A Itália estava em crise antes da crise e "continua a estar". É o que afirma a Confindustria na Congiuntura Flash, análise mensal do Centro de Estudos, revelando que as últimas estimativas falam de um crescimento nulo do PIB em 2014. As atenções estão agora viradas para 2015, cujo resultado "deverá ser construído no segundo semestre deste "ano".
“Partir da paralisação – sublinha Confindustria – o empreendimento é mais difícil, mas não impossível se você atuar primeiro no crédito, na competitividade e nos investimentos públicos. E se trabalharmos ainda com mais vigor em muitas frentes de reformas, para restabelecer a confiança das famílias e das empresas”.
Quanto ao mercado de trabalho, o número de pessoas ocupadas na Itália manteve-se praticamente estável nos dois primeiros meses do ano e oscilou nos três seguintes: +91 em março, -87 em abril e +52 em maio.
A taxa de desemprego situou-se em 12,6% em maio, nos níveis do outono passado (12,5% em setembro). As expectativas de negócios sobre o emprego para o trimestre atual estão melhorando. No entanto, permanecem negativas e refletem uma forte incerteza sobre as perspetivas económicas (saldo das respostas para -2,0 de -5,5).
O número de trabalhadores temporários, após a queda nos primeiros meses de 2014, está se recuperando lentamente (+0,3% na média de abril a maio em relação ao trimestre anterior). A sua tendência costuma antecipar a do emprego total.
A recuperação do efectivo, no entanto, será travada pela utilização ainda elevada do Cig (equivalente a 350 mil unidades de trabalho envolvidas no segundo trimestre, estável face ao primeiro) e pelos processos de reestruturação ainda em curso.
