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Com os índices de doenças em baixa, dólar em alta

A cura dos efeitos deflacionários do NCV requer políticas mais expansionistas, inclusive monetárias. Os mercados entendem isso bem e reduziram as taxas nominais e reais. Os bancos centrais com maior margem de manobra (portanto, em países emergentes) têm atuado de forma consistente. O dólar provou mais uma vez ser o rei dos ativos portos-seguros. Os aumentos dos preços das ações parecem ignorar as consequências da epidemia nos lucros das empresas

Com os índices de doenças em baixa, dólar em alta

antes da epidemia do NCV as taxas registaram um lado positivo modesto, em conexão direta com uma garantia das perspectivas da economia mundial após o semi-acordo China-EUA sobre tarifas. Mas o "cisne amarelo" da epidemia chinesa e o risco de transbordamento além das fronteiras da China mudou drasticamente a direção das taxas de juros em todo o mundo. O bancos centrais da Tailândia e das Filipinas têm taxas reduzidas nos últimos dias, após novas quedas em janeiro no Brasil, Malásia, Turquia e África do Sul. O chinês injetou liquidez copiosa. Apenas a República Tcheca vai contra a maré. Segundo dados do Bank for International Settlements (Bri), em janeiro o nível médio das taxas de juros em economias emergentes pela primeira vez "lavou" 3%, e está em 2,75%.

Em economias avançadas não houve alterações nas taxas directoras, mas é evidente que a preocupação dos banqueiros centrais (e não só!) mais expansivoapesar deles.

Tudo isso enquanto ocorre um grande repensar dos bancos centrais sobre como lidar - mas aqui estamos falando de problemas estruturais - uma possível mudança na meta de inflação e, principalmente, o que fazer com o "cisne verde" (veja o capa do último relatório do BIS) sobre mudanças climáticas.

I guia de táxi, já foi dito, não mudaram para os países avançados, mas taxas de mercado Sim. Em títulos do governo de 10 anos, o cair, desde 10 de janeiro, foi de 15-25 pontos base para a Alemanha e os EUA, e muito mais forte (quase meio ponto) para a Itália, embora neste último caso o no primeiro movimento não tem nada a ver com cisnes, mas com o apoio dado à estabilidade do governo pelo resultado das eleições em Emilia-Romagna. Aplicando os dados mais recentes sobre a dinâmica da inflação às taxas nominais, também i taxas reais parecem estar em declínio, mas uma vez que a inflação registre a queda nos preços do petróleo e a previsível fraqueza da demanda, as taxas reais podem parecer estáveis.

Nos mercados financeiros seus, que costuma atacar como um abutre sobre os problemas do mundo, subiu apenas ligeiramente (aproximadamente 3%) desde o início de janeiro. O outro bom refúgio – o dólar – também está se fortalecendo, abaixo do nível de 1.10 em relação ao euro. Lá moeda chinesa está mais controlada no que diz respeito à cotação dólar-euro, mas ainda assim enfraqueceu – como era de esperar – face aos níveis de valorização alcançados em meados de janeiro (6,86 face ao dólar, após a assinatura da “fase 1” do acordo comercial com os EUA) e está subindo para 7.

I mercado de ações, em ambos os lados do Atlântico e no Japão, apresentam uma estabilidade inesgotável (se não um aumento, como em Wall Street), face aos níveis do início do ano. Apenas na China houve um declínio. Fora do Império Celestial, as citações parecem convencidas de que não serão infectadas pelo vírus chinês. Ou talvez reflitam a crença de que não há alternativas à poupança na era das taxas ultrabaixas. Parabéns.

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