu os rumores da imprensa sobre o pedido de capital adicional em relação ao solicitado pela EBA pelo Banco da Itália. "Eu não sei", disse ele.

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